Etiologia
Os Campylobacters são pequenos bastonetes Gram-negativos curvados em um formato de espiral. O gênero Campylobacter contém muitas espécies, 17 das quais são patogênicas para humanos.[2] A campilobacteriose afeta tanto humanos quanto animais, com a disseminação ocorrendo entre espécies. Os Campylobacter são encontrados no trato gastrointestinal de uma ampla variedade de animais domésticos e selvagens, incluindo aves, suínos, gado, cães e gatos. A transmissão para humanos pode ocorrer pelo consumo de alimentos ou bebidas contaminados (por exemplo, aves malcozidas ou leite não pasteurizado), ou pelo contato com a flora fecal de um animal ou humano infectado.[15][16]
O Campylobacter jejuni é a causa primária de infecção intestinal e é responsável por 80% a 90% de todos os casos de doença reconhecida provocada por organismos dessa espécie. A maioria das infecções extraintestinais é causada pelo Campylobacter fetus.[17][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem microscópica de Campylobacter que apresenta bacilos em forma curva; cultura de 48 horas de Campylobacter jejuniDr. Robert Weaver, Biblioteca de Imagens, Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA [Citation ends].
Fisiopatologia
A campilobacteriose é, em grande parte, uma infecção zoonótica, transmitida a seres humanos por animais ou produtos de origem animal.[6] A água contaminada também é uma fonte de infecção.[18] A transmissão entre pessoas é extremamente rara. A exposição a menos de 500 organismos pode causar doenças.[14]
Ficou comprovado que Campylobacter jejuni tem grande diversidade fenotípica, o que resulta em boa adaptabilidade; isso fez com que a identificação do mecanismo preciso da patogênese seja difícil.[19] Em geral, acredita-se que existam quatro estágios principais: adesão às células intestinais, colonização, invasão da célula-alvo e produção de toxinas.[20] Os fatores do hospedeiro também podem ser importantes.[21]
O estágio de diarreia é caracterizado por cólica abdominal e diarreia profusa. A diarreia hemorrágica é comum e ocorre em 20% a 25% dos casos. Os sítios de lesão tecidual incluem jejuno, íleo e cólon. Biópsias desses locais mostrarão uma reação inflamatória inespecífica aguda, com a presença de neutrófilos, monócitos e eosinófilos.[2][4]
Os organismos de Campylobacter podem ser excretados nas fezes durante várias semanas após a recuperação clínica.[22]
Em pessoas imunocomprometidas, uma variedade de manifestações extraintestinais tem sido relatada, incluindo: infecção perinatal, bacteremia, meningite, peritonite espontânea, colecistite, endocardite, pancreatite, cistite, celulite, hepatite, nefrite intersticial, infecção placentária, aborto séptico, artrite séptica, tromboflebite séptica, pneumonia, abscesso pulmonar e empiema.[5]
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