Novos tratamentos

S-1 (tegafur, 5-cloro-2,4-di-hidropirimidina e oxonato de potássio)

O S-1 (tegafur, 5-cloro-2,4-di-hidropirimidina e oxonato de potássio), uma fluoropirimidina de quarta geração, é prescrita como quimioterapia adjuvante pós-operatória para o câncer gástrico de estádio 2 ou 3 na Ásia e em algumas partes da Europa; ela não está aprovada para uso em alguns países, incluindo os EUA.[26][79][80][81] Uma revisão Cochrane relatou que, em pacientes com câncer gástrico avançado, os regimes de S-1 melhoraram modestamente a sobrevida global (<1 mês) em comparação com regimes que continham fluorouracila.[57] Resultados de um ensaio clínico randomizado e controlado de fase 3 subsequente sugerem que S-1 perioperatória associada a oxaliplatina (SOX) pode ter um papel no tratamento de pacientes com câncer gástrico localmente avançado submetidos à gastrectomia D2.[82] S-1 é usada em diferentes dosagens e cronogramas em populações asiáticas e não asiáticas.

Bemarituzumabe

O bemarituzumabe, o primeiro anticorpo monoclonal contra receptor de fator de crescimento de fibroblastos 2 (FGFR2b) da categoria, está sendo investigado como potencial tratamento para pacientes com superexpressão de FGFR2b e adenocarcinomas gástrico e gastroesofágico metastático e localmente avançado negativo para HER2. O bemarituzmabe recebeu a designação de terapia inovadora pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em combinação com FOLFOX6 modificado (fluoropirimidina, ácido folínico e oxaliplatina) para esse grupo de pacientes, com base em um ensaio diagnóstico complementar aprovado pela FDA que mostrou que pelo menos 10% das células tumorais tinham superexpressão de FGFR2b. O estudo randomizado de fase 2 FIGHT mostrou que a combinação de bemarituzumabe associado ao FOLFOX6 modificado resultou em sobrevida livre de progressão e sobrevida global medianas numericamente maiores em comparação com o FOLFOX6 modificado isolado.​[83]​ Ensaios clínicos de fase 3 estão em andamento.[84][85]

Cinrebafusp alfa

Cinrebafusp alfa, uma proteína de fusão que compreende uma proteína anticalina e um anticorpo contra HER2, recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento do câncer gástrico com alta e baixa expressão de HER2.

Regorafenib

O regorafenibe, um inibidor oral da multiquinase, prolongou a sobrevida livre de progressão em uma ensaio clínico randomizado de fase 2, controlado por placebo, realizado com pacientes com adenocarcinoma gástrico avançado refratário.[86] Uma análise post-hoc sugeriu que o regorafenibe melhora a sobrevida livre de deterioração sem nenhum efeito excessivamente negativo sobre a qualidade de vida.[87] O estudo INTEGRATE-IIa demonstrou melhora na sobrevida global em participantes tratados com regorafenibe em comparação ao grupo tratado com placebo em pacientes com câncer gastroesofágico avançado.​[88][89]​​ Um estudo de fase 3 (INTEGRATE-IIb) avaliando o regorafenibe associado a nivolumabe em comparação à quimioterapia padrão em pacientes com câncer gastroesofágico avançado refratário está em andamento.[89][90]

Margetuximabe

O margetuximabe é um anticorpo monoclonal que tem como alvo tumores que expressam HER2. Ele recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento de pacientes com câncer gástrico. Está atualmente em andamento um ensaio clínico aberto de fase 2/3 que avalia a eficácia do margetuximabe em combinação com um inibidor de checkpoints (com ou sem quimioterapia), para pacientes com câncer gástrico ou câncer da junção gastroesofágica HER2 positivo.[91][92]

Evorpacept

O evorpacept é um inibidor de checkpoint CD47. Ele recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento de pacientes com câncer gástrico. Em um ensaio clínico de fase 1, 21.1% dos pacientes com câncer gástrico apresentaram resposta ao tratamento com evorpacept associado a trastuzumabe.[93] Um estudo de fase 2/3 está em andamento.[94]

TJ-CD4B

TJ-CD4B é um anticorpo biespecífico que se liga a células cancerígenas com expressão de CLDN18.2 e à molécula coestimuladora 4-1BB expressa nas células T. Ele recebeu a designação de medicamento órfão pela FDA para o tratamento de pacientes com câncer gástrico. Um ensaio clínico de fase 1 está em andamento.[95]

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