O diagnóstico clássico de tripanossomíase humana africana (THA) envolve uma abordagem em três etapas:
Para identificar as pessoas com suspeita da doença, é preciso determinar se elas moraram ou visitaram uma área endêmica, bem como verificar se há sinais e sintomas clínicos ou evidências sorológicas (presença de anticorpos específicos a tripanossomos no sangue).
A detecção do parasita é considerada a confirmação da infecção. Ela é relativamente fácil para T b rhodesiense, mas é frequentemente difícil para T b gambiense, na qual a falha em identificar o parasita não é incomum, mesmo que sejam aplicadas técnicas de concentração. Por essa razão, em algumas situações epidemiológicas, a decisão sobre o tratamento é feita depois da obtenção de evidências clínicas e sorológicas.[27]Chappuis F, Stivanello E, Adams K, et al. Card agglutination test for trypanosomiasis (CATT) end-dilution titer and cerebrospinal fluid cell count as predictors of human African trypanosomiasis (Trypanosoma brucei gambiense) among serologically suspected individuals in Southern Sudan. Am J Trop Med Hyg. 2004 Sep;71(3):313-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15381812?tool=bestpractice.com
Uma vez que os parasitas são detectados, o estágio da doença, em combinação com a subespécie do tripanossoma causador, determina as escolhas terapêuticas para o tratamento.
História e exame clínico
A suspeita inicial deve ser alta em pacientes que tenham visitado uma área endêmica de tripanossomíase humana africana na África subsaariana e que apresentem uma história de picada por tsé-tsé, embora a picada possivelmente não tenha sido notada.
Os sinais e sintomas são inespecíficos e variáveis e, portanto, insuficientes para o diagnóstico e o estadiamento. O início dos sintomas geralmente é mais agudo em indivíduos que se originam de áreas não endêmicas.[7]Duggan AJ, Hutchinson MP. Sleeping sickness in Europeans: a review of 109 cases. J Trop Med Hyg. 1966 Jun;69(6):124-31.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/5940665?tool=bestpractice.com
[28]Urech K, Neumayr A, Blum J. Sleeping sickness in travelers - do they really sleep? PLoS Negl Trop Dis. 2011 Nov;5(11):e1358.
https://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0001358
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22069503?tool=bestpractice.com
Os pacientes frequentemente apresentam uma história de tratamento da malária, sem melhora.[29]Odiit M, Shaw A, Welburn SC, et al. Assessing the patterns of health-seeking behaviours and awareness among sleeping-sickness patients in eastern Uganda. Ann Trop Med Parasitol. 2004 Jun;98(4):339-48.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15228715?tool=bestpractice.com
[30]Bukachi SA, Wandibba S, Nyamongo IK. The treatment pathways followed by cases of human African trypanosomiasis in western Kenya and eastern Uganda. Ann Trop Med Parasitol. 2009 Apr;103(3):211-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19341536?tool=bestpractice.com
Os sinais e sintomas que podem ser observados no primeiro estágio da doença incluem:
Fadiga
Cefaleia
Febre
Mal-estar
Linfonodos cervicais aumentados (sinal de Winterbottom; principalmente T b gambiense)
Cancro no local da inoculação (principalmente T b rhodesiense)
Prurido
Erupção cutânea
Edema
Hepatoesplenomegalia
Disfunções endócrinas (em mulheres: história de infertilidade, amenorreia e aborto espontâneo; em homens: redução da libido, impotência)
Os pacientes com THA gambiense progridem do primeiro para o segundo estágio após um tempo médio de 500 dias.[31]Checchi F, Filipe JA, Haydon DT, et al. Estimates of the duration of the early and late stage of gambiense sleeping sickness. BMC Infect Dis. 2008 Feb 8;8:16.
https://bmcinfectdis.biomedcentral.com/articles/10.1186/1471-2334-8-16
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18261232?tool=bestpractice.com
No segundo estágio da infecção por THA gambiense, os sinais do primeiro estágio persistem e os sinais de envolvimento neurológico tornam-se aparentes, incluindo:[32]World Health Organization. Guidelines for the treatment of human African trypanosomiasis. Jun 2024 [internet publication].
https://www.who.int/publications/i/item/9789240096035
Distúrbios da consciência e do sono (embora isso também possa estar presente no primeiro estágio da doença)
Funções motoras comprometidas (por exemplo, ataxia, distúrbios da marcha, tremores, movimentos anormais)
Distúrbios sensoriais
Alterações mentais (por exemplo, desatenção, desorientação no tempo e/ou espaço, processos de pensamento lentos, deficit de memória)
Comportamento anormal (por exemplo, desinibição, excitação, euforia, agressividade, indiferença)
Em pacientes com THA rhodesiense, a duração dos sintomas sugere que a doença progride para o segundo estágio entre 3 semanas e 2 meses de infecção.[33]Odiit M, Kanshme F, Enyaru JCK. Duration of symptoms and case fatality of sleeping sickness caused by Trypanosoma brucei rhodesiense in Tororo, Uganda. East Afr Med J. 1997 Dec;74(12):792-5.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9557424?tool=bestpractice.com
Devido a essa intensidade, o envolvimento neurológico pode demorar para se manifestar. Os pacientes internados geralmente apresentam insuficiência de múltiplos órgãos ou insuficiência cardíaca com resultados anormais no eletrocardiograma.[28]Urech K, Neumayr A, Blum J. Sleeping sickness in travelers - do they really sleep? PLoS Negl Trop Dis. 2011 Nov;5(11):e1358.
https://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0001358
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[34]Cottle LE, Peters JR, Hall A, et al. Multiorgan dysfunction caused by travel-associated African trypanosomiasis. Emerg Infect Dis. 2012 Feb;18(2):287-9.
https://wwwnc.cdc.gov/eid/article/18/2/11-1479_article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22305185?tool=bestpractice.com
Investigações laboratoriais
Embora não sejam suficientes para estabelecer o diagnóstico da tripanossomíase humana africana, as anormalidades comuns do sangue incluem:[35]Chappuis F, Loutan L, Simarro P, et al. Options for the field diagnosis of human African trypanosomiasis. Clin Microbiol Rev. 2005 Jan;18(1):133-46.
https://journals.asm.org/doi/10.1128/cmr.18.1.133-146.2005
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15653823?tool=bestpractice.com
[36]Greenwood BM, Whittle HC. The pathogenesis of sleeping sickness. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1980;74(6):716-25.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7010694?tool=bestpractice.com
Anemia: leve para a THA gambiense, mas grave na THA rhodesiense
Trombocitopenia: leve para a THA gambiense, pode ser grave na THA rhodesiense
Leucocitose moderada
Velocidade de hemossedimentação (VHS) aumentada
Aumento dos níveis de imunoglobulina (Ig), especialmente IgM
Portanto, um hemograma completo, VHS e imunoglobulinas séricas podem ser solicitados para dar suporte ao diagnóstico.
A presença de uma variedade de anticorpos inespecíficos tem sido relatada durante a infecção por T b gambiense e, consequentemente, constitui um risco para o diagnóstico errado e a não detecção da tripanossomíase humana africana.
Os anticorpos específicos do tripanossomo no sangue são detectáveis pelos seguintes métodos:
Teste de aglutinação em cartão para tripanossomíase (CATT) para T b gambiense. Esse teste é aplicado no rastreamento da população de risco em áreas endêmicas do T b gambiense.
Ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA) ou ensaio de imunofluorescência para T b gambiense e T b rhodesiense.
Foram desenvolvidos exames de sangue rápidos para a detecção de anticorpos específicos do tripanossomo. Eles são uma alternativa ao CATT e oferecem a vantagem de serem exames individuais. Eles são, portanto, particularmente adequados para uso em centros não especializados que são ocasionalmente confrontados com a THA por T b gambiense.[37]Sullivan L, Wall SJ, Carrington M, et al. Proteomic selection of immunodiagnostic antigens for human African trypanosomiasis and generation of a prototype lateral flow immunodiagnostic device. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(2):e2087.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23469310?tool=bestpractice.com
[38]Büscher P, Gilleman Q, Lejon V. Rapid diagnostic test for sleeping sickness. N Engl J Med. 2013 Mar 14;368(11):1069-70.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMc1210373
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23484849?tool=bestpractice.com
[39]Büscher P, Mertens P, Leclipteux T, et al. Sensitivity and specificity of HAT Sero-K-SeT, a rapid diagnostic test for serodiagnosis of sleeping sickness caused by Trypanosoma brucei gambiense: a case-control study. Lancet Glob Health. 2014 Jun;2(6):e359-63.
https://www.thelancet.com/journals/langlo/article/PIIS2214-109X(14)70203-7/fulltext
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25103304?tool=bestpractice.com
[40]Bisser S, Lumbala C, Nguertoum E, et al. Sensitivity and specificity of a prototype rapid diagnostic test for the detection of Trypanosoma brucei gambiense infection: a multi-centric prospective study. PLoS Negl Trop Dis. 2016 Apr 8;10(4):e0004608.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27058033?tool=bestpractice.com
A identificação de um caso suspeito de THA, com base em achados clínicos ou em testes sorológicos, deve ser seguida de exame microscópico para a presença de parasitas:
O exame de gota espessa e com coloração do sangue é o exame microscópico mais comumente aplicado e permite o diagnóstico diferencial da malária. A técnica pode se manter negativa em infecções pelo T b gambiense, que são caracterizadas por níveis baixos do parasita no sangue.
As técnicas de concentração de sangue, como a técnica de centrifugação de micro-hematócrito, técnica da camada leucoplaquetária, ou técnica de centrifugação de minitroca de ânion (mAECT) são indicadas para a detecção do T b gambiense. Exames repetitivos podem ser necessários para encontrar T b gambiense. A camada leucoplaquetária é considerada o melhor exame, com sensibilidade em torno de 75% a 85%.[41]Miezan TW, Meda AH, Doua F, et al. Evaluation of the parasitologic techniques used in the diagnosis of human Trypanosoma gambiense trypanosomiasis in the Ivory Coast [in French]. Bull Soc Pathol Exot. 1994;87(2):101-4.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8061525?tool=bestpractice.com
[42]Lutumba P, Robays J, Miaka C, et al. Validity, cost and feasibility of the mAECT and CTC confirmation tests after diagnosis of African of sleeping sickness [in French]. Trop Med Int Health. 2006 Apr;11(4):470-8.
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A sensibilidade da mAECT pode ser elevada para 91% a 96% quando a camada leucoplaquetária de maiores volumes de sangue é aplicada na coluna.[43]Camara M, Camara O, Ilboudo H, et al. Sleeping sickness diagnosis: use of buffy coats improves the sensitivity of the mini anion exchange centrifugation test. Trop Med Int Health. 2010 Jul;15(7):796-9.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1365-3156.2010.02546.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20497407?tool=bestpractice.com
[44]Mumba Ngoyi D, Ali Ekangu R, Mumvemba Kodi MF, et al. Performance of parasitological and molecular techniques for the diagnosis and surveillance of gambiense sleeping sickness. PLoS Negl Trop Dis. 2014 Jun 12;8(6):e2954.
https://journals.plos.org/plosntds/article?id=10.1371/journal.pntd.0002954
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24921941?tool=bestpractice.com
É comumente aceito que os casos de tripanossomíase são definidos pela demonstração microscópica dos tripanossomos em qualquer fluido corporal. Ocasionalmente, casos de THA gambiense têm sido definidos sorologicamente, como o caso de um paciente vivendo em uma área endêmica que apresentou sorologia positiva no CATT, usando diferentes limiares de titulação.[27]Chappuis F, Stivanello E, Adams K, et al. Card agglutination test for trypanosomiasis (CATT) end-dilution titer and cerebrospinal fluid cell count as predictors of human African trypanosomiasis (Trypanosoma brucei gambiense) among serologically suspected individuals in Southern Sudan. Am J Trop Med Hyg. 2004 Sep;71(3):313-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15381812?tool=bestpractice.com
[45]Simarro PP, Ruiz JA, Franco JR, et al. Attitude towards CATT-positive individuals without parasitological conformation in the African trypanosomiasis (T b gambiense) focus of Quiçama (Angola). Trop Med Int Health. 1999 Dec;4(12):858-61.
https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-3156.1999.00494.x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10632994?tool=bestpractice.com
[46]Inojosa WO, Augusto I, Bisoffi Z, et al. Diagnosing human African trypanosomiasis in Angola using card agglutination test: observational study of active and passive case finding strategies. BMJ. 2006 Jun 24;332(7556):1479.
https://www.bmj.com/content/332/7556/1479
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16777858?tool=bestpractice.com
Outros fluidos corporais que podem ser examinados microscopicamente para a presença de tripanossomos incluem:
Aspirado de linfonodos para T b gambiense
Aspirado do cancro para T b rhodesiense
Líquido cefalorraquidiano (LCR)
Estadiamento da doença
Uma vez que a infecção tenha sido confirmada, ou se houver um alto índice de suspeita de infecção (como um título final de CATT elevado e/ou sintomas neurológicos), uma punção lombar deve ser realizada e o LCR examinado para estadiamento da doença para auxiliar na orientação do tratamento.[32]World Health Organization. Guidelines for the treatment of human African trypanosomiasis. Jun 2024 [internet publication].
https://www.who.int/publications/i/item/9789240096035
Pacientes que podem ser tratados sem punção lombar
Pacientes que necessitam de punção lombar
Se for necessária punção lombar e exame do LCR, o estadiamento da doença para THA gambiense e rhodesiense é o seguinte:[32]World Health Organization. Guidelines for the treatment of human African trypanosomiasis. Jun 2024 [internet publication].
https://www.who.int/publications/i/item/9789240096035
O segundo estágio da THA gambiense pode ser classificado como grave.
Novas investigações
Apesar da ressonância nuclear magnética (RNM) cranioencefálica não ter nenhum papel no diagnóstico da tripanossomíase humana africana, podem ser observados espessamento meníngeo, sinal hiperintenso em T2 confluente bilateral na substância branca supratentorial, tronco encefálico e cerebelo. As anormalidades continuam presentes mesmo após uma cura bem-sucedida.[47]Kager PA, Schipper HG, Stam J, et al. Magnetic resonance imaging findings in human African trypanosomiasis: a four-year follow-up study in a patient and review of the literature. Am J Trop Med Hyg. 2009 Jun;80(6):947-52.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19478256?tool=bestpractice.com
[48]Boukobza M, Lariven S, Houzé S, et al. Unusual MRI findings in African Trypanosoma brucei gambiense trypanosomiasis: dentate nuclei and hypothalamic lesions. Am J Trop Med Hyg. 2020 Jan;102(1):5-6.
https://www.ajtmh.org/view/journals/tpmd/102/1/article-p5.xml
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31971136?tool=bestpractice.com
O teste imunológico de tripanólise é um novo exame no qual os tripanossomos T b gambiense vivos são incubados com soro ou plasma humanos.[49]Van Meirvenne N, Magnus E, Büscher P. Evaluation of variant specific trypanolysis tests for serodiagnosis of human infections with Trypanosoma brucei gambiense. Acta Trop. 1995 Dec;60(3):189-99.
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[50]Jamonneau V, Bucheton B, Kaboré J, et al. Revisiting the immune trypanolysis test to optimise epidemiological surveillance and control of sleeping sickness in West Africa. PLoS Negl Trop Dis. 2010 Dec 21;4(12):e917.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21200417?tool=bestpractice.com
A especificidade do teste imunológico de tripanólise é considerada 100%, e um resultado positivo parece ser um indicador do contato com o T b gambiense. O exame pode ser realizado apenas em laboratórios altamente especializados.
Várias proteínas do LCR e marcadores de ativação do sistema imunológico celular, bem como a detecção de RNA, estão sendo investigados como marcadores para estadiamento e avaliação de desfechos de tratamento.[51]Tiberti N, Hainard A, Lejon V, et al. Cerebrospinal fluid neopterin as marker of the meningo-encephalitic stage of Trypanosoma brucei gambiense sleeping sickness. PLoS One. 2012;7:e40909.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0040909
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[52]Amin DN, Mumba Ngoyi D, Nhkwachi GM, et al. Identification of stage biomarkers for human African trypanosomiasis. Am J Trop Med Hyg. 2010 Jun;82(6):983-90.
https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/PMC2877438
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20519589?tool=bestpractice.com
[53]Tiberti N, Lejon V, Hainard A, et al. Neopterin is a cerebrospinal fluid marker for treatment outcome evaluation in patients affected by Trypanosoma brucei gambiense sleeping sickness. PLoS Negl Trop Dis. 2013;7(2):e2088.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23469311?tool=bestpractice.com
[54]Ngay Lukusa I, Van Reet N, Mumba Ngoyi D, et al. Trypanosome SL-RNA detection in blood and cerebrospinal fluid to demonstrate active gambiense human African trypanosomiasis infection. PLoS Negl Trop Dis. 2021 Sep;15(9):e0009739.
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34534223?tool=bestpractice.com
[55]Ilboudo H, Camara O, Ravel S, et al. Trypanosoma brucei gambiense spliced leader RNA is a more specific marker for cure of human African trypanosomiasis than T. b. gambiense DNA. J Infect Dis. 2015 Dec 15;212(12):1996-8.
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[56]González-Andrade P, Camara M, Ilboudo H, et al. Diagnosis of trypanosomatid infections: targeting the spliced leader RNA. J Mol Diagn. 2014 Jul;16(4):400-4.
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