Náuseas e vômitos da gravidez
- Visão geral
- Teoria
- Diagnóstico
- Tratamento
- ACOMPANHAMENTO
- Recursos
Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
sem depleção de volume
manejo conservador
As modificações alimentares podem incluir refeições menores, mais frequentes e evitar odores e texturas de alimentos que causem náuseas.[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy
Alimentos devem ter sabor suave, pouca gordura e alto teor de carboidratos. Alimentos salgados podem ser tolerados pela manhã. Líquidos ácidos ou azedos (por exemplo, limonada) são geralmente mais bem tolerados que água. Eliminar a suplementação de ferro e substituir o ácido fólico por vitaminas pré-natais contendo ferro pode melhorar os sintomas de náusea.[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy
Se os sintomas não diminuírem com as modificações alimentares, vários tratamentos alternativos (por exemplo, acupressão, acupuntura, gengibre) foram avaliados no tratamento de náusea e vômitos da gravidez e podem ser testados. Visto que não há comparações diretas entre a maioria dessas modalidades, é difícil recomendar um tratamento de primeira linha. As pacientes devem ser informadas sobre as várias opções de tratamento e encorajadas a testar aquela que preferirem.
A acupressão pode diminuir os sintomas.[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy [15]Matthews A, Haas DM, O'Mathúna DP, et al. Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(9):CD007575. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007575.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26348534?tool=bestpractice.com A pressão é aplicada no ponto P6 (ponto de Neiguan, localizado 3 dedos acima do punho na superfície volar). Isso pode ser realizado através de pulseiras comercialmente disponíveis.
Demonstrou-se que a suplementação com gengibre foi útil na redução dos sintomas.[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy [15]Matthews A, Haas DM, O'Mathúna DP, et al. Interventions for nausea and vomiting in early pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2015;(9):CD007575. http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007575.pub4/full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26348534?tool=bestpractice.com [16]McParlin C, O'Donnell A, Robson SC, et al. Treatments for hyperemesis gravidarum and nausea and vomiting in pregnancy: a systematic review. JAMA. 2016 Oct 4;316(13):1392-401. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27701665?tool=bestpractice.com Ele pode ser usado isoladamente ou associado à acupressão, e é considerado seguro em todos os trimestres da gestação. Ele pode ser ingerido cru, em forma de chá ou em cápsulas/comprimidos.[17]Ding M, Leach M, Bradley H. The effectiveness and safety of ginger for pregnancy-induced nausea and vomiting: a systematic review. Women Birth. 2013 Mar;26(1):e26-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22951628?tool=bestpractice.com [18]Thomson M, Corbin R, Leung L. Effects of ginger for nausea and vomiting in early pregnancy: a meta-analysis. J Am Board Fam Med. 2014 Jan-Feb;27(1):115-22. https://www.jabfm.org/content/27/1/115.long http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24390893?tool=bestpractice.com
Opções primárias
gengibre: 250 mg por via oral quatro vezes ao dia
Mais gengibreConsiderada segura na gestação.
sem depleção de volume, mas que não respondeu ao manejo conservador
piridoxina e/ou doxilamina
Se os métodos não farmacológicos falharem, terapias farmacológicas de primeira linha incluem piridoxina (vitamina B6) e doxilamina (um anti-histamínico).[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy Um ensaio clínico randomizado e controlado descobriu que a combinação foi eficaz comparada ao placebo, mas uma reanálise dos dados questionou a importância clínica dos achados.[19]Koren G, Clark S, Hankins GD, et al. Effectiveness of delayed-release doxylamine and pyridoxine for nausea and vomiting of pregnancy: a randomized placebo controlled trial. Am J Obstet Gynecol. 2010 Dec;203(6):571.e1-7. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20843504?tool=bestpractice.com [20]Persaud N, Meaney C, El-Emam K, et al. Doxylamine-pyridoxine for nausea and vomiting of pregnancy randomized placebo controlled trial: prespecified analyses and reanalysis. PLoS One. 2018 Jan 17;13(1):e0189978. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0189978 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29342163?tool=bestpractice.com O National Institute for Health and Care Excellence do Reino Unido recomenda o uso da doxilamina/piridoxina em mulheres sintomáticas que não tiverem respondido ao tratamento conservador. No entanto, não há evidências para compara-la a outros tratamentos de primeira linha.[21]National Institute for Health and Care Excellence. Doxylamine/pyridoxine (Xonvea) for treating nausea and vomiting of pregnancy. Jun 2019 [internet publication]. https://www.nice.org.uk/advice/es20/chapter/Key-messages
Esses medicamentos podem ser usados isoladamente ou em combinação, e estão disponíveis como uma formulação patenteada em alguns países.
Ambos os medicamentos são considerados seguros durante todos os trimestres da gravidez.[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy
Opções primárias
piridoxina: 10-25 mg por via oral três vezes ao dia
Mais piridoxinaConsiderada segura na gestação.
E/OU
doxilamina: 12.5 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário
Mais doxilaminaConsiderada segura na gestação.
ou
doxilamina/piridoxina: 20 mg/20 mg (2 comprimidos) por via oral (liberação retardada) uma vez ao dia ao deitar no dia 1, aumentar gradualmente de acordo com a resposta, máximo de 40 mg/40 mg (4 comprimidos)/dia
Mais doxilamina/piridoxinaCada comprimido contém 10 mg de doxilamina e 10 mg de piridoxina.
Considerada segura na gestação.
anti-histamínicos ou antieméticos orais
As terapias farmacológicas de segunda linha incluem anti-histamínicos orais alternativos (por exemplo, meclozina, dimenidrinato, difenidramina), antieméticos fenotiazínicos (por exemplo, clorpromazina, proclorperazina) ou antieméticos antagonistas da dopamina (por exemplo, metoclopramida, domperidona).[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy [22]Leathem A. Safety and efficacy of antiemetics used to treat nausea and vomiting in pregnancy. Clin Pharm. 1986 Aug;5(8):660-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2874910?tool=bestpractice.com [23]Gill SK, O'Brien L, Koren G. The safety of histamine 2 (H2) blockers in pregnancy: a meta-analysis. Dig Dis Sci. 2009 Sep;54(9):1835-8. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19051023?tool=bestpractice.com
A metoclopramida deve ser usada por até 5 dias somente para minimizar o risco de efeitos adversos neurológicos ou outros efeitos adversos.[39]European Medicines Agency. European Medicines Agency recommends changes to the use of metoclopramide. Jul 2013 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/news/european-medicines-agency-recommends-changes-use-metoclopramide
Após uma revisão europeia, a Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency e a European Medicines Agency publicaram novas recomendações sobre o uso de domperidona. A revisão demonstrou que o medicamento está associado a um risco ligeiramente elevado de efeitos cardíacos com potencial risco de vida. Consequentemente, ele deve ser usado na mínima dose eficaz pela menor duração possível, e a duração máxima do tratamento geralmente não deve ultrapassar 1 semana. A nova dose máxima recomendada para adultos é 30 mg/dia. A domperidona é contraindicada em pacientes com comprometimento hepático grave ou doença cardíaca subjacente. Ela não deve ser administrada com outros medicamentos que prolongam o intervalo QT ou que inibem a CYP3A4.[40]European Medicines Agency. CMDh confirms recommendations on restricting use of domperidone-containing medicines. April 2014 [internet publication]. http://www.ema.europa.eu/ema/index.jsp?curl=pages/news_and_events/news/2014/04/news_detail_002083.jsp&mid=WC0b01ac058004d5c1
Opções primárias
meclozina: 25 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 100 mg/dia
Mais meclozinaConsiderada segura na gestação.
ou
dimenidrinato: 50-100 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 400 mg/dia
Mais dimenidrinatoConsiderada segura na gestação.
ou
difenidramina: 25-50 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 300 mg/dia
Mais difenidraminaConsiderada segura na gestação.
ou
metoclopramida: 5-10 mg por via oral a cada 8 horas quando necessário por um máximo de 5 dias, máximo de 30 mg/dia
Mais metoclopramidaConsiderada segura na gestação.
ou
domperidona: 10 mg por via oral três vezes ao dia por um máximo de 7 dias, máximo de 30 mg/dia
Mais domperidonaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
Opções secundárias
clorpromazina: 10-25 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário
Mais clorpromazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
proclorperazina: 5-10 mg por via oral (liberação imediata) a cada 6-8 horas quando necessário
Mais proclorperazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
prometazina: 12.5 a 25 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário
Mais prometazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
Opções terciárias
trimetobenzamida: 300 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário
Mais trimetobenzamidaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
com depleção de volume
hidratação intravenosa
As pacientes com depleção de volume grave devem ser reidratadas com Ringer lactato intravenoso. Se o Ringer lactato não estiver disponível, soros fisiológicos podem ser usados com adição de potássio ou bicarbonato de sódio, se necessário.
Podem ser utilizadas as soluções de glicose. Ao se considerar soluções contendo glicose, alguns médicos sugerem prescrever também tiamina (vitamina B1) previamente à administração, com o objetivo de prevenir a encefalopatia de Wernicke.[1]Goodwin TM. Hyperemesis gravidarum. Clin Obstet Gynecol. 1998 Sep;41(3):597-605. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9742356?tool=bestpractice.com [2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy
A fluidoterapia intravenosa deve ser administrada para repor o déficit calculado, perdas em curso e manter a necessidade diária de fluidos. A avaliação da depleção de volume deve ser repetida periodicamente, e a velocidade da fluidoterapia deve ser modificada com base nos sinais de depleção de volume.
antieméticos parenterais ou retais
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em pacientes com vômitos intratáveis, a terapia parenteral (ou retal) com antieméticos (por exemplo, fenotiazinas, antagonistas dopaminérgicos ou antagonistas 5-HT3) pode ser necessária. As evidências sugerem que a ondansetrona pode ser mais efetiva que a metoclopramida no controle de vômitos intensos.[26]Kashifard M, Basirat Z, Kashifard M, et al. Ondansetrone or metoclopromide? Which is more effective in severe nausea and vomiting of pregnancy? A randomized trial double-blind study. Clin Exp Obstet Gynecol. 2013;40(1):127-30. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23724526?tool=bestpractice.com [27]Slattery J, Quinten C, Candore G, et al. Ondansetron use in nausea and vomiting during pregnancy: a descriptive analysis of prescription patterns and patient characteristics in UK general practice. Br J Clin Pharmacol. 2022 Oct;88(10):4526-39. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9545331 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35483963?tool=bestpractice.com
No entanto, estudos de 2019 mostraram aumento do risco de fenda palatina após o uso de ondansetrona no primeiro trimestre de gestação.[28]Huybrechts KF, Hernández-Díaz S, Straub L, et al. Association of maternal first-trimester ondansetron use with cardiac malformations and oral clefts in offspring. JAMA. 2018 Dec 18;320(23):2429-37. https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2718793 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30561479?tool=bestpractice.com O comitê de avaliação de risco de farmacovigilância da European Medicines Agency recomendou limitar o uso de ondansetrona durante o primeiro trimestre de gestação.[29]European Medicines Agency. PRAC recommendations on signals: adopted at the 8-11 July 2019 PRAC meeting. Aug 2019 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/documents/prac-recommendation/prac-recommendations-signals-adopted-8-11-july-2019-prac-meeting_en.pdf O Teratology Information Service do Reino Unido e a European Network of Teratology Information Services sugerem que a ondansetrona ainda deve ser considerada uma opção para os pacientes com vômitos intensos durante a gravidez em quem não se tiver obtido sucesso com os tratamentos de primeira linha.[30]UK Teratology Information Service. Ondansetron: official response statement to PRAC recommendations. Sep 2019 [internet publication]. https://www.medicinesresources.nhs.uk/en/Medicines-Awareness/Safety-Alerts/Safety-alerts/Ondansetron-in-pregnancy--updated-UK-Teratology-Information-Service-UKTIS-healthcare-professional-monograph-and-patient-information-leaflet A Medicines and Healthcare Products Regulatory Agency do Reino Unido também emitiu uma atualização sobre segurança de medicamentos relativa à ondansetrona que fornece orientações similares.[31]Medicines and Healthcare products Regulatory Agency. Drug safety update. Ondansetron: small increased risk of oral clefts following use in the first 12 weeks of pregnancy. Jan 2020 [internet publication]. https://www.gov.uk/drug-safety-update/ondansetron-small-increased-risk-of-oral-clefts-following-use-in-the-first-12-weeks-of-pregnancy
A ondansetrona deve, portanto, ser reservada como agente de segunda linha para o tratamento das náuseas e vômitos na gravidez.[32]Royal College of Obstetricians and Gynaecologists. Green-top guideline no. 69: the management of nausea and vomiting in pregnancy and hyperemesis gravidarum. Feb 2024 [internet publication]. https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1471-0528.17739 As pacientes devem ser orientadas sobre os benefícios da ondansetrona, bem como sobre o pequeno aumento do risco de fenda palatina.
A metoclopramida deve ser usada por até 5 dias somente para minimizar o risco de efeitos adversos neurológicos ou outros efeitos adversos.[39]European Medicines Agency. European Medicines Agency recommends changes to the use of metoclopramide. Jul 2013 [internet publication]. https://www.ema.europa.eu/en/news/european-medicines-agency-recommends-changes-use-metoclopramide
Opções primárias
metoclopramida: 5-10 mg por via intravenosa/intramuscular a cada 8 horas quando necessário por um máximo de 5 dias, máximo de 30 mg/dia
Mais metoclopramidaConsiderada segura na gestação.
Opções secundárias
ondansetrona: 4-8 mg por via intravenosa a cada 12 horas quando necessário
Mais ondansetronaUsada como agente de segunda linha devido ao pequeno aumento do risco de fenda palatina.
ou
clorpromazina: 12.5 a 25 mg por via intramuscular a cada 4-6 horas quando necessário
Mais clorpromazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
proclorperazina: 5-10 mg por via intramuscular/intravenosa a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/dia
Mais proclorperazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
proclorperazina retal: 25 mg duas vezes ao dia quando necessário
Mais proclorperazina retalUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
prometazina: 12.5 a 25 mg por via intramuscular/intravenosa a cada 4-6 horas quando necessário
Mais prometazinaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
droperidol: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose
Mais droperidolUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
inibidores da bomba de prótons isolados ou em combinação com antieméticos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Inibidores da bomba de prótons (IBPs) podem ser usados como uma opção de tratamento a antieméticos parenterais ou retais, ou em combinação.[33]Einarson A, Maltepe C, Boskovic R, et al. Treatment of nausea and vomiting in pregnancy: an updated algorithm. Can Fam Physician. 2007 Dec;53(12):2109-11. https://www.cfp.ca/content/53/12/2109.full http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18077743?tool=bestpractice.com Dados demonstraram que os IBPs são seguros na gestação e não estão associados ao aumento significativo de malformação congênita.[34]Pasternak B, Hviid A. Use of proton-pump inhibitors in early pregnancy and the risk of birth defects. N Engl J Med. 2010 Nov 25;363(22):2114-23. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21105793?tool=bestpractice.com No entanto, a análise dos dados derivados de estudos observacionais sugere que o uso de IBP durante a gestação pode estar associado a um aumento modesto no risco de asma durante a infância.[35]Lai T, Wu M, Liu J, et al. Acid-suppressive drug use during pregnancy and the risk of childhood asthma: a meta-analysis. Pediatrics. 2018 Feb;141(2):e20170889. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29326337?tool=bestpractice.com Dos IBPs, o omeprazol foi o mais estudado e tem dados de segurança bem documentados.
Opções primárias
omeprazol: 20-40 mg por via intravenosa uma vez ao dia
Mais omeprazolUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
corticosteroides
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Os corticosteroides podem ser considerados após o primeiro trimestre (seu uso tem sido associado à fenda palatina nos fetos expostos durante o primeiro trimestre).[2]American College of Obstetricians and Gynecologists. Practice bulletin no. 189: nausea and vomiting of pregnancy. Jan 2018 [internet publication]. https://www.acog.org/clinical/clinical-guidance/practice-bulletin/articles/2018/01/nausea-and-vomiting-of-pregnancy [36]Park-Wyllie L, Mazzotta P, Pastuszak A, et al. Birth defects after maternal exposure to corticosteroids: prospective cohort study and meta-analysis of epidemiological studies. Teratology. 2000 Dec;62(6):385-92. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11091360?tool=bestpractice.com
Um estudo duplo-cego, randomizado e controlado, demonstrou melhora nos sintomas.[37]Safari HR, Fassett MJ, Souter IC, et al. The efficacy of methylprednisolone in the treatment of hyperemesis gravidarum: a randomized, double-blind, controlled study. Am J Obstet Gynecol. 1998 Oct;179(4):921-4. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9790371?tool=bestpractice.com
Opções primárias
metilprednisolona: 16 mg por via oral/intravenosa a cada 8 horas por 3 dias, em seguida reduzir a dose gradualmente ao longo de 2 semanas
Mais metilprednisolonaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
ou
prednisolona: 40-75 mg por via oral uma vez ao dia
Mais prednisolonaUsar apenas se os benefícios maternos superam os riscos ao feto.
suplementação nutricional
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Em casos extremos, as pacientes podem necessitar de alimentação enteral ou nutrição parenteral total para fornecer calorias e repor eletrólitos e nutrientes. São necessários pareceres de especialistas em medicina materno-fetal, em gastroenterologia e do serviço de nutrição parenteral do hospital.
A alimentação enteral demonstrou ser eficaz em um estudo pequeno que utilizou uma sonda nasogástrica com velocidades de infusão de até 100 mL/hora.[38]Hsu JJ, Clark-Glena R, Nelson DK, et al. Nasogastric enteral feeding in the management of hyperemesis gravidarum. Obstet Gynecol. 1996 Sep;88(3):343-6. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8752236?tool=bestpractice.com
Terapia de erradicação do Helicobacter pylori
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Nos casos graves, pacientes que testarem positivo para Helicobacter pylori podem ser tratados com regimes de erradicação padrão.[7]Goldberg D, Szilagyi A, Graves L. Hyperemesis gravidarum and Helicobacter pylori infection: a systematic review. Obstet Gynecol. 2007 Sep;110(3):695-703. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17766620?tool=bestpractice.com
Há diversos regimes disponíveis; consulte um especialista para obter orientação na escolha do regime mais apropriado para a gestante.
Escolha um grupo de pacientes para ver nossas recomendações
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes. Ver aviso legal
O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal