Insuficiência venosa crônica
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes sintomáticos
meias de compressão graduada
A base do tratamento para edema, dermatite de estase e pequenas úlceras venosas da perna relacionados à insuficiência venosa crônica (IVC) é o uso de meias de compressão graduada até a altura do joelho.[19]Amsler F, Blättler W. Compression therapy for occupational leg symptoms and chronic venous disorders: a meta-analysis of randomised controlled trials. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2008 Mar;35(3):366-72.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18063393?tool=bestpractice.com
[20]Cohen JM, Akl EA, Kahn SR. Pharmacologic and compression therapies for postthrombotic syndrome: a systematic review of randomized controlled trials. Chest. 2012 Feb;141(2):308-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22315114?tool=bestpractice.com
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How does compression hosiery affect recurrence of ulcers on the lower limbs?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.1192/fullMostre-me a resposta
Mostraram ser mais efetivas na cicatrização de úlceras venosas que a ausência de terapia de compressão.[22]Shi C, Dumville JC, Cullum N, et al. Compression bandages or stockings versus no compression for treating venous leg ulcers. Cochrane Database Syst Rev. 2021 Jul 26;(7):CD013397.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD013397.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34308565?tool=bestpractice.com
[23]O'Meara S, Cullum NA, Nelson EA. Compression for venous leg ulcers. Cochrane Database Syst Rev. 2012 Nov 14;(11):CD000265.
https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD000265.pub3/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23152202?tool=bestpractice.com
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How do four-layer compression bandages compare in people with venous leg ulcers?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.738/fullMostre-me a resposta Para a cicatrização de úlcera, curativos com várias camadas são mais efetivos que curativos com uma única camada.[24]Franks PJ, Oldroyd MI, Dickson D, et al. Risk factors for leg ulcer recurrence: a randomized trial of two types of compression stocking. Age Ageing. 1995 Nov;24(6):490-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8588538?tool=bestpractice.com
As meias devem ser colocadas logo que se acorda pela manhã e removidas somente quando o paciente estiver deitado (geralmente antes de dormir).
Em geral, existem três classes de meias de compressão: as meias de classe 1 (baixa compressão) controlam o edema; as meias de classe 2 (média compressão) e classe 3 (alta compressão) geralmente são necessárias para IVC mais avançada. Os pacientes com IVC grave ou úlceras prévias geralmente precisam usar meias de compressão graduada de pelo menos 30 a 40 mmHg durante a vida toda.
hidratante
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Acredita-se que a aplicação de um creme hidratante simples para combater o ressecamento e a escamação da pele com eczema e dermatite de estase leve é útil.
pentoxifilina ou diosmina
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A pentoxifilina tem demonstrado algum benefício na cicatrização de úlceras venosas da perna em ensaios clínicos randomizados.[25]Meissner MH, Eklof B, Smith PC, et al. Secondary chronic venous disorders. J Vasc Surg. 2007 Dec;46(suppl S):68S-83S. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18068563?tool=bestpractice.com
A pentoxifilina é usada para tratar claudicação. Uma metanálise de cinco estudos clínicos mostrou benefício mínimo na cicatrização de úlceras venosas da perna com pentoxifilina oral (razão de chances 1:3) em comparação com a terapia de compressão e o placebo.[26]Jull A, Waters J, Arroll B. Pentoxifylline for treatment of venous leg ulcers: a systematic review. Lancet. 2002 May 4;359(9317):1550-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12047963?tool=bestpractice.com
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Can pentoxifylline promote the healing of venous leg ulcers?/cca.html?targetUrl=https://cochranelibrary.com/cca/doi/10.1002/cca.796/fullMostre-me a resposta Uma revisão sistemática posterior determinou que, embora os dados fossem limitados devido a heterogeneidade e aos pequenos tamanhos de amostra, a pentoxifilina demonstrou benefícios clínicos quando usada em conjunto com a terapia de compressão.[28]Gohel MS, Davies AH. Pharmacological treatment in patients with C4, C5 and C6 venous disease. Phlebology. 2010 Oct;25(suppl 1):35-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20870818?tool=bestpractice.com
Uma metanálise de ensaios clínicos prospectivos randomizados sobre a fração flavonoica purificada micronizada (FFPM) no tratamento de úlceras venosas da perna comparou a compressão e cuidados locais com e sem a adição de FFPM oral.[27]Coleridge-Smith P, Lok C, Ramelet AA. Venous leg ulcer: a meta-analysis of adjunctive therapy with micronized purified flavonoid fraction. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2005 Aug;30(2):198-208. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15936227?tool=bestpractice.com Uma revisão sistemática posterior determinou que, embora os dados fossem limitados devido a heterogeneidade e aos pequenos tamanhos de amostra, a FFPM demonstrou benefícios clínicos quando usada em conjunto com a terapia de compressão.[28]Gohel MS, Davies AH. Pharmacological treatment in patients with C4, C5 and C6 venous disease. Phlebology. 2010 Oct;25(suppl 1):35-41. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20870818?tool=bestpractice.com Os dados sugerem que a FFPM pode ser um adjuvante útil à terapia convencional em úlceras venosas da perna grandes e de longa duração.
Medicamentos venoativos, como diosmina, podem ser considerados para o tratamento da dor por IVC.[2]De Maeseneer MG, Kakkos SK, Aherne T, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2022 clinical practice guidelines on the management of chronic venous disease of the lower limbs. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2022 Feb;63(2):184-267. https://www.ejves.com/article/S1078-5884(21)00979-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35027279?tool=bestpractice.com
A diosmina (uma FFPM) está disponível em alguns países da Europa, da Ásia, da América do Sul e no Canadá, mas não nos EUA nem no Reino Unido.
Opções primárias
pentoxifilina: 400 mg por via oral três vezes ao dia
Opções secundárias
diosmina: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
compressão pneumática intermitente
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A compressão pneumática intermitente também pode ser considerada em pacientes com síndrome pós-trombótica, para reduzir a gravidade.[2]De Maeseneer MG, Kakkos SK, Aherne T, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2022 clinical practice guidelines on the management of chronic venous disease of the lower limbs. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2022 Feb;63(2):184-267. https://www.ejves.com/article/S1078-5884(21)00979-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35027279?tool=bestpractice.com
ablação endovenosa ou safenectomia ou escleroterapia com espuma
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
A safenectomia (fleboextração cirúrgica) proporciona benefícios em longo prazo em pacientes com IVC e refluxo venoso superficial associado. Os pacientes com refluxo significativo da veia safena magna ou parva na ultrassonografia duplex têm taxas de recorrência de úlcera em 4 anos de 24% com safenectomia e compressão e 52% com compressão apenas.[29]Barwell JR, Davies CE, Deacon J, et al. Comparison of surgery and compression with compression alone in chronic venous ulceration (ESCHAR study): randomised controlled trial. Lancet. 2004 Jun 5;363(9424):1854-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15183623?tool=bestpractice.com
A terapia endovenosa a laser ou a ablação por radiofrequência da veia safena magna (VSM) pode ser feita em pacientes ambulatoriais com anestesia tumescente local e tem substituído a fleboextração cirúrgica para a maioria dos pacientes. Após a ablação endovenosa, as meias de compressão devem ser usadas 24 horas por dia, durante 1-3 dias, e, depois, durante o dia por 1-2 semanas. No pós-operatório, as atividades normais podem ser retomadas, mas atividades extenuantes dos membros inferiores (por exemplo, corrida, exercícios com peso e ciclismo) devem ser evitadas por 1 semana. O uso contínuo das meias de compressão durante o dia é recomendado quando há evidências contínuas de refluxo (ou seja, insuficiência do sistema profundo).
Um ensaio clínico randomizado e controlado comparando a terapia de ablação endovenosa a laser com a ligadura da junção safeno-poplítea associada à tentativa de fleboextração/excisão para o tratamento de insuficiência de veia safena parva reportou desfechos aos 2 anos semelhantes, mas com o possível benefício de um número menor de deficits sensoriais de curto prazo após terapia de ablação endovenosa a laser.[30]Nandhra S, El-sheikha J, Carradice D, et al. A randomized clinical trial of endovenous laser ablation versus conventional surgery for small saphenous varicose veins. J Vasc Surg. 2015 Mar;61(3):741-6. https://www.jvascsurg.org/article/S0741-5214(14)01806-0/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25720930?tool=bestpractice.com
Constatou-se que a ablação precoce por via endovenosa do refluxo venoso superficial (dentro de 2 semanas) acelerou a cicatrização de úlceras venosas da perna e proporcionou mais tempo sem presença de úlceras do que o adiamento da ablação por via endovenosa (considerada depois da cicatrização da úlcera ou aos 6 meses, em caso de não cicatrização da úlcera).[31]Gohel MS, Heatley F, Liu X, et al; EVRA Trial Investigators. A randomized trial of early endovenous ablation in venous ulceration. N Engl J Med. 2018 Apr 24;378(22):2105-14. https://www.nejm.org/doi/10.1056/NEJMoa1801214 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29688123?tool=bestpractice.com
A principal complicação destas técnicas é trombose venosa profunda, que ocorre em 1% a 3% dos pacientes.[33]van den Bos R, Arends L, Kockaert M, et al. Endovenous therapies of lower extremity varicosities: a meta analysis. J Vasc Surg. 2009 Jan;49(1):230-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18692348?tool=bestpractice.com Estratégias de tromboprofilaxia individualizadas devem ser consideradas.[2]De Maeseneer MG, Kakkos SK, Aherne T, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2022 clinical practice guidelines on the management of chronic venous disease of the lower limbs. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2022 Feb;63(2):184-267. https://www.ejves.com/article/S1078-5884(21)00979-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35027279?tool=bestpractice.com
A escleroterapia com espuma também pode ser usada para a ablação da VSM.[32]Rathbun S, Norris A, Stoner J. Efficacy and safety of endovenous foam sclerotherapy: meta-analysis for treatment of venous disorders. Phlebology. 2012 Apr;27(3):105-17. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22349606?tool=bestpractice.com O agente esclerosante é misturado com ar para produzir espuma, que é injetada na veia, guiada por ultrassonografia. A espuma desloca o sangue na veia e provoca espasmo da veia e lesão endotelial, resultando em trombose do vaso. Êmbolos retinais ou cerebrais (que causam enxaqueca, mas raramente acidente vascular cerebral [AVC]) podem ocorrer com o uso de espuma em 2% a 6% dos pacientes, mas essas sequelas adversas quase sempre são pequenas e temporárias.[33]van den Bos R, Arends L, Kockaert M, et al. Endovenous therapies of lower extremity varicosities: a meta analysis. J Vasc Surg. 2009 Jan;49(1):230-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18692348?tool=bestpractice.com
ablação endovenosa ou escleroterapia por injeção
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Ocasionalmente, essas lesões podem causar sintomas de gravidade suficiente para justificar a ablação a laser ou por radiofrequência ou a escleroterapia por injeção, que pode ser escleroterapia líquida ou, cada vez mais, com espuma.
ligadura ou ablação endovenosa
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Veias perfurantes incompetentes podem ser tratadas com ablação endovenosa (laser ou radiofrequência) ou ligadura.[2]De Maeseneer MG, Kakkos SK, Aherne T, et al. Editor's choice - European Society for Vascular Surgery (ESVS) 2022 clinical practice guidelines on the management of chronic venous disease of the lower limbs. Eur J Vasc Endovasc Surg. 2022 Feb;63(2):184-267. https://www.ejves.com/article/S1078-5884(21)00979-5/fulltext http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35027279?tool=bestpractice.com
angioplastia ilíaca percutânea e colocação de stent
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Um subconjunto importante de pacientes com IVC tem obstrução da veia ilíaca, sendo mais comum no lado esquerdo que no direito. Em alguns pacientes (determinados por um especialista vascular), os sintomas podem melhorar significativamente com angioplastia ilíaca percutânea e colocação de stent. Esses procedimentos são realizados em quantidades significativas somente em alguns centros, e as indicações para esses procedimentos ainda estão sendo desenvolvidas.[34]Raju S. Endovenous treatment of patients with iliac-caval venous obstruction. J Cardiovasc Surg (Torino). 2008 Feb;49(1):27-33. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18212685?tool=bestpractice.com
reconstrução valvar venosa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A reconstrução valvar venosa (com reparo de folhetos ou transplante de valva axilar) raramente é realizada, e seu uso costuma estar limitado a alguns centros. Os resultados são muito melhores quando realizados em pacientes com refluxo venoso primário, não pós-trombótico.[35]Masuda EM, Kistner RL. Long-term results of venous valve reconstruction: a four- to-twenty-one-year follow-up. J Vasc Surg. 1994 Mar;19(3):391-403. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8126852?tool=bestpractice.com A operação geralmente é reservada para pacientes em quem a terapia convencional falhou.
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