Os resultados de um estudo sobre a história natural da estenose lombar sintomática mostraram que, após 4 anos, a tolerância à caminhada diminuiu em cerca de 30% dos pacientes, mas os sintomas melhoraram ou continuaram estáveis no restante.[78]Johnsson KE, Rosen I, Uden A. The natural course of lumbar spinal stenosis. Clin Orthop Relat Res. 1992 Jun;(279):82-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1534726?tool=bestpractice.com
Alguns sinais preditivos de que os sintomas clínicos podem apresentar agravamento incluem área transversal do saco dural <50 mm2, presença de sintomas radiculares e dorsalgiam espondilolistese degenerativa e/ou escoliose e duração dos sintomas >1 ano.[23]Zileli M, Crostelli M, Grimaldi M, et al. Natural course and diagnosis of lumbar spinal stenosis: WFNS spine committee recommendations. World Neurosurg X. 2020 Jul;7:100073.
https://www.doi.org/10.1016/j.wnsx.2020.100073
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32613187?tool=bestpractice.com
O prognóstico em pacientes inicialmente tratados com fisioterapia ou terapia medicamentosa é variável. Estudos mostram que, dentre os pacientes tratados sem cirurgia, cerca de 50% não apresentaram mudanças, 25% melhoraram, e 25% pioraram (o acompanhamento médio foi de 49 meses, variando de 10 a 103 meses).[78]Johnsson KE, Rosen I, Uden A. The natural course of lumbar spinal stenosis. Clin Orthop Relat Res. 1992 Jun;(279):82-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1534726?tool=bestpractice.com
Diversos estudos prospectivos mostraram desfechos significativamente melhores em longo prazo (4 a 6 anos) em pacientes tratados cirurgicamente em comparação com os tratados não cirurgicamente.[79]Tenhula J, Lenke LG, Bridwell KH, et al. Prospective functional evaluation of the surgical treatment of neurogenic claudication in patients with lumbar spinal stenosis. J Spinal Disord. 2000 Aug;13(4):276-82.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10941885?tool=bestpractice.com
[80]Amundsen T, Weber H, Nordal HJ, et al. Lumbar spinal stenosis: conservative or surgical management?: a prospective 10-year study. Spine (Phila Pa 1976). 2000 Jun 1;25(11):1424-35.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10828926?tool=bestpractice.com
No estudo Maine Lumbar Spine Study, os pacientes que foram submetidos a cirurgia como tratamento inicial obtiveram maior alívio da dor nas pernas e um melhor status funcional relacionado às costas após 8 a 10 anos de acompanhamento. No entanto, os desfechos favoráveis em longo prazo só foram relatados por cerca de metade dos pacientes, independentemente do tratamento inicial que foi administrado.[81]Atlas SJ, Keller RB, Wu YA, et al. Long-term outcomes of surgical and nonsurgical management of lumbar spinal stenosis: 8 to 10 year results from the Maine lumbar spine study. Spine (Phila Pa 1976). 2005 Apr 15;30(8):936-43.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15834339?tool=bestpractice.com
Os desfechos cirúrgicos intermediários e em curto prazo geralmente são muito bons a excelentes. Descobriu-se uma taxa de êxito de 78% a 88% de 6 semanas e 6 meses; esta taxa caiu para 70% em 1 e 5 anos.[82]Javid MJ, Hadar EJ. Long-term follow-up review of patients who underwent laminectomy for lumbar stenosis: a prospective study. J Neurosurg. 1998 Jul;89(1):1-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9647165?tool=bestpractice.com
A análise de um acompanhamento de 5 anos de pacientes pós-laminectomia mostrou excelentes resultados em 2 anos (67%), mas essa taxa caiu para apenas 52% em 5 anos, e 18% dos pacientes foram submetidos a outra cirurgia.[83]Jonsson B, Annertz M, Sjoberg C, et al. A prospective and consecutive study of surgically treated lumbar spinal stenosis. part II: five-year follow-up by an independent observer. Spine (Phila Pa 1976). 1997 Dec 15;22(24):2938-44.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9431630?tool=bestpractice.com
Os estudos mostram que a cirurgia pode ser realizada com segurança com resultados satisfatórios em muitos pacientes com idades entre 70-89 anos que conseguem tolerar o procedimento.[84]Vitaz TW, Raque GH, Shields CB, et al. Surgical treatment of lumbar spinal stenosis in patients older than 75 years of age. J Neurosurg. 1999 Oct;91(2 Suppl):181-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10505502?tool=bestpractice.com
[85]Kalbarczyk A, Lukes A, Seiler RW. Surgical treatment of lumbar spinal stenosis in the elderly. Acta Neurochir (Wien). 1998;140(7):637-41.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9781274?tool=bestpractice.com
Pode haver recorrência da dorsalgia após a cirurgia. Inicialmente, os pacientes obtêm melhora dos sintomas e, em seguida, pioram com o tempo. Um estudo descobriu 27% de recorrência dos sintomas após 5 anos de acompanhamento.[86]Caputy AJ, Luessenhop AJ. Long-term evaluation for decompressive surgery for degenerative lumbar stenosis. J Neurosurg. 1992 Nov;77(5):669-76.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1403105?tool=bestpractice.com
A reestenose no nível operacional, a estenose em um novo nível, o desenvolvimento de hérnia de disco lombar e a instabilidade tardia estão entre as razões do insucesso na cirurgia.[86]Caputy AJ, Luessenhop AJ. Long-term evaluation for decompressive surgery for degenerative lumbar stenosis. J Neurosurg. 1992 Nov;77(5):669-76.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1403105?tool=bestpractice.com
Geralmente, 75% desses insucessos cirúrgicos respondem a uma cirurgia adicional. Os resultados do estudo Spine Patient Outcomes Research Trial (SPORT) demonstrou que os pacientes não cirúrgicos obtiveram uma melhora mínima, enquanto que aqueles tratados cirurgicamente tiveram uma melhora significativamente maior, em até 4 anos de acompanhamento.[59]Weinstein JN, Lurie JD, Tosteson TD, et al. Surgical compared with nonoperative treatment for lumbar degenerative spondylolisthesis: four-year results in the Spine Patient Outcomes Research Trial (SPORT) randomized and observational cohorts. J Bone Joint Surg Am. 2009 Jun;91(6):1295-304.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2686131
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19487505?tool=bestpractice.com
Isso foi aparente em todos os desfechos primários e secundários, incluindo a dor corporal no SF-36, função física e no Índice de incapacidade de Oswestry. Achados semelhantes foram observados para pacientes com espondilolistese degenerativa.[59]Weinstein JN, Lurie JD, Tosteson TD, et al. Surgical compared with nonoperative treatment for lumbar degenerative spondylolisthesis: four-year results in the Spine Patient Outcomes Research Trial (SPORT) randomized and observational cohorts. J Bone Joint Surg Am. 2009 Jun;91(6):1295-304.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2686131
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19487505?tool=bestpractice.com