Abordagem

Não há cura para a infecção por poliovírus ou síndrome pós-poliomielite (SPP). O tratamento para a doença leve, a doença grave (paralítica) e as síndromes respiratória e pós-poliomielite é de suporte, com o objetivo de prevenir ou limitar a incapacidade e a progressão da doença. Quando há suspeita de infecção por poliovírus, a autoridade de saúde local deve ser notificada imediatamente. Em vários países endêmicos da doença, essa autoridade é o escritório local da Organização Mundial da Saúde (OMS).[1]

Doença gastrointestinal: suspeita de poliovírus

Reidratação oral e/ou fluidoterapia intravenosa devem ser administrados para prevenir a depleção de volume. O tratamento é semelhante ao de qualquer doença pediátrica gastrointestinal. Monitore em relação à paralisia flácida aguda (PFA), que indica evolução para poliomielite paralítica.

Poliomielite paralítica (paralisia flácida aguda)

Não há tratamento para a poliomielite paralítica. Os principais objetivos da terapia são mobilizar o(s) membro(s) afetado(s) precocemente e continuar a fisioterapia, para minimizar as incapacidades subsequentes.[1][28][42][47] São necessários tratamento de suporte, fisioterapia precoce e mobilização.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Menino com poliomielite caminhando com suportes bilaterais para as pernas: Peshawar, PaquistãoDo acervo do Dr. Omar Khan; usado com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@1acda73c

A poliomielite paralítica associada à vacina (PPAV) e o poliovírus derivado de vacina circulante (PVDVc) são ocorrências raras que seguem o uso da vacina oral de poliovírus vivo atenuado (OPV) (Sabin). A OPV não deve ser administrada em crianças imunocomprometidas ou com membros da família imunocomprometidos.

Poliomielite bulbar (paralisia respiratória)

Os pacientes devem ser monitorados quanto à evolução da paralisia dos membros para paralisia respiratória (uma condição com risco de vida que necessita de assistência médica especializada). Até o momento não foi demonstrada a eficácia de qualquer tratamento experimental ou alternativo. Para o tratamento, é necessário transporte imediato para um centro especializado. Medidas de apoio respiratório incluem intubação e ventilação, conforme necessário.[1][48]

Síndrome pós-poliomielite (SPP)

Essa síndrome pode se desenvolver muitos anos ou mesmo décadas após a poliomielite paralítica e consiste de fadiga, fraqueza e atrofia dos músculos afetados. São necessárias fisioterapia e mobilização contínuas.[43][49][50]

Uma revisão sistemática de terapias farmacológicas e não farmacológicas não encontrou evidências de alta qualidade suficientes para fornecer recomendações definitivas a respeito dos vários tratamentos utilizados para a SPP.[51]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal