Epidemiologia

A prevalência da síndrome de hipoventilação varia com a causa subjacente. Há relatos de que aproximadamente 10% a 20% dos pacientes com apneia obstrutiva do sono (AOS) apresentam síndrome de hipoventilação na obesidade (SHO).[2][3][4] Porém, aproximadamente 10% dos pacientes com SHO apresentam um índice de apneia-hipopneia normal, com <5 eventos/hora.[2][3] A respiração de Cheyne-Stokes é relatada em 33% a 42% dos pacientes que têm insuficiência cardíaca congestiva e fração de ejeção do ventrículo esquerdo <45%, com uma prevalência de até 56% nos pacientes hospitalizados que estão aguardando transplante cardíaco.[5][6][7][8] Cerca de 27% dos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) subjacente desenvolveram hipoxemia noturna, mas somente aqueles com AOS associada (chamada de síndrome de sobreposição) ou com obstrução grave (volume expiratório forçado no primeiro segundo [VEF1] <35% do predito) podem apresentar hipercapnia associada. Nos pacientes com distúrbios torácicos restritivos, como as deformidades da parede torácica (por exemplo, cifoescoliose), a prevalência de hipoventilação depende do grau de curvatura espinhal (ângulo de Cobb >120°). Já os pacientes com doenças neuromusculares podem, em algum momento, desenvolver a síndrome de hipoventilação, dependendo da doença subjacente (por exemplo, distrofia muscular de Duchenne).

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