Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

novo diagnóstico: doença aguda ou crônica

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1ª linha – 

modificação do estilo de vida

O repouso é recomendado.

Almofadas em forma de U, para ajustes da posição sentada, podem aliviar a pressão no cóccix.

As medidas adicionais incluem banhos de assento, fisioterapia do assoalho pélvico e manipulação quiroprática.[1][28][29]​​ Essas medidas podem relaxar a musculatura do assoalho pélvico e reduzir a dor e a sensibilidade à palpação, embora o mecanismo exato seja desconhecido.

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associado a – 

anti-inflamatório não esteroidal (AINE)

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A maioria dos pacientes recebe a prescrição de um AINE conforme necessário por um período de até 8 semanas para aliviar a dor e a inflamação, exceto quando houver contraindicações ao seu uso.[27]​ Os AINEs estão associados a um risco aumentado de eventos cardiovasculares trombóticos e toxicidade gastrointestinal (sangramento, ulceração, perfuração), e devem ser usados na menor dose efetiva pelo ciclo de tratamento efetivo mais curto possível.

Opções primárias

ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

ou

diclofenaco potássico: 50 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia quando necessário

ou

naproxeno: 500 mg por via oral inicialmente, seguidos por 250 mg a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 1250 mg/dia

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Considerar – 

laxativos

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

Em pacientes que têm história de dor durante a defecação, um laxativo é prescrito por um período de 8 semanas a fim de reduzir a dor e o esforço necessário para a defecação.[27]

Opções primárias

docusato de sódio: 50-500 mg/dia por via oral administrados em 2-4 doses fracionadas quando necessário

ou

lactulose: 15-60 mL/dia por via oral administrados em 1-2 doses fracionadas

sintomas ≥2 meses e manejo do quadro agudo malsucedido

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1ª linha – 

corticosteroide associado à injeção de anestésico local

O tratamento de primeira linha consiste em administração mensal de corticosteroide associado a injeções locais de anestésico administradas com base na necessidade.

Eles podem ser administrados isoladamente ou em combinação com a manipulação invasiva (isto é, flexão e extensão transretal) sob anestesia geral, sendo esta última considerada mais bem-sucedida.[30]

O corticosteroide associado ao anestésico local deve ser injetado nos tecidos moles ao redor dos lados e da ponta do cóccix (usando metilprednisolona) ou na junção sacrococcígea e no periósteo dorsal do cóccix (usando triancinolona).[31]

Contudo, a injeção percutânea na junção sacrococcígea é às vezes recomendada se a injeção local e/ou a manipulação falharem, e pode ser realizada por fluoroscopia ou com localização por toque retal da junção sacrococcígea.[31][32]

Opções primárias

acetato de metilprednisolona: 40 mg administrados por injeção uma vez ao mês nos tecidos moles ao redor dos lados e da ponta do cóccix

e

bupivacaína: (0.25%) 10 mL administrados por injeção uma vez ao mês nos tecidos moles ao redor dos lados e da ponta do cóccix

ou

triancinolona acetonida: 80 mg administrados por injeção uma vez ao mês na junção sacrococcígea e no periósteo dorsal do cóccix

e

lidocaína: (1%) 2 mL administrados por injeção uma vez ao mês na junção sacrococcígea e no periósteo dorsal do cóccix

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Considerar – 

manipulação invasiva e massagem

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A injeção de corticosteroide pode ser administrada em combinação com a manipulação invasiva (isto é, flexão e extensão transretal) sob anestesia geral, que é considerada mais bem-sucedida que a injeção de corticosteroide isolada.[30]

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2ª linha – 

corticosteroide associado à injeção de anestésico local + fisioterapia

Se as injeções de corticosteroide associado a anestésico local não tiverem efeito após duas injeções mensais sucessivas, a fisioterapia combinada com a injeção de corticosteroide é uma eficaz opção de segunda linha.

As medidas de fisioterapia incluem a massagem transretal do assoalho pélvico e a mobilização coccígea.[30][33][34][35]

Opções primárias

acetato de metilprednisolona: 40 mg administrados por injeção uma vez ao mês nos tecidos moles ao redor dos lados e da ponta do cóccix

e

bupivacaína: (0.25%) 10 mL administrados por injeção uma vez ao mês nos tecidos moles ao redor dos lados e da ponta do cóccix

ou

triancinolona acetonida: 80 mg administrados por injeção uma vez ao mês na junção sacrococcígea e no periósteo dorsal do cóccix

e

lidocaína: (1%) 2 mL administrados por injeção uma vez ao mês na junção sacrococcígea e no periósteo dorsal do cóccix

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3ª linha – 

injeção no gânglio ímpar

A injeção do gânglio com um anestésico local (por exemplo, lidocaína, bupivacaína) sob orientação fluoroscópica tem sido usada para tratar com sucesso a coccigodinia. Uma revisão sistemática concluiu que as injeções têm uma taxa de sucesso >85% no controle da dor. O escore médio de melhora percentual foi de 60% em 1 mês, 55% em 3 meses e 40% em 6 meses.[36] Podem ser necessárias repetições das injeções. As injeções devem sempre ser realizadas com orientação de imagem para evitar complicações de uma injeção intravascular.[37]

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4ª linha – 

cirurgia

Pacientes com coccigodinia crônica nos quais o manejo conservador foi malsucedido após um período de 3 a 6 meses podem ser encaminhados para um cirurgião de coluna para coccigectomia.

As séries cirúrgicas relataram taxas de sucesso que variam de 60% a 91% após a coccigectomia.[27]

A coccigectomia é mais bem-sucedida nos casos de coccigodinia traumática e pós-parto que na coccigodinia idiopática (75% contra 58% de sucesso).[14]

Limitar a coccigectomia aos pacientes com instabilidade radiográfica nas radiografias dinâmicas pode resultar em desfechos bons ou excelentes em 92% dos casos.[21]

Fragmentos coccígeos residuais ou uma borda sacral proeminente em um paciente magro podem causar desfechos desfavoráveis e exigir uma nova cirurgia para refazer a coccigectomia ou para raspagem óssea com rugina da borda do sacro.

A hérnia retal é uma complicação rara após a coccigectomia.[38][39]

A rizotomia sacral (secção das raízes nervosas S4 e S5) pode ser considerada para pacientes com dor estritamente localizada na região do cóccix após uma coccigectomia malsucedida; no entanto, a rizotomia sacral atualmente não cumpre uma função importante no tratamento.[40]

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associado a – 

antibioticoterapia profilática + drenagem

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A infecção da ferida é a complicação mais comum após a cirurgia, com taxas que variam de 2% a 22%.[27]

O uso de um dreno associado a antibióticos pós-operatórios pode reduzir a incidência de complicações da ferida pós-operatória, incluindo infecção.

Os antibióticos devem ser administrados por 72 horas após a cirurgia.

Opções primárias

cefazolina: 1000 mg por via intravenosa a cada 8 horas

e

metronidazol: 500 mg por via intravenosa a cada 8 horas

e

gentamicina: 2 mg/kg por via intravenosa a cada 8 horas

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