Abordagem
Realiza-se uma investigação, por meio de anamnese e exame físico, a fim de determinar se a disfunção da tuba auditiva tem causas subjacentes.
História
Os pacientes com disfunção da tuba auditiva queixam-se da incapacidade de desobstruir ou desentupir as orelhas quando ocorrem alterações na pressão barométrica, como no elevador ou em voos. Alguns descrevem essa incapacidade como uma sensação de perda auditiva. Pode haver também uma história repetida de otite média. Além disso, o paciente pode relatar uma história de rinite alérgica ou sinusite crônica que, ao atingir o pico, exacerba os sintomas de plenitude das orelhas. Um escore de sintoma específico para disfunção da tuba auditiva validado, o Questionário de Disfunção da Tuba Auditiva com sete itens (ETDQ-7), também está disponível para quantificar a gravidade da condição.[21]
Pacientes com tubas auditivas pátulas (anormalmente patentes) também podem descrever uma sensação de autofonia (ouvir a própria voz ou respiração), que remite na posição supina ou inclinando-se a cabeça para a frente. Geralmente, tubas auditivas pátulas estão associadas a uma perda de peso significativa recente.
Exame físico
O exame físico da cabeça e do pescoço dos pacientes com disfunção da tuba auditiva pode estar totalmente normal. Achados pertinentes incluem: membrana timpânica retraída ou com hipomotilidade, particularmente em sua parte mais fraca - a pars flácida -, otite média serosa; óstio da tuba auditiva inflamado ou edematoso ao exame endoscópico; hipertrofia das adenoides; ou preenchimento da nasofaringe por neoplasia.
Exames iniciais
A timpanometria, que mede a complacência da membrana timpânica, revela um timpanograma do tipo B ou C. Um timpanograma normal (tipo A) revela pressão normal na orelha média e uma tuba auditiva com funcionamento normal. Um timpanograma tipo B apresenta uma curva de complacência plana, demonstrando ausência de movimentos da membrana timpânica. Um timpanograma tipo C revela uma alteração da curva de complacência com pressão negativa. Os valores quantitativos da pressão timpanométrica máxima podem fornecer informações mais específicas do que a categorização morfológica.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Timpanograma normal (tipo A)Do acervo de Erica R. Thaler; usado com permissão [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Timpanograma tipo B; a curva de complacência plana revela ausência de movimentos da membrana timpânicaDo acervo de Erica R. Thaler; usado com permissão [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Timpanograma tipo C, demonstrando uma tuba auditiva com mau funcionamentoDo acervo de Erica R. Thaler; usado com permissão [Citation ends].
A endoscopia nasal é parte rotineira da avaliação, realizada pelo otorrinolaringologista, de um paciente com disfunção da tuba auditiva e pode revelar edema ou obstrução do óstio da tuba auditiva.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Tuba auditiva esquerda normal observada por endoscopia a partir da cavidade nasal posterior.Do acervo de Edward D. McCoul; usado com permissão [Citation ends].
Exames subsequentes
Em adultos com otite serosa unilateral, é necessário realizar uma nasofaringoscopia e/ou uma tomografia computadorizada (TC) para procurar massa na nasofaringe ou na fossa infratemporal.
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