Prevenção primária

A melhor maneira de evitar o hipoparatireoidismo causado por remoção cirúrgica não intencional ou danos seria evitar qualquer lesão nas paratireoides ou em seu suprimento de sangue. O que pode ser conseguido por meio de dissecção cirúrgica meticulosa.[23] O problema é muito menos provável de ocorrer quando a cirurgia é realizada por um cirurgião experiente. O problema temporário de hipoparatireoidismo com hipocalcemia aflitiva pode ser evitado por meio de tratamento preventivo temporário com cálcio e/ou calcitriol por um período em que a hipocalcemia temporária for um risco evidente.[24][25] Alguns cirurgiões começaram a usar a detecção da autofluorescência no infravermelho próximo (NIRAF), por imagem ou sonda, ou perfusão verde de indocianina, para identificar e preservar as glândulas paratireoides no intraoperatório.[26]

Prevenção secundária

Hipoparatireoidismo pós-cirúrgico: durante uma cirurgia extensa das glândulas tireoides e/ou paratireoides, as glândulas paratireoides remanescentes devem ser identificadas, mas deixadas intactas o máximo possível, e seu suprimento de sangue não deve ser interrompido. Cada glândula identificada deve ser vista como se fosse a última glândula do paciente. Se ocorrer a desvascularização acidental de uma glândula paratireoide durante uma cirurgia, ela poderá ser fragmentada e implantada no músculo esternocleidomastóideo. A expectativa é que, em poucas semanas, ela adquira um suprimento de sangue e comece a funcionar.

Nos casos de hiperplasia primária de paratireoide ou de hiperparatireoidismo urêmico secundário ou terciário, o cirurgião empenha-se para deixar uma glândula remanescente com vasculatura intacta grande o suficiente para suprir as necessidades de paratormônio. Nos casos de hiperplasia primária da paratireoide, o número de glândulas que é removido pode depender da etiologia, com um número menor de glândulas geralmente sendo removido para a neoplasia endócrina múltipla do tipo 2 (NEM2) e um número maior de glândulas (paratireoidectomia subtotal ou 3.5 glândulas favorecidas) para a neoplasia endócrina múltipla do tipo 1 (NEM1). Outra alternativa é a paratireoidectomia total e o autotransplante de tecido paratireoidiano para o músculo braquiorradial, ou para o tecido subcutâneo do antebraço. Cada caso é tratado individualmente e considerando-se a etiologia genética do hiperparatireoidismo.[40]

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