Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
eletrocardiograma (ECG)
Exame
Deve ser obtido e interpretado por médico qualificado nos primeiros 10 minutos após um paciente apresentar dor torácica.[1][38][39][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Eletrocardiograma (ECG) mostrando infradesnivelamento do segmento STDo acervo pessoal do doutor Syed Wamique Yusuf [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Eletrocardiograma (ECG) mostrando infradesnivelamento do segmento STDo acervo pessoal do doutor Syed Wamique Yusuf [Citation ends].
Derivações de ECG adicionais (V3R, V4R, V7-V9) são recomendadas se houver suspeita de isquemia contínua quando derivações padrões forem inconclusivas.[1]
Em pacientes com sintomas recorrentes ou em caso de incerteza diagnóstica, um ECG adicional de 12 derivações deve ser obtido.[1]
Se o ECG inicial não for diagnóstico, mas o paciente permanecer sintomático e houver uma alta suspeita clínica de síndrome coronariana aguda, ECGs seriados devem ser realizados para se detectarem alterações isquêmicas.[3][37]
O momento para repetir os ECGs deve ser guiado pelos sintomas, especialmente se a dor torácica se repetir ou se ocorrer uma mudança na condição clínica.[37] Na prática clínica, o ECG geralmente é repetido em 6 e 24 horas (mais frequentemente caso o quadro clínico se altere).
Resultado
pode ser normal ou ter infradesnivelamento do segmento ST, inversão da onda T ou supradesnivelamento transitório do segmento ST (com duração inferior a 20 minutos)
biomarcadores cardíacos
Exame
Os ensaios de troponina cardíaca de alta sensibilidade permitem descartar rapidamente a necrose miocárdica.[1][37][39] O algoritmo hora 0/hora 1 (em que a medição da troponina cardíaca de alta sensibilidade é realizada na apresentação [hora 0] e 1 hora após a apresentação) é recomendado para descartar síndromes coronarianas agudas sem supradesnivelamento do segmento ST ao se usarem ensaios de alta sensibilidade. Pode-se usar também o algoritmo hora 0/hora 2 como segunda opção. Como alternativa, avaliações a hora 0/hora 1 são recomendadas quando estiverem disponíveis ensaios de troponina cardíaca de alta sensibilidade com um algoritmo validado. Como alternativa, pode-se considerar o algoritmo de hora 0/hora 3.[1] Recomenda-se realizar testes adicionais após 3 horas se as duas primeiras medições da troponina cardíaca do algoritmo de 0 hora/1 hora não forem conclusivas e o quadro clínico ainda sugerir síndrome coronariana aguda.[1]
Quando um ensaio de troponina da geração anterior é usado, os níveis de troponina cardíaca específica (troponina I ou T) devem ser medidos na apresentação e 3 a 6 horas após o início dos sintomas em todos os pacientes que apresentarem sintomas consistentes com síndromes coronarianas agudas.[3] Níveis adicionais de troponina devem ser obtidos após 6 horas depois do início dos sintomas em pacientes com troponinas normais em exame seriado quando, com base no quadro clínico e/ou em alterações no ECG, há um índice intermediário ou alto de suspeita para síndrome coronariana aguda.[3]
Em pacientes com suspeita de reinfarto, considera-se como marcador uma nova elevação da troponina igual a 20% ou mais.[43]
Entre os pacientes que se apresentam ao pronto-socorro com dor torácica, até mesmo níveis sanguíneos ligeiramente elevados de troponina T cardíaca de alta sensibilidade estão associados a desfechos clínicos adversos, com uma forte e gradual associação entre todos os níveis detectáveis de troponina T de alta sensibilidade e risco de infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca e mortalidade cardiovascular e não cardiovascular. A taxa anual de morte foi de 0.5% entre os pacientes com níveis de troponina T cardíaca de alta sensibilidade <5 nanogramas/L (<0.005 microgramas/L), e esta taxa aumentou de maneira graduada com níveis crescentes para 33% entre os pacientes com níveis de troponina T cardíaca de alta sensibilidade ≥50 nanogramas/L (≥0.05 microgramas/L).[48]
As troponinas cardíacas são marcadores mais sensíveis e específicos de dano aos cardiomiócitos que a creatina quinase (CK), sua isoenzima de fração miocárdica (CK-MB) e a mioglobina. Em pacientes com infarto do miocárdio, os níveis de troponina aumentam rapidamente (geralmente, dentro de 1 hora após o início dos sintomas se forem usados ensaios de alta sensibilidade) e permanecem elevados por vários dias. Assim, com o advento dos ensaios de troponina cardíaca de alta sensibilidade (hs-cTn), outros biomarcadores como CK, CK-MB e mioglobina, não são mais necessários para fins de diagnóstico. Da mesma forma, para fins de diagnóstico inicial, a medição de rotina de biomarcadores adicionais, como a proteína de ligação ao ácido graxo tipo cardíaco (h-FABP) ou a copeptina, não é recomendada além do hs-cTn.[1]
Resultado
não elevada
Hemograma completo
Exame
A Hb baixa pode ser um fator desencadeador de angina.
Resultado
normais ou baixas
eletrólitos e função renal
Exame
Recomenda-se exame inicial em pacientes com síndrome coronariana aguda para fins de estratificação de risco.
A insuficiência renal é um preditor de mortalidade independente.[3]
Resultado
normal
glicemia
Exame
Exame recomendado para fins de estratificação de risco.
Se a glicemia se mostrar elevada, o paciente deverá ser avaliado quanto a diabetes.
Resultado
normal; elevada na presença de diabetes
perfil lipídico
Exame
Exame recomendado para fins de estratificação de risco.
LDL alvo <2.59 mmol/L (<100 mg/dL) em caso de doença arterial coronariana.
Resultado
normal ou colesterol total e lipoproteína de baixa densidade (LDL) aumentados
perfil de coagulação
Exame
Recomendado na apresentação inicial, já que as opções de tratamento afetam a coagulação.
Resultado
normal
radiografia torácica
Exame
Possíveis achados incluem mediastino largo em caso de dissecção da aorta, campo pulmonar hipertransparente em caso de embolia pulmonar, infarto cuneiforme em caso de infarto pulmonar, condensação em caso de pneumonia, pulmão colabado em caso de pneumotórax ou gás sob o diafragma em caso de víscera perfurada.[39]
Resultado
demonstra edema pulmonar em pacientes com insuficiência cardíaca; descarta diagnósticos ou desencadeantes alternativos de dor torácica
ecocardiograma: em repouso
Exame
Exame usado para auxiliar no diagnóstico do estágio agudo em caso de ECG não conclusivo.
Também pode fornecer informações sobre fatores desencadeantes como estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica ou derrame pericárdico.
Resultado
anormalidades regionais transitórias na contratilidade da parede
estudo de perfusão miocárdica: repouso
Exame
Exame usado para auxiliar no diagnóstico do estágio agudo em caso de ECG não conclusivo.
Resultado
defeito de perfusão em repouso
tomografia computadorizada (TC) do tórax ou ressonância nuclear magnética (RNM)
Exame
Pode ser indicado para aprofundar a avaliação e especialmente para descartar afecções como embolia pulmonar e dissecção da aorta.
Resultado
diagnóstico alternativo
angiografia coronariana
Investigações a serem consideradas
ecocardiograma: em esforço
Exame
Realizado após infarto do miocárdio ser excluído.
Importante para fins de estratificação de risco e prognóstico.
Exercício ou agentes farmacológicos são usados.
Resultado
anormalidades regionais reversíveis na contratilidade da parede
estudo de perfusão miocárdica: estresse
Exame
Realizado após infarto do miocárdio ser excluído.
Importante para fins de estratificação de risco e prognóstico.
Exercício ou agentes farmacológicos são usados.
Resultado
defeito reversível (isquêmico) e defeito fixo (cicatrização)
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