Etiologia

Pós-traumática:

  • O trauma coccígeo pode ocorrer depois de uma queda sobre as nádegas ou em decorrência de parto natural.

  • A lesão por estresse repetitivo, como sentar-se com má postura ou sentar-se em uma cadeira mal projetada, também pode causar coccigodinia.

Não traumática:[6]

  • Doença do disco ou articular degenerativa

  • Hiper ou hipomobilidade da articulação sacrococcígea

  • Variações coccígeas anatômicas

  • Infecção

  • Neoplasia - raramente associada à coccigodinia.

Idiopática:

  • Em muitos casos (30% a 40%), a causa é desconhecida.[5][7][8]

  • Embora os fatores psicossociais possam estar envolvidos em alguns casos, sua importância pode ter sido exagerada no passado. A depressão pode cumprir uma função em certos casos de coccigodinia idiopática.[9][10]

  • Roupas apertadas (coccigodinia da costura de jeans, também conhecida como síndrome Stoshak-Mortimer) foram apontadas como uma causa.[11]

  • Geralmente, os cistos perineurais (cistos de Tarlov) são encontrados por acidente em exames de imagem e estão associados à coccigodinia, dor na coluna lombar e sintomas de compressão da raiz nervosa.[12][13]

Fisiopatologia

O trauma agudo de uma queda sobre as nádegas provoca ântero-flexão do cóccix, lesionando a articulação sacrococcígea ou intercoccígea ou as estruturas ligamentares circundantes, resultando em hipermobilidade ou subluxação e dor. O trauma direto também pode fraturar uma sinostose sacrococcígea ou intercoccígea.

A fisiopatologia da coccigodinia idiopática é menos clara. O estresse posterior repetitivo do cóccix pode lesionar as estruturas ligamentares. A degeneração da articulação sacrococcígea é uma característica patológica proeminente da coccigodinia, e sua presença pode predizer o benefício de uma coccigectomia.[14][15] A discografia provocativa e anestésica confirmou uma fonte discogênica de dor em 70% dos casos de coccigodinia, ressaltando a função da degeneração da articulação sacrococcígea na coccigodinia.[16] O espasmo da musculatura do assoalho pélvico (músculos coccígeo e elevador do ânus) foi classicamente implicado na coccigodinia e o espasmo concomitante do piriforme pode produzir uma dor associada descendo pela coxa.[17][18]​ O cóccix é inervado pelos nervos S4, S5 e coccígeo, e uma patologia sacral pode resultar em dor referida.

Classificação

Diretriz Interdisciplinar da German Society of Coloproctology (Sociedade Alemã de Coloproctologia)[1]

  • Pós-traumática: o paciente tem uma história de trauma do cóccix (por exemplo, uma queda sobre as nádegas) ou parto.

  • Idiopática: sem causa identificável.

Classificação com base na etiologia[2]

  • Coccigodinia verdadeira: dor com origem no cóccix.

  • Pseudococcigodinia: dor referida ao cóccix a partir de órgãos viscerais, irritação dural ou dor neurogênica com origem em uma raiz, plexo ou nervo periférico.

Classificação clínica

  • Coccigodinia aguda: sintomas <2 meses.

  • Coccigodinia crônica: sintomas ≥2 meses.

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