Monitoramento

Pode-se fazer acompanhamento mensal dos pacientes com exames de sangue de rotina para verificar os níveis de velocidade de hemossedimentação (VHS) e/ou proteína C-reativa; entretanto, as evidências que respaldam essa abordagem são limitadas. Uma vez que os sintomas remitirem e o paciente estiver num regime estável de desmame da dose, as visitas de acompanhamento podem ser marcadas a cada 3 meses.

A resposta ao tratamento é geralmente monitorada pela história, por achados de exame e pelos níveis dos exames laboratoriais. Isso rotineiramente inclui a avaliação de:

  • sensibilidade no couro cabeludo

  • sensibilidade da artéria temporal

  • manifestações articulares periféricas

  • VHS e/ou níveis de proteína C-reativa.

Os sinais e sintomas da arterite de células gigantes (ACG) também devem ser monitorados, uma vez que a ACG pode se manifestar com o desmame dos corticosteroides.[9]

Monitoramento da VHS

Há evidências conflitantes com relação ao monitoramento da VHS. Alguns médicos monitoram os níveis basais e a cada vários meses para avaliar a resposta ao tratamento e a recorrência. Uma diminuição indica resposta.

Os pacientes são acompanhados uma vez por mês durante os primeiros 3 a 6 meses. Caso o paciente não se mostre sintomático com um esquema de retirada gradual de corticosteroides, os níveis são verificados a cada 2 a 3 meses. A VHS é medida caso haja história sugerindo possível recorrência dos sintomas. Pacientes com VHS elevada no diagnóstico têm maior risco de mais de 1 recidiva.[28][29][48]

Complicações relacionadas ao tratamento

O acompanhamento regular também deve incluir o monitoramento de efeitos adversos relacionados ao tratamento. Em pacientes recebendo corticosteroides, monitore sinais de infecção, hipertensão, fraqueza muscular, desenvolvimento de catarata, glaucoma e alterações na pele.

Pacientes tratados com metotrexato precisam ser avaliados quanto à estomatite e a qualquer alteração respiratória (aparecimento de tosse, falta de ar, dispneia ao esforço, novos estertores à ausculta) que possa sugerir ocorrência de doença pulmonar intersticial, anormalidades no TFH (>2x normal) e mielossupressão. A avaliação desses efeitos adversos relacionados ao metotrexato deve ocorrer 1 mês após qualquer aumento da dose de metotrexato e a cada 3 a 4 meses em pacientes com uma dose estável. A presença de qualquer efeito adverso requer avaliação mais aprofundada e redução da posologia ou interrupção do metotrexato.

Em pacientes recebendo tocilizumabe, meça os níveis de aminotransferase (ALT) e aspartato aminotransferase (AST) a cada 4-8 semanas durante os primeiros 6 meses de tratamento. Após os primeiros 6 meses, os níveis podem ser monitorados a cada 12 semanas.[56]

Ultrassonografia

O uso de ultrassonografia para monitorar a diminuição das alterações inflamatórias na articulação do ombro, na estrutura periarticular do ombro e na articulação do quadril pode ser útil no monitoramento da resposta aos corticosteroides na PMR.[63]

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