A taxa de portadores de estreptococos do grupo B (EGB) varia de acordo com a idade e a etnia.[5]Francois Watkins LK, McGee L, Schrag SJ, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal infections among nonpregnant adults in the United States, 2008-2016. JAMA Intern Med. 2019 Apr 1;179(4):479-88.
https://www.doi.org/10.1001/jamainternmed.2018.7269
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30776079?tool=bestpractice.com
[6]The American College of Obstetricians and Gynecologists. Prevention of group B streptococcal early-onset disease in newborns: ACOG Committee Opinion Summary, Number 797. Obstet Gynecol. 2020 Feb;135(2):489-92.
https://journals.lww.com/greenjournal/Fulltext/2020/02000/Prevention_of_Group_B_Streptococcal_Early_Onset.41.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31977793?tool=bestpractice.com
Aproximadamente 10% a 30% das gestantes são colonizadas com EGB no reto ou vagina; na ausência de intervenção, aproximadamente 1% a 2% dos bebês nascidos de mães colonizadas desenvolverá infecção de EGB precoce.[6]The American College of Obstetricians and Gynecologists. Prevention of group B streptococcal early-onset disease in newborns: ACOG Committee Opinion Summary, Number 797. Obstet Gynecol. 2020 Feb;135(2):489-92.
https://journals.lww.com/greenjournal/Fulltext/2020/02000/Prevention_of_Group_B_Streptococcal_Early_Onset.41.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31977793?tool=bestpractice.com
As taxas de infecção neonatal invasiva variam consideravelmente no mundo todo e caíram nos EUA nos últimos anos. Nos EUA, de 1999 a 2005, as taxas eram de 0.35 por 1000 nascidos vivos para a doença de início precoce (0-6 dias após o parto) e 0.33 por 1000 nascidos vivos para a doença de início tardio (7-89 dias após o parto).[3]Phares CR, Lynfield R, Farley M, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal disease in the United States, 1999-2005. JAMA. 2008 May 7;299(17):2056-65.
https://jama.ama-assn.org/cgi/content/full/299/17/2056
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18460666?tool=bestpractice.com
Entretanto, um relatório de vigilância anual baseado nos EUA em 2018 estimou uma queda nos casos de início precoce para 0.25 por 1000 nascidos vivos, e nos casos de início tardio para 0.28 por 1000 nascidos vivos. A incidência foi menor em crianças de 2 a 4 anos e de 5 a 17 anos, com 0.1 caso por 100,000 indivíduos.[7]National Center for Health Statistics. Active bacterial core surveillance (ABCs) report: emerging infections program network - group B streptococcus, 2018 [internet publication].
https://www.cdc.gov/abcs/reports-findings/survreports/gbs18.html
Um estudo retrospectivo de GBS neonatal registrado em hospital na Inglaterra não encontrou alterações significativas na incidência entre 1998 e 2017, com uma incidência média anual de 1.28 por 1000 nascidos vivos (IC de 95% 1.26 a 1.30).[8]Kadambari S, Trotter CL, Heath PT, et al. Group B streptococcal disease in England (1998-2017): a population-based observational study. Clin Infect Dis. 2021 Jun 1;72(11):e791-8.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/32989454?tool=bestpractice.com
No entanto, uma análise dos dados de vigilância do Reino Unido demonstra um cenário diferente, com um aumento da doença por GBS neonatal de início precoce de 0.28 caso (em 2008) para 0.57 caso (em 2015) por 1000 nascidos vivos, e da doença de início tardio de 0.11 caso (em 1991) para 0.37 caso (em 2015) por 1000 nascidos vivos.[9]Lamagni TL, Keshishian C, Efstratiou A, et al. Emerging trends in the epidemiology of invasive group B streptococcal disease in England and Wales, 1991-2010. Clin Infect Dis. 2013 Sep;57(5):682-8.
https://cid.oxfordjournals.org/content/57/5/682.long
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23845950?tool=bestpractice.com
[10]British Paediatric Surveillance Unit. Annual report 2015-2016. Jan 2017 [internet publication].
https://www.rcpch.ac.uk/sites/default/files/2018-06/bpsu_ar1516_web_0.pdf
As taxas elevadas de infecção de doença de início tardio podem estar relacionadas ao número crescente de lactentes prematuros em risco, e são amplamente similares às taxas relatadas na Finlândia, Holanda e Noruega. As taxas variáveis da doença de início precoce podem refletir as diferentes estratégias de prevenção; a incidência da doença de início precoce por GBS nos EUA diminuiu em 80% desde os anos 1990, quando foi implantada a profilaxia antibiótica intraparto contra GBS.[6]The American College of Obstetricians and Gynecologists. Prevention of group B streptococcal early-onset disease in newborns: ACOG Committee Opinion Summary, Number 797. Obstet Gynecol. 2020 Feb;135(2):489-92.
https://journals.lww.com/greenjournal/Fulltext/2020/02000/Prevention_of_Group_B_Streptococcal_Early_Onset.41.aspx
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31977793?tool=bestpractice.com
[11]Schrag SJ, Zell ER, Lynfield R, et al. A population-based comparison of strategies to prevent early-onset group B streptococcal disease in neonates. N Engl J Med. 2002 Jul 25;347(4):233-9.
https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa020205#t=article
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12140298?tool=bestpractice.com
Esse número pode ser confundido, em parte, por taxas de relatório nacional aprimoradas e vigilância obrigatória.
Atualmente, há uma disparidade entre as taxas de infecção em crianças brancas e negras, tanto para a doença de início precoce quanto para a de início tardio. Os relatórios de vigilância anual de 2018 nos Estados Unidos estimam uma taxa de 0.32 versus 0.24 casos por 1000 nascidos vivos na doença de início precoce em bebês negros e brancos, respectivamente, e de 0.52 versus 0.22 casos por 1000 nascidos vivos na doença de início tardio em bebês negros e brancos, respectivamente.[7]National Center for Health Statistics. Active bacterial core surveillance (ABCs) report: emerging infections program network - group B streptococcus, 2018 [internet publication].
https://www.cdc.gov/abcs/reports-findings/survreports/gbs18.html
As taxas de infecção invasiva em não gestantes variam consideravelmente entre países; no entanto, foi observada uma incidência cada vez maior de doença por GBS no mundo todo. Uma metanálise que englobou dados de 1975 a 2018 relatou uma incidência combinada estimada de 2.86 casos por 100,000 pessoas na América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, Austrália e África.[12]Navarro-Torné A, Curcio D, Moïsi JC, et al. Burden of invasive group B Streptococcus disease in non-pregnant adults: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2021;16(9):e0258030.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0258030
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34591924?tool=bestpractice.com
As taxas de colonização em adultos são similares, independente da idade, mas a doença por GBS se torna mais prevalente e mais grave em indivíduos >65 anos.[12]Navarro-Torné A, Curcio D, Moïsi JC, et al. Burden of invasive group B Streptococcus disease in non-pregnant adults: a systematic review and meta-analysis. PLoS One. 2021;16(9):e0258030.
https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0258030
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34591924?tool=bestpractice.com
[13]Farley MM. Group B streptococcal disease in nonpregnant adults. Clin Infect Dis. 2001 Aug 15;33(4):556-61.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11462195?tool=bestpractice.com
Nos EUA, a infecção em não gestantes representa a maioria dos casos de doença por GBS invasiva, com um aumento observado na incidência de 8.1 a 10.9 casos por 100,000 adultos de 2008 a 2016.[5]Francois Watkins LK, McGee L, Schrag SJ, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal infections among nonpregnant adults in the United States, 2008-2016. JAMA Intern Med. 2019 Apr 1;179(4):479-88.
https://www.doi.org/10.1001/jamainternmed.2018.7269
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30776079?tool=bestpractice.com
A incidência foi maior em homens e aumentou com a idade.[5]Francois Watkins LK, McGee L, Schrag SJ, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal infections among nonpregnant adults in the United States, 2008-2016. JAMA Intern Med. 2019 Apr 1;179(4):479-88.
https://www.doi.org/10.1001/jamainternmed.2018.7269
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30776079?tool=bestpractice.com
A incidência entre pessoas negras foi consideravelmente maior que entre pessoas brancas no geral, embora a diferença de taxas absolutas tenha diminuído ao longo do tempo e não foi significativa nos dados de 2016.[5]Francois Watkins LK, McGee L, Schrag SJ, et al. Epidemiology of invasive group B streptococcal infections among nonpregnant adults in the United States, 2008-2016. JAMA Intern Med. 2019 Apr 1;179(4):479-88.
https://www.doi.org/10.1001/jamainternmed.2018.7269
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30776079?tool=bestpractice.com