Epidemiologia

A taxa de portadores de estreptococos do grupo B (EGB) varia de acordo com a idade e a etnia.[5][6]

Aproximadamente 10% a 30% das gestantes são colonizadas com EGB no reto ou vagina; na ausência de intervenção, aproximadamente 1% a 2% dos bebês nascidos de mães colonizadas desenvolverá infecção de EGB precoce.[6]

As taxas de infecção neonatal invasiva variam consideravelmente no mundo todo e caíram nos EUA nos últimos anos. Nos EUA, de 1999 a 2005, as taxas eram de 0.35 por 1000 nascidos vivos para a doença de início precoce (0-6 dias após o parto) e 0.33 por 1000 nascidos vivos para a doença de início tardio (7-89 dias após o parto).[3] Entretanto, um relatório de vigilância anual baseado nos EUA em 2018 estimou uma queda nos casos de início precoce para 0.25 por 1000 nascidos vivos, e nos casos de início tardio para 0.28 por 1000 nascidos vivos. A incidência foi menor em crianças de 2 a 4 anos e de 5 a 17 anos, com 0.1 caso por 100,000 indivíduos.[7]

Um estudo retrospectivo de GBS neonatal registrado em hospital na Inglaterra não encontrou alterações significativas na incidência entre 1998 e 2017, com uma incidência média anual de 1.28 por 1000 nascidos vivos (IC de 95% 1.26 a 1.30).[8] No entanto, uma análise dos dados de vigilância do Reino Unido demonstra um cenário diferente, com um aumento da doença por GBS neonatal de início precoce de 0.28 caso (em 2008) para 0.57 caso (em 2015) por 1000 nascidos vivos, e da doença de início tardio de 0.11 caso (em 1991) para 0.37 caso (em 2015) por 1000 nascidos vivos.[9][10] As taxas elevadas de infecção de doença de início tardio podem estar relacionadas ao número crescente de lactentes prematuros em risco, e são amplamente similares às taxas relatadas na Finlândia, Holanda e Noruega. As taxas variáveis da doença de início precoce podem refletir as diferentes estratégias de prevenção; a incidência da doença de início precoce por GBS nos EUA diminuiu em 80% desde os anos 1990, quando foi implantada a profilaxia antibiótica intraparto contra GBS.[6][11] Esse número pode ser confundido, em parte, por taxas de relatório nacional aprimoradas e vigilância obrigatória.

Atualmente, há uma disparidade entre as taxas de infecção em crianças brancas e negras, tanto para a doença de início precoce quanto para a de início tardio. Os relatórios de vigilância anual de 2018 nos Estados Unidos estimam uma taxa de 0.32 versus 0.24 casos por 1000 nascidos vivos na doença de início precoce em bebês negros e brancos, respectivamente, e de 0.52 versus 0.22 casos por 1000 nascidos vivos na doença de início tardio em bebês negros e brancos, respectivamente.[7]

As taxas de infecção invasiva em não gestantes variam consideravelmente entre países; no entanto, foi observada uma incidência cada vez maior de doença por GBS no mundo todo. Uma metanálise que englobou dados de 1975 a 2018 relatou uma incidência combinada estimada de 2.86 casos por 100,000 pessoas na América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, Austrália e África.[12] As taxas de colonização em adultos são similares, independente da idade, mas a doença por GBS se torna mais prevalente e mais grave em indivíduos >65 anos.[12][13]

Nos EUA, a infecção em não gestantes representa a maioria dos casos de doença por GBS invasiva, com um aumento observado na incidência de 8.1 a 10.9 casos por 100,000 adultos de 2008 a 2016.[5] A incidência foi maior em homens e aumentou com a idade.[5] A incidência entre pessoas negras foi consideravelmente maior que entre pessoas brancas no geral, embora a diferença de taxas absolutas tenha diminuído ao longo do tempo e não foi significativa nos dados de 2016.[5]

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