Prognóstico

O prognóstico da FA inicial não é uma área bem avaliada. O prognóstico depende de vários fatores, como evento desencadeador, estado cardíaco subjacente, risco de tromboembolismo e se a natureza da FA é paroxística, persistente ou permanente.[161] Além de seu papel na previsão do risco tromboembólico, o escore CHA2DS2-VASc é também útil na previsão da recorrência da FA após uma cardioversão elétrica ou farmacológica, sendo que um escore ≥2 está associado a um aumento de 37% no risco de recorrência de arritmia.[161] Em pacientes jovens sem anormalidades cardíacas estruturais e com episódio de FA inicial por excessiva ingestão de bebidas alcoólicas, o prognóstico é excelente com a abstenção de álcool. Mesmo em pacientes nos quais o álcool não seja um desencadeador da FA, a abstinência do álcool pode ajudar a reduzir o risco de recorrência de FA e de AVC isquêmico.[29][30][52][162] Por outro lado, o prognóstico em curto e longo prazo para os pacientes que apresentam FA inicial com insuficiência cardíaca após infarto do miocárdio (IAM) é desfavorável. Além disso, uma metanálise mostrou que há aumento do risco de mortalidade na presença de FA no contexto de IAM, que persiste independente do tempo de FA.[163] Pacientes com FA prévia ou inicial após um IAM precisam de acompanhamento clínico minucioso. Uma revisão sistemática identificou o status socioeconômico mais baixo como fator de risco para desfechos desfavoráveis na FA.[164] Pacientes com índice de massa corporal normal têm melhores resultados na FA, sendo que estudos sugerem que os extremos de peso, seja abaixo ou acima do peso, estão associados a um pior prognóstico na FA.[165]

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