História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
presença de fatores de risco
Os principais fatores de risco incluem: infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), sexo masculino, idade <1 ano, exposição a aves, gado, ovelhas ou outros animais do campo, ingestão de carne crua ou malcozida (especialmente frango), viagem recente ao exterior, viagem para países em desenvolvimento, ingestão de água de poço ou de superfície, ingestão de leite não pasteurizado, e uso de inibidores da bomba de prótons ou antagonistas H₂.
dor abdominal
A dor abdominal associada à infecção por Campylobacter é geralmente mais intensa que nas outras causas bacterianas de enterite/colite. A dor muitas vezes se torna contínua e irradia para a fossa ilíaca direita (com frequência, descrita como quadrante inferior direito do abdome).[32]
diarreia
A principal manifestação clínica da infecção por Campylobacter é a diarreia. A diarreia pode ser aquosa, com até 8-10 evacuações diárias. Torna-se sanguinolenta em aproximadamente 20% a 25% dos casos. A diarreia é considerada inflamatória pela expressão proeminente de febre e sintomas constitucionais, e porque as fezes contêm leucócitos e sangue.[4]
Outros fatores diagnósticos
Fatores de risco
Fortes
viagem recente ao exterior
O risco de infecção é maior em pessoas que visitaram a África, a Ásia e a América do Sul, particularmente áreas com saneamento e higiene de restaurantes deficiente.[14]
comer carne crua ou malcozida (especialmente frango)
exposição a aves, gado, ovelhas ou outros animais do campo
A infecção pode ser adquirida diretamente dos animais ou de suas carcaças. Esse tipo de transmissão direta é geralmente ocupacional e ocorre em agricultores, trabalhadores de abatedouros e processadores de aves. A infecção doméstica também pode ocorrer pelo contato com um animal de estimação (filhotes de cães ou gatos) com diarreia.[23]
Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV)
A incidência de infecção por Campylobacter é maior em pacientes com HIV/AIDS, embora a incidência seja menor em pacientes HIV-positivos em terapia antirretroviral.[5] Indivíduos com HIV também apresentam risco de se tornarem portadores de Campylobacter em longo prazo. Isso está associado a enterite e bacteremia recorrentes.[25]
Fracos
beber água não tratada
Beber água não tratada e nadar em água recreativa traz um risco de transmissão.[18]Campylobacter foi responsável por 36 dos 123 surtos de origem hídrica nos países nórdicos entre 1998 e 2012.[26] Em 2022, houve um total de 19 casos ativos de infecção por Campylobacter em Montana, EUA, causados pelo consumo de água não tratada.[27]
beber leite não pasteurizado
Em um estudo, 5% dos casos de infecção por Campylobacter ocorreram por beber leite não pasteurizado. É quase impossível evitar que o leite se torne infectado por fezes; por conseguinte, a pasteurização é necessária para evitar a transmissão.[28]
contato próximo com uma pessoa infectada
Pessoas com infecções por Campylobacter não precisam ser isoladas. Como a infecção é adquirida por transmissão fecal a oral, a disseminação da infecção de pessoa para pessoa é muito improvável. No entanto, a lavagem das mãos ainda é importante quando há contato próximo com uma pessoa com uma doença diarreica. Além disso, as pessoas com uma doença diarreica não devem manipular alimentos.
uso de inibidores da bomba de prótons ou antagonistas H2, especialmente em pacientes idosos
Cada vez mais se reconhece que pacientes, especialmente idosos, que tomam inibidores da bomba de prótons ou antagonistas H₂ apresentam aumento do risco de evoluir para infecção por Campylobacter.[24] Em um estudo, 10% dos casos de Campylobacter foram atribuídos a medicamentos supressores de ácido.[29]
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