História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores incluem idade acima de 40 anos, lesão ou cirurgia prévia nas costas e trabalho manual.
início e duração dos sintomas
O início dos sintomas é insidioso e a duração é de meses a anos.
dorsalgia
A dorsalgia sem sintomas de claudicação neurogênica pode ter outras causas além da estenose lombar ou pode ser o primeiro sintoma de alterações degenerativas na espinha lombar. Devem ser realizadas investigações para descartar causas comuns de dorsalgia, como doença metastática espinhal, fraturas toracolombares e osteomielite da coluna vertebral.
dorsalgia relacionada a atividades físicas
A dorsalgia relacionada a atividades físicas pode ser o resultado de alterações degenerativas associadas, espondilolistese ou instabilidade mecânica.
dor nas pernas ao andar
A claudicação neurogênica é o sintoma clássico da estenose lombar.
Ao andar, os pacientes se queixam de dor e fraqueza nas coxas e panturrilhas, e uma sensação de dormência nos membros inferiores.
Os pacientes são forçados a parar e se curvar ou sentar para obterem alívio.
postura recurvada ao andar
Na doença avançada, os pacientes relatam ter conseguido se movimentar por distâncias cada vez menores, e podem adotar uma postura recurvada para maximizar sua função. Classicamente, eles relatam o "sinal do carrinho de supermercado", no qual eles se curvam sobre o carrinho de supermercado para flexionar a coluna e aumentar o tamanho do canal vertebral.
dormência nas pernas ou parestesia
Os sintomas de dormência na perna e/ou parestesia podem acompanhar a dorsalgia e dor nas pernas, e geralmente são um resultado da estenose foraminal ou do recesso lateral.
ausência de achados nos exames
Deficits neurológicos são incomuns. Pode haver diminuição dos reflexos patelar e aquileu, mas tais achados são inespecíficos. O teste de levantar a perna em linha reta geralmente é negativo.
Outros fatores diagnósticos
comuns
dor que se irradia para as pernas
A dor que se irradia para as pernas também pode ser causada por estenose foraminal ou recesso lateral.
Os níveis L4-L5 são os mais comumente afetados, e a dor se irradia para a parte lateral das perna.
Na ausência de outros sintomas de estenose lombar, a hérnia de disco é a causa mais comum desse tipo de dor.
Incomuns
disfunção da bexiga ou do intestino
Pode haver o desenvolvimento da síndrome de cauda equina em pacientes com estenose da coluna lombar de longa duração não tratada, embora seja raro; isso é muito mais frequentemente associado a uma hérnia de disco aguda.
A síndrome de cauda equina pode se manifestar com incontinência intestinal e/ou da bexiga, fraqueza nos membros inferiores e parestesias em sela.
fraqueza ou desgaste muscular
Fraqueza ou desgaste muscular grave é raro, e é uma característica da doença avançada.
Caso esteja presente, geralmente é uma consequência da compressão da raiz nervosa coexistente por uma hérnia de disco intervertebral ou uma estenose grave do recesso lateral.
Fatores de risco
Fortes
idade >40 anos
Doença de envelhecimento. As alterações degenerativas que levam à estenose se desenvolvem com a idade. O início dos sintomas geralmente ocorre entre as idades de 40 e 70 anos.[15]
cirurgia prévia das costas
A laminectomia e/ou fusão lombar podem levar ao desenvolvimento de estenose nos níveis adjacentes, espondilolistese e/ou instabilidade vertebral.[16]
lesão prévia
A lesão da espinha lombar pode levar a alterações degenerativas prematuras, estenose devida a fragmentos de fratura por retropulsão ou espondilolistese pós-traumática.
acondroplasia
Associada à estenose da coluna vertebral expressiva em regiões cervicais, torácicas e lombares. Frequentemente é necessário um tratamento cirúrgico.
acromegalia
A acromegalia não tratada está associada ao desenvolvimento de estenose da coluna lombar.[20] Recomenda-se o tratamento do distúrbio, embora possa haver necessidade de tratamento cirúrgico para pacientes com estenose da coluna lombar sintomática.
Fracos
trabalho manual
As pessoas que fazem trabalho braçal pesado podem desenvolver mudanças degenerativas na coluna mais cedo, devido ao aumento do desgaste mecânico da coluna e do elevado risco de lesão traumática.
histórico familiar de dorsalgia
A história familiar de dorsalgia pode indicar uma estenose congênita e idiopática da coluna vertebral.
tabagismo
O tabagismo está associado a um risco elevado de lombalgia. A incidência de estenose da coluna lombar e intervenção cirúrgica subsequente pode ser elevada em fumantes.[17] As taxas de fusão bem-sucedidas são baixas, e os desfechos cirúrgicos são piores em fumantes em comparação com os não fumantes.[18]
diabetes mellitus
O diabetes mellitus (HbA1c ≥ 6.1) foi associado com a estenose da coluna lombar sintomática quando o grau de compressão radiográfica é moderado.[19]
doença vascular periférica oclusiva
Índice tornozelo-braquial mais baixo (≤ 1.0) foi associado com a estenose da coluna lombar sintomática quando o grau de compressão radiográfica é moderado.[19]
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