História e exame físico
Principais fatores diagnósticos
comuns
hifema
Sangue na câmara anterior do olho indica que o olho sofreu uma lesão significativa e as estruturas dentro dos segmentos anterior e posterior estão provavelmente danificadas.
Uma avaliação ocular completa é obrigatória e atenção particular deve ser dada à pressão intraocular, às estruturas dentro do ângulo de drenagem, à clareza e à estabilidade do cristalino, ao polo posterior, e à retina periférica.
equimose
Pode ocorrer após um traumatismo contuso no olho.
dor intensa no olho
Indicativo de trauma ocular.
visão turva
Pode ocorrer após um trauma ocular ou lesão ocular aberta.
abrasões da córnea
Podem ser causadas por unhas, garras de animais, pedaços de papel ou papelão, aplicadores de maquiagem, ferramentas manuais ou corpo estranho alojado sob a pálpebra.
edema da córnea
O exame com lâmpada de fenda pode mostrar edema após um traumatismo contuso no olho.[34]
Examine cuidadosamente as lacerações da córnea e faça um teste de Seidel se não houver certeza sobre se a laceração é de espessura total ou parcial.
hemorragias subconjuntivais
Pode ocorrer após um trauma. Também pode ocorrer após um aumento súbito da pressão venosa, como ocorre com a tosse, espirros, esforços ou vômitos.
As hemorragias subconjuntivais geralmente não requerem tratamento. Entretanto, uma grande hemorragia, especialmente caso associada a outros achados oculares, pode ser um sinal de lesão ocular aberta. Elas estão geralmente presentes com lacerações conjuntivais.
Se elas forem recorrentes, problemas sistêmicos, como um distúrbio de sangramento subjacente, devem ser excluídos.[35]
lacerações da córnea e da conjuntiva
Devem levantar a suspeita de lesões de estruturas mais profundas e da presença de uma lesão ocular aberta ou corpo estranho intraocular.
Os pacientes podem se apresentar com dor leve, olho vermelho, sensação de corpo estranho e geralmente uma história de trauma.
Realize um exame cuidadoso com lâmpada de fenda para avaliar se há lacerações na esclera subjacente.
O exame com lâmpada de fenda mostra o manchamento de fluoresceína da conjuntiva.
Hemorragias subconjuntivais estão presentes com lacerações conjuntivais.
erosões epiteliais pontuadas
Na presença de um corpo estranho conjuntival localizado sob a pálpebra superior, o exame com lâmpada de fenda pode mostrar abrasões lineares orientadas verticalmente na córnea.
Incomuns
perda da visão
Pode ocorrer em lesão ocular grave.
Outros fatores diagnósticos
comuns
lacrimejamento excessivo
Algumas vezes, segue um trauma ocular.
quemose conjuntival
O edema da conjuntiva pode ocorrer após uma lesão.
hiperemia conjuntival
Vasos conjuntivais dilatados.
Pode ocorrer após um traumatismo contuso ou queimadura química.
abrasão/defeito epitelial da córnea
Pode ocorrer após uma queimadura química ou trauma mecânico.
Incomuns
lesão ocular aberta
Quando houver suspeita de lesão no globo ocular, interrompa o exame, cubra o olho afetado com um tapa-olho protetor e não aplique pressão. Encaminhe o paciente para avaliação completa e reparo por um oftalmologista em uma sala de cirurgia.[30][31]
Os sinais de lesão ocular aberta incluem hemorragia e lacerações conjuntivais, câmara anterior rasa ou plana com toque íris-córnea, pupila com pico, defeito na íris, baixa pressão intraocular, defeito na cápsula anterior do cristalino ou catarata traumática, e hemorragia vítrea ou retiniana.[45] Os sinais diagnósticos incluem tecido uveal exposto, um teste de Seidel positivo ou um corpo estranho intraocular observado ao exame com lâmpada de fenda, exame dilatado ou imagem radiográfica. As lesões oftálmicas associadas incluem lacerações palpebrais e fraturas orbitais.
queimaduras das pálpebras
Pode ocorrer após uma queimadura química.
fotofobia
Pode ocorrer após um trauma ocular.
diplopia
Algumas vezes, segue um traumatismo contuso no olho.
Pode ser um sinal de lesão grave.
miose
A constrição da pupila está associada a irite traumática e inflamação da câmara anterior.
opacificação do estroma da córnea
Pode ocorrer após uma queimadura química.
iridodiálise
Separação da raiz da íris do corpo ciliar pode ocorrer após um traumatismo contuso. Ela se apresenta como uma fenda preta no limbo e deforma a pupila.
Uma grande diálise pode causar fotofobia e diplopia monocular.
corpo estranho conjuntival
Corpos estranhos na conjuntiva podem causar dor, desconforto, lacrimejamento e sensação de corpo estranho. O exame com lâmpada de fenda pode mostrar erosões epiteliais pontilhadas ou abrasões da córnea verticais lineares. Se forem observadas abrasões lineares, realize a eversão palpebral com exame cuidadoso da conjuntiva tarsal para procurar um corpo estranho.[33]
Pode ser realizada uma oftalmoscopia para examinar o vítreo e a retina quanto a possíveis corpos estranhos.
corpo estranho na córnea
Os corpos estranhos na córnea podem ser metálicos, de vidro ou orgânicos. Eles se apresentam com hiperemia conjuntival, lacrimejamento e sensação de corpo estranho. O exame com lâmpada de fenda deve mostrar a partícula desencadeante. A profundidade do envolvimento da córnea e a possível penetração na câmara anterior devem ser determinadas.[33]
Nos casos de suspeita de corpos estranhos intraoculares no segmento anterior, o exame gonioscópico pode ser realizado para avaliar qualquer corpo estranho intraocular no ângulo.
lacerações da membrana de Descemet
O exame com lâmpada de fenda pode mostrar lacerações nesta membrana após o traumatismo contuso no olho.[34]
lacerações corneosclerais
Podem estar presentes nos casos graves de traumatismo contuso no olho. Elas geralmente estão localizadas no limbo, sob os músculos retos ou no local de feridas cirúrgicas anteriores.
As lacerações da córnea de espessura completa podem ser diferenciadas de lacerações de espessura parcial pelo uso do exame com lâmpada de fenda e do teste de Seidel. Uma pressão intraocular assimetricamente menor em comparação com o outro olho e uma câmara anterior rasa podem ser observadas nas lacerações de espessura total.
cefaleia persistente
Pode ocorrer em lesão ocular grave.
perda de consciência
Pode ocorrer em lesão ocular grave.
sangue ou fluido claro dos ouvidos ou nariz
Pode ocorrer em lesão ocular grave.
incapacidade de mover o(s) olho(s)
Pode ocorrer em lesão ocular grave.
Fatores de risco
Fortes
idade entre 18-45 anos
Quase metade de todas as lesões oculares reportadas ocorrem em pessoas entre 18-45 anos de idade.
sexo masculino
ausência de protetores oculares
A maioria de todas as lesões oculares pode ser evitada pelo uso de protetores oculares. Por exemplo, a maioria das lesões de trabalho relacionadas ao olho ocorre em pacientes que não usam protetores oculares.
lesões ocupacionais
Aproximadamente 20% de todas as lesões oculares ocorrem no trabalho, sendo a construção a principal ocupação associada a lesões oculares.[1]
Os objetos contusos mais comuns relatados foram pedras e madeira; os objetos pontiagudos mais comuns foram paus, facas, tesouras, chaves de fenda e pregos.[1]
As lesões químicas podem envolver ácidos, álcalis, combustíveis, solventes, cal e pó de cimento úmido ou seco. Técnicas de proteção adequadas, como óculos de segurança, são essenciais para evitar as lesões oculares graves.
quedas
As quedas são uma importante causa de trauma ocular nos Estados Unidos (aproximadamente 33.8 ocorrências por 100,000 habitantes), especialmente em mulheres, idosos e crianças.[9]
De 87,991,036 ocorrências de queda em prontos-socorros nos EUA de 2006 a 2015, 952,781 ocorrências tiveram trauma ocular como diagnóstico primário ou secundário.[9]
fogos de artifício
exposição à luz ultravioleta
A exposição excessiva à luz ultravioleta pode causar "flash burns" na córnea (por exemplo, olhar diretamente para o sol, reflexo do sol na neve e no gelo em altitudes elevadas ou exposição em cabines de bronzeamento).
Fracos
cirurgia prévia do olho
antissépticos para as mãos à base de álcool
Os dispensadores de antisséptico à base de álcool para as mãos podem representar um risco para crianças pequenas devido à altura em que são fixados na parede e à frequente falta de acesso imediato a pias para lavagem dos olhos.[28]
A experiência durante a pandemia de COVID-19 indica a necessidade de manter os antissépticos à base de álcool para as mãos longe das crianças.
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