História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem: doença arterial coronariana, doença arterial periférica, problemas psicossexuais/de relacionamento, consumo excessivo de álcool, hipertensão, hiperlipidemia, diabetes mellitus, tabagismo, síndrome metabólica, doença neurológica, cirurgia pélvica radical, lesão na medula espinhal, doença de Peyronie, depressão, hipogonadismo, uso de anti-hipertensivos, uso de agentes antiandrogênicos, uso de antidepressivos.

Incomuns

anormalidades no exame físico do pênis

Podem incluir placas, deformidades e angulação. Os testículos também são examinados para verificar o tamanho e anormalidades.

androgenização anormal

Anormalidades no crescimento de pelos e ginecomastia podem justificar a avaliação de testosterona.

Outros fatores diagnósticos

comuns

ejaculação precoce

A disfunção erétil e a ejaculação precoce (EP) frequentemente coexistem.[56]​ A EP ocorre em 20% a 30% dos homens em todas as faixas etárias.[56]

exame da próstata anormal

O exame de toque retal não é necessário para a avaliação da DE, mas a hiperplasia prostática benigna é uma comorbidade comum e deve ser considerada e tratada.[51]

estressores psicossociais

Podem contribuir para a disfunção erétil (DE).[16]

O paciente deve ser entrevistado sobre qualquer estressor psicológico, incluindo a ocorrência de eventos importantes na vida. O estresse psicológico relacionado a problemas de fertilidade pode contribuir para a DE.[58][59]

Incomuns

Doença de Peyronie

Uma doença inflamatória caracterizada pela formação de nódulos fibrosos irregulares na túnica albugínea capazes de impedir a expansão da túnica durante a ereção peniana, causando a deformidade e a curvatura.[55] As ereções podem ou não ser dolorosas. Ocorre em 3% a 5% da população masculina.[57]

dor ou dormência genital

Uma sensibilidade genital, como dor ou dormência, pode estar presente.

Fatores de risco

Fortes

doença arterial coronariana

A aterosclerose é uma via comum para várias etiologias de DE e acredita-se que atue pelo comprometimento do relaxamento do músculo liso e oclusão venosa como resultado da diminuição do fluxo da artéria cavernosa e de sequelas da redução da tensão de oxigênio cavernoso.[23]

doença arterial periférica

A aterosclerose é uma via comum para várias etiologias de DE e acredita-se que atue pelo comprometimento do relaxamento do músculo liso e oclusão venosa como resultado da diminuição do fluxo da artéria cavernosa e de sequelas da redução da tensão de oxigênio cavernoso.[23]

problemas psicossexuais/de relacionamento

Fatores psicológicos como depressão, ansiedade e conflitos de relacionamento são contribuintes reconhecidos para a DE psicogênica.[16][24]

consumo excessivo de álcool

Os efeitos adversos podem incluir DE.[25]

hipertensão

Mais de 50 milhões de norte-americanos têm hipertensão e, entre eles, 35% têm algum elemento da DE.[26]

Foi relatada uma alta incidência de DE entre os homens com hipertensão na faixa dos 34 aos 75 anos de idade, sendo que 68% têm algum grau da doença e 45% têm DE grave.[27]

A arteriosclerose como uma complicação da hipertensão causa insuficiência vascular no pênis, que compromete a função erétil pela diminuição do fluxo arterial cavernoso, e a interrupção da função endotelial secundária à produção de radicais livres relacionada ao estresse oxidativo.[28]

hiperlipidemia

As dislipidemias estão associadas ao risco elevado de doença aterosclerótica e diabetes. Estima-se que 50% dos norte-americanos tenham algum tipo de dislipidemia.[29]

A disfunção endotelial é o mecanismo subjacente da DE, e o estresse oxidativo está associado a níveis elevados de lipoproteína de baixa densidade.[30]

diabetes mellitus

A DE manifesta-se em >50% dos homens diabéticos e ocorre em idade mais precoce que em homens não diabéticos.[31]​ Ela está ligada à duração da doença, à idade e ao nível do controle glicêmico, medido por produtos finais da glicação avançados.[19]​​ A neuropatia autonômica também pode estar envolvida, da mesma forma que arteriosclerose, a hiperlipidemia e a hipertensão associadas.[32]

Um controle glicêmico inadequado causa uma microangiopatia pelo estresse oxidativo comprometendo a função erétil/endotelial.[33]

tabagismo

Entre homens de 40 a 70 anos de idade, o risco de DE moderada a completa é duas vezes maior em fumantes que em não fumantes em uma análise multifatorial.[36]​ O tabagismo está associado a comprometimento da atividade endotelial, estresse oxidativo e arteriosclerose.[37]

síndrome metabólica

A síndrome metabólica, consistindo em intolerância à glicose, hiperlipidemia, obesidade e hipertensão, está relacionada mecanisticamente à DE com comprometimento da função endotelial possivelmente secundário ao estresse oxidativo.[38]

Entre os homens com síndrome metabólica, a DE tem uma prevalência alta de 74% e as chances de desenvolver DE ao longo do tempo é 2.9 vezes maior.[39]

doença neurológica

A DE neurogênica representa de 10% a 19% da incidência da doença, mas a presença de doença neurológica não exclui outras etiologias.[40]

cirurgia pélvica radical

A lesão dos nervos cavernosos durante a cirurgia pélvica radical é comum: na prostatectomia radical, 43% a 100%;[41] na ressecção perineal abdominal, 15% a 100%.[42]

Técnicas com preservação nervosa reduziram essa taxa, mas a recuperação da função erétil pode levar de 6 a 24 meses e pode ser melhorada com o uso de inibidores da fosfodiesterase-5.[43]

lesão na medula espinhal

As ereções reflexogênicas são preservadas em 95% das lesões medulares superiores, mas em apenas 25% das lesões medulares inferiores.[23]

Doença de Peyronie

Pode envolver um componente psicogênico em virtude da deformidade peniana.[45]​ Pode causar insuficiência vascular secundária à placa, extravasamento venoso ou ambos.

depressão

A depressão pode ser primária ou secundária à DE.[15]​ O tratamento com inibidores seletivos de recaptação da serotonina pode inibir as vias eretogênicas pela estimulação dos receptores 5-HT2 e 5-HT3, e pode estar associado a DE em 50% dos pacientes.[46]

hipogonadismo

A influência dos androgênios na função sexual masculina se dá de três formas: aumenta o interesse sexual, a frequência dos atos sexuais e a frequência das ereções noturnas.[23]

A deficiência de testosterona pode causar DE. O uso de avaliação hormonal pode ser considerado em homens com testosterona sérica baixa e sintomas como libido suprimida.[48]

uso de anti-hipertensivo

Os efeitos adversos podem incluir DE.

uso de antidepressivos

O tratamento com inibidores seletivos de recaptação da serotonina pode inibir as vias eretogênicas pela estimulação do receptor 5-HT2 e 5-HT3 e pode estar associado à DE em 50% dos pacientes.[46]

uso de agente antiandrogênico

Pode resultar em testosterona baixa relacionada à DE.

distúrbios de desejo/libido

Componente reconhecido de DE psicogênica/relacionada à testosterona baixa.

hiperplasia prostática benigna

DE e sintomas do trato urinário inferior sugestivos de hiperplasia prostática benigna geralmente coexistem em homens idosos.[50]

Fracos

hiper/hipotireoidismo

Pode causar alterações secundárias nos androgênios circulantes que são pró-eretogênicos.[20]​​

obesidade

A prevalência de disfunção erétil é significativamente maior nos homens com obesidade.[34] Os fatores incluem o hipogonadismo associado à obesidade e um aumento do risco cardiovascular pela síndrome metabólica.​[15] No entanto, um estudo mostrou que a associação entre disfunção erétil e obesidade é independente das comorbidades associadas à obesidade e ao hipogonadismo.[35]

fratura pélvica

A disfunção sexual foi identificada em 21% dos pacientes com fratura pélvica em comparação a 14% sem fratura. Acredita-se que o mecanismo disso seja multifatorial: lesão no nervo cavernoso, insuficiência vascular, funcional (isto é, imobilidade) ou psicogênica.[44]

ejaculação precoce

A ejaculação precoce persistente pode provocar ansiedade induzida pelo desempenho, causando a DE psicogênica.[47]

ciclismo de longa distância

Associado à DE vasculogênica e neurogênica.[49]

uso de corticosteroide

Os efeitos adversos podem incluir DE.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal