Hemangioma
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
assintomático
orientação e tranquilização
Os hemangiomas geralmente não representam ameaça à função e estão associados a risco mínimo de deformidade estética significativa.
Embora a maioria dessas lesões vá passar por uma involução, as alterações residuais podem persistir em quase metade dos pacientes afetados, com cicatrização desfigurante persistente, atrofia e redundância cutânea, descoloração e telangiectasia.
Uma defesa social útil para pacientes particularmente sensíveis ao comentário sobre hemangiomas visíveis é usar o termo eufemístico "marca de nascença" ou "mancha estética".
com comprometimento funcional ou deformidade estética
betabloqueador e/ou corticosteroide
O propranolol surgiu como tratamento sistêmico de primeira escolha para hemangiomas infantis.[41]Izadpanah A, Izadpanah A, Kanevsky J, et al. Propranolol versus corticosteroids in the treatment of infantile hemangioma: a systematic review and meta-analysis. Plast Reconstr Surg. 2013 Mar;131(3):601-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23142941?tool=bestpractice.com A eficácia foi demonstrada em hemangiomas em locais funcional ou cosmeticamente importantes, em hemangiomas das vias aéreas, em hemangiomas ulcerados e em hemangiomas viscerais.[45]Zaher H, Rasheed H, Hegazy RA, et al. Oral propranolol: an effective, safe treatment for infantile hemangiomas. Eur J Dermatol. 2011 Jul-Aug;21(4):558-63. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21697036?tool=bestpractice.com [46]Fuchsmann C, Quintal MC, Giguere C, et al. Propranolol as first-line treatment of head and neck hemangiomas. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 2011 May;137(5):471-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21576558?tool=bestpractice.com [47]Missoi TG, Lueder GT, Gilbertson K, et al. Oral propranolol for treatment of periocular infantile hemangiomas. Arch Ophthalmol. 2011 Jul;129(7):899-903. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21402978?tool=bestpractice.com [48]Peridis S, Pilgrim G, Athanasopoulos I, et al. A meta-analysis on the effectiveness of propranolol for the treatment of infantile airway haemangiomas. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2011 Apr;75(4):455-60. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21333364?tool=bestpractice.com [49]Hong E, Fischer G. Propranolol for recalcitrant ulcerated hemangioma of infancy. Pediatr Dermatol. Pediatr Dermatol. 2012 Jan-Feb;29(1):64-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21854419?tool=bestpractice.com [50]Mazereeuw-Hautier J, Hoeger PH, Benlahrech S, et al. Efficacy of propranolol in hepatic infantile hemangiomas with diffuse neonatal hemangiomatosis. J Pediatr. 2010 Aug;157(2):340-2. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20488455?tool=bestpractice.com
Efeito rebote do crescimento foi observado após a cessação da terapia, por isso o tratamento geralmente é continuado durante o período de involução teórica ou por cerca de 12 meses.[51]Marqueling AL, Oza V, Frieden IJ, et al. Propranolol and infantile hemangiomas four years later: a systematic review. Pediatr Dermatol. 2013 Mar-Apr;30(2):182-91. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23405852?tool=bestpractice.com
Contraindicações absolutas para propranolol incluem determinados defeitos de condução, como doença do nó sinusal ou bloqueio atrioventricular (AV) de 2º ou 3º grau. Contraindicações relativas incluem insuficiência cardíaca, bradicardia sinusal, hipotensão, bloqueio AV de 1º grau, asma ou hiper-reatividade brônquica, diabetes mellitus e insuficiência renal crônica.[52]de Graaf M, Breur JM, Raphael MF, et al. Adverse effects of propranolol when used in the treatment of hemangiomas: A case series of 28 infants. J Am Acad Dermatol. 2011 Aug;65(2):320-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21601311?tool=bestpractice.com O propranolol deve ser usado com cuidado no contexto de síndrome de PHACES (malformações da fossa posterior, hemangioma, anomalias arteriais, coarctação da aorta e defeitos cardíacos, anormalidades oculares e fendas do esterno ou rafe supraumbilical, do inglês Posterior fossa malformations–hemangiomas–arterial anomalies–cardiac defects–eye abnormalities–sternal cleft and supraumbilical raphe), pois a hipotensão induzida por propranolol pode, em teoria, comprometer a já frágil perfusão cerebral.[54]Lawley LP, Siegfried E, Todd JL. Propranolol treatment for hemangioma of infancy: risks and recommendations. Pediatr Dermatol. 2009 Sep-Oct;26(5):610-4. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1525-1470.2009.00975.x/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19840322?tool=bestpractice.com
Os corticosteroides sistêmicos ainda são, ocasionalmente, usados em vez dos betabloqueadores para hemangiomas infantis.[58]Pope E, Krafchik BR, Macarthur C, et al. Oral versus high-dose pulse corticosteroids for problematic infantile hemangiomas: a randomized, controlled trial. Pediatrics. 2007 Jun;119(6):e1239-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17485449?tool=bestpractice.com Dependendo da resposta e da idade do paciente, a duração prevista da terapia pode continuar por 6 a 12 meses.
Os corticosteroides sistêmicos também podem ser usados como tratamento adjuvante a um betabloqueador.[58]Pope E, Krafchik BR, Macarthur C, et al. Oral versus high-dose pulse corticosteroids for problematic infantile hemangiomas: a randomized, controlled trial. Pediatrics. 2007 Jun;119(6):e1239-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17485449?tool=bestpractice.com Novamente, a duração prevista da terapia pode variar de 6 a 12 meses.
Efeito rebote do crescimento do hemangioma tem sido bem documentado ao se reduzir corticosteroides orais; portanto, acompanhamento clínico minucioso é necessário.[2]Garzon MC. Infantile hemangioma. In: Callen JP, Horn TD, Mancini AJ, et al, eds. Dermatology. Vol. 2. 2nd ed. St. Louis, MO: Elsevier; 2008:1565-80.[16]Bruckner AL, Friedan IJ. Hemangiomas of infancy. J Am Acad Dermatol. 2003 Apr;48(4):477-93. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12664009?tool=bestpractice.com [59]Rossler J, Wehl G, Niemeyer CM. Evaluating systemic prednisone therapy for proliferating haemangioma in infancy. Eur J Pediatr. 2008 Jul;167(7):813-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17676341?tool=bestpractice.com [60]Bennett ML, Fleischer AB Jr., Chamlin SL, et al. Oral corticosteroid use is effective for cutaneous hemangiomas: an evidence-based evaluation. Arch Dermatol. 2001 Sep;137(9):1208-13. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11559219?tool=bestpractice.com
Betabloqueadores tópicos podem ser úteis no tratamento de hemangiomas infantis superficiais.[55]Ni N, Langer P, Wagner R, et al. Topical timolol for periocular hemangioma: report of further study. Arch Ophthalmol. 2011 Mar;129(3):377-9. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21403002?tool=bestpractice.com [56]Pope E, Chakkittakandiyil A. Topical timolol gel for infantile hemangiomas: a pilot study. Arch Dermatol. 2010 May;146(5):564-5. http://jamanetwork.com/journals/jamadermatology/fullarticle/421304 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20479314?tool=bestpractice.com Esse tratamento pode ser considerado quando o tratamento sistêmico não é justificado ou é contraindicado.
Se o hemangioma estiver bem localizado sem extensão profunda, os corticosteroides intralesionais representam uma opção de tratamento adicional. Em geral, os tratamentos intralesionais têm espaçamento de cerca de 1 mês. Uma variedade de corticosteroides tem sido usada, embora a triancinolona seja um agente típico.[63]Chantharatanapiboon W. Intralesional corticosteroid therapy in hemangiomas: clinical outcome in 160 cases. J Med Assoc Thai. 2008 Oct;91(suppl 3):S90-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19253502?tool=bestpractice.com Os efeitos adversos sistêmicos de corticosteroides orais são evitados na maioria dos casos.[64]Chen MT, Yeong EK, Horng SY. Intralesional corticosteroid therapy in proliferating head and neck hemangiomas: a review of 155 cases. J Pediatr Surg. 2000 Mar;35(3):420-3. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10726680?tool=bestpractice.com [65]Buckmiller LM, Francis CL, Glade RS. Intralesional steroid injection for proliferative parotid hemangiomas. Int J Pediatr Otorhinolaryngol. 2008 Jan;72(1):81-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18054392?tool=bestpractice.com
Opções primárias
propranolol: 2-3 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas
ou
timolol oftálmico: (gel a 0.5%) aplicar uma camada fina na lesão duas vezes ao dia
Opções secundárias
prednisolona: 2-5 mg/kg/dia por via oral
ou
triancinolona acetonida: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose intralesional
excisão cirúrgica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A decisão quanto à possibilidade e quando excisar um hemangioma infantil é tomada após ponderar o risco de espera versus o benefício da excisão imediata. Caso o tratamento conservador tenha sido inadequado, uma criança com um hemangioma infantil proliferativo que ameace a integridade funcional e estética é uma boa candidata.
A excisão também pode ser necessária no contexto de ulceração ou sangramento. A natureza de alguns hemangiomas infantis faz com que eles ofereçam propensão à fácil intervenção cirúrgica: por exemplo, lesões pedunculadas pequenas com base estreita que deixariam o mínimo de cicatriz após a excisão.[2]Garzon MC. Infantile hemangioma. In: Callen JP, Horn TD, Mancini AJ, et al, eds. Dermatology. Vol. 2. 2nd ed. St. Louis, MO: Elsevier; 2008:1565-80.
A cirurgia é usada com mais frequência para melhorar a aparência estética após a conclusão da involução. Por exemplo, uma criança em idade escolar com tecido fibroadiposo de má aparência e redundante é uma boa candidata para intervenção cirúrgica.
A intervenção cirúrgica inadequada pode aumentar a morbidade de hemangiomas infantis.[67]Sinno H, Thibaudeau S, Coughlin R, et al. Management of infantile parotid gland hemangiomas: a 40-year experience. Plast Reconstr Surg. 2010 Jan;125(1):265-73. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19910858?tool=bestpractice.com
adstringentes e barreira de proteção
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Compressas com solução de Burow aplicadas uma ou duas vezes ao dia podem ser usadas para desbridamento leve.
Gaze impregnada de petrolato é útil para o desconforto de lesões na área perineal e pode ser aplicada quando necessário.
antibiótico tópico
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Antibióticos tópicos, incluindo mupirocina e metronidazol, podem ser aplicados sob um curativo hidrocoloide fino para prevenir colonização das abrasões. O tratamento pode ser continuado até que melhora seja observada, embora não existam bons estudos que deem suporte a essa recomendação. Recomenda-se usar julgamento clínico.
Antibióticos orais devem ser administrados na presença de infecção secundária.
Opções primárias
metronidazol tópico: (0.75%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas vezes ao dia
Opções secundárias
mupirocina tópica: (2%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes ao dia
betabloqueador adicional se não for previamente tratado
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Muitos médicos instituirão o tratamento com um betabloqueador tópico ou sistêmico no momento da ulceração se a lesão não for tratada anteriormente com um betabloqueador.
Opções primárias
propranolol: 2-3 mg/kg/dia por via oral administrados em 2-3 doses fracionadas
ou
timolol: (gel a 0.5%) aplicar uma camada fina na lesão duas vezes ao dia
becaplermina tópica
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A becaplermina, um fator de crescimento recombinante derivado de plaquetas humanas, promove a proliferação de células para reparo de feridas operatórias e formação de tecido de granulação. O tratamento pode ser continuado até que melhora seja observada, embora não existam bons estudos que deem suporte a essa recomendação. Recomenda-se usar julgamento clínico.
Opções primárias
becaplermina tópica: (0.01%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) uma vez ao dia
analgesia
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Analgésicos leves, como o paracetamol oral ou a lidocaína tópica, podem ser usados para alívio da dor.
Opções primárias
paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia
Opções secundárias
lidocaína tópica: (creme a 3%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) duas a três vezes ao dia quando necessário
Mais lidocaína tópicaÉ necessário tomar cuidado com a absorção aumentada desse medicamento em um leito vascular ulcerado.
laser pulsado de contraste
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
O laser pulsado de contraste é eficaz para tratamento de hemangiomas ulcerados e para telangiectasias pós-involução.[13]Paller A, Mancini A. Hurwitz clinical pediatric dermatology. 4th ed. Philadelphia, PA: Saunders; 2011:268-302.[69]Stier MF, Click SA, Hirsch RJ. Laser treatment of pediatric vascular lesions: port-wine stains and hemangiomas. J Am Acad Dermatol. 2008 Feb;58(2):261-85. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18068263?tool=bestpractice.com [70]Smit JM, Bauland CG, Wijnberg DS, et al. Pulsed dye laser treatment, a review of indications and outcome based on published trials. Br J Plast Surg. 2005 Oct;58(7):981-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16039628?tool=bestpractice.com Ele é usado com menos frequência como tratamento primário para hemangiomas.
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