Novos tratamentos

Terapias restaurativas para a disfunção erétil

As terapias restaurativas são novos tratamentos que visam a reverter a patologia da doença, em vez de apenas tratar os sintomas.[92] Esses tratamentos incluem a terapia extracorpórea por ondas de choque de baixa intensidade (TOC-BI), a terapia com células-tronco (TCT) e a terapia com plasma rico em plaquetas (PRP).​[93] O modo de ação teórico da TOC-BI é que o microtrauma celular e a cavitação produzidos nesse tipo de terapia podem estimular a expressão de fatores relacionados à angiogênese, como o fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), de modo a promover a regeneração vascular.[94] As células-tronco são células não especializadas e indiferenciadas encontradas tanto no tecido embrionário (ou seja, placentário/umbilical) quanto no tecido adulto (ou seja, mesenquimal: medula óssea, adiposo). Estudos mostram que essas células exibem efeitos regenerativos pela liberação de fatores de crescimento, citocinas e quimiocinas; vias de up-regulation para reduzir a inflamação, inibir a apoptose, melhorar a cicatrização de feridas e conduzir a angiogênese e a neuritogênese (isto é, axônios, dendritos).​​[92] O PRP é plasma sanguíneo autólogo com concentrações suprafisiológicas de plaquetas ativadas. A mistura de fatores de crescimento (fator de crescimento derivado de plaquetas, fator de crescimento semelhante à insulina, fator de crescimento endotelial vascular, fator de crescimento epidérmico, fator de crescimento de fibroblastos) e plaquetas ativadas trabalham juntas para facilitar a mitogênese e a neoangiogênese, reconstituindo os tecidos doentes.​[92] Há evidências crescentes de que essas terapias podem ser eficazes no tratamento da disfunção erétil, no entanto, não há dados suficientes para apoiar o uso dessas terapias na prática clínica. Embora promissoras, essas terapias devem ser consideradas investigativas até que mais pesquisas sobre a segurança e a eficácia em longo prazo estejam disponíveis.​[93]

Reabilitação peniana

A reabilitação peniana é um novo tópico em restauração erétil, já que muitos médicos estão tratando proativamente os pacientes após a cirurgia de próstata ou radiação como medida preventiva para minimizar a disfunção erétil (DE) posteriormente.[70] Isso pode incluir o uso diário de inibidores da fosfodiesterase-5 (PDE-5), dispositivos a vácuo ou o uso regular de injeções penianas com substâncias vasoativas para aumentar o fluxo sanguíneo e minimizar a atrofia corporal durante períodos de inatividade sexual.[95] No entanto, existe uma corrente conflitante de pensamento segundo a qual a reabilitação peniana é menos efetiva do que alguns têm defendido.[96] [ Cochrane Clinical Answers logo ] Resta observar se isso aumenta ou diminui o arsenal de tratamento para DE,[97] pois os estudos apresentam resultados conflitantes. O ensaio clínico REACTT não demonstrou benefício de longa duração da tadalafila para terapia de reabilitação peniana.[95][98]​​

Bremelanotide

A ativação central dos receptores de melanocortina pode sinalizar ou modular a ereção peniana, e essa estratégia pode ser uma alternativa à terapia convencional. O bremelanotide é um agonista "superpotente" da melanocortina e foi testado em ensaios humanos de fase II.[99]​ Observou-se uma melhora estatisticamente significativa na função erétil, e a tolerabilidade e o perfil dos efeitos adversos foram considerados aceitáveis. Esse agente pode ser útil para os pacientes nos quais os inibidores da PDE5 tiverem falhado.[100] O bremelanotide intranasal pode ser uma alternativa para melhorar a disfunção erétil em homens que não respondem aos inibidores orais da PDE5. Estudos adicionais são necessários para que se chegue às conclusões finais sobre a eficácia desse medicamento na DE.​[101][102] A coadministração de bremelanotide intranasal e sildenafila forneceu uma resposta significativamente maior do que a sildenafila isoladamente.​​​[103]

Terapia gênica

O tratamento da patologia da doença subjacente tornou-se o foco da nova terapêutica para a DE. O uso de terapia gênica é um possível candidato, embora problemas de segurança e administração sejam obstáculos. A terapia gênica é atraente pela singular acessibilidade do pênis e a capacidade de administrar agentes localmente, expondo apenas as células endoteliais.[104]​ Pesquisas adicionais são necessárias para determinar a eficácia desses tratamentos.

Acupuntura

As evidências são insuficientes para sugerir que a acupuntura seja uma intervenção efetiva para o tratamento da DE.​[105]

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