Investigações

Primeiras investigações a serem solicitadas

oximetria de pulso

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Ao nível do mar, as saturações de oxigênio no sangue capilar (SpO₂) ≥90% são consideradas normais. Declínios agudos na SpO₂ <80% estão associados à insuficiência respiratória. Geralmente, quando a SpO₂ é <92% ao nível do mar para um paciente com sinais clínicos de insuficiência respiratória aguda, um exame de gasometria arterial é útil na avaliação e no manejo do caso.

Caso disponível, é importante haver um monitoramento contínuo.

Junto com as medições de saturação da SpO₂, o bicarbonato sérico (HCO₃) pode ajudar a determinar se há DPOC subjacente com retenção de dióxido de carbono (HCO₃ elevado) ou acidose (HCO₃ baixo).

É possível que ocorram imprecisões com perfusão insatisfatória na ponta do dedo (onde geralmente são colocadas as sondas de monitoramento). Conectar a sonda no lobo auricular pode resolver esse problema.

Esmaltes de unha, pele com pigmentação muito escura, anemia, artefatos de movimento, luz muito forte na área, carboxiemoglobinemia e metemoglobinemia também podem reduzir a precisão.[27][43]

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SpO₂ <80%

gasometria arterial

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A pressão arterial parcial normal do oxigênio (PaO₂) é de >12 kPa (>90 mmHg) ao nível do mar no ar ambiente.

A pressão arterial parcial normal do dióxido de carbono (PaCO₂) é de 4.7 a 6.0 kPa (35 a 45 mmHg) ao nível do mar no ar ambiente. O pH normal é de 7.38 a 7.42.

A análise de amostra da gasometria arterial permite a classificação em hipoxêmica, hipercápnica e categorias mistas.

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pH <7.38; PaO₂ <8 kPa (<60 mmHg) (ou <6.7 kPa [<50 mmHg] na doença pulmonar crônica) no ar ambiente; PaCO₂ >6.7 kPa (>50 mmHg) no ar ambiente

Investigações a serem consideradas

Hemograma completo

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Uma contagem de leucócitos elevada ou baixa pode indicar a presença de infecção. Uma alteração no perfil leucocitário para mais leucócitos e células de formas imaturas podem indicar infecção.

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contagem de leucócitos elevada

dímero D

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Dímero D de faixa normal ou não elevado pode ajudar a descartar embolia pulmonar aguda.

O teste do dímero D é limitado por causa do potencial significativo de falsos-positivos.[30]

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dímero D elevado pode indicar tromboembolismo pulmonar; dímero D não elevado pode descartar tromboembolismo pulmonar

bicarbonato sérico (HCO₃)

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A acidose respiratória crônica, comumente observada com a DPOC, está associada a níveis elevados de HCO₃, que se desenvolvem lentamente ao longo do tempo. Um nível de HCO₃ elevado em associação com o desenvolvimento de insuficiência respiratória aguda implica DPOC subjacente como uma comorbidade clínica.[29]

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pode estar elevada

Troponina cardíaca I e/ou T

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Além de se obter um ECG, a troponina específica cardíaca é recomendada.

Uma troponina específica cardíaca elevada requer avaliações cardíacas adicionais, normalmente com ultrassonografia cardiotorácica para avaliar diretamente a atividade e a distensão miocárdica.

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uma troponina elevada alerta o médico para um potencial dano agudo ao miocárdio ou doença ou distensão cardíaca, como ocorre com a embolia pulmonar aguda.

eletrocardiograma (ECG)

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A embolia pulmonar, que pode causar insuficiência respiratória aguda, pode resultar em taquicardia sinusal, fibrilação atrial e/ou evidência de isquemia miocárdica. É incomum, mas também pode haver bloqueio de ramo direito, desvio do eixo direito e uma onda S na derivação I, uma onda Q na derivação III e uma onda T invertida na derivação III (conhecida como padrão S1Q3T3).

O ECG também pode ser útil para determinar se há isquemia cardíaca ou infarto do miocárdio. A síndrome coronariana aguda causada por isquemia ou infarto do coração pode levar à insuficiência respiratória aguda, podendo ser complicada ainda mais por um choque cardiogênico.

Também pode haver evidência de cardiopatia em pacientes com causas cardíacas de insuficiência respiratória aguda, especialmente no caso de edema pulmonar agudo ou insuficiência cardíaca congestiva descompensada. O manejo de emergência da taquicardia ou bradicardia frequentemente melhorará o débito cardíaco e consequentemente, o estado respiratório.

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variável

radiografia torácica

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Infiltrados difusos ou irregulares na radiografia torácica são associados a pneumonia, edema pulmonar, aspiração, doença pulmonar intersticial progressiva, contusão pulmonar e hemorragia alveolar.

Frequentemente, observam-se alterações mínimas na radiografia torácica nas exacerbações agudas de DPOC, asma, embolia pulmonar e depressão respiratória.

Uma radiografia torácica também é usada para avaliar a presença de pneumotórax, colapso e efusões pulmonares.

Na asma, a hiperinsuflação dos pulmões está associada à obstrução grave das pequenas vias aéreas.

Nas crianças, a assimetria da lucência dos pulmões sugere a aspiração de corpo estranho.

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infiltrados difusos ou irregulares; pneumotórax; efusão pulmonar; hiperinsuflação; opacificação assimétrica dos campos pulmonares; lucência assimétrica de campos pulmonares

testes de função pulmonar

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Se a taxa de pico do fluxo expiratório (TPFE) ou o volume expiratório forçado (VEF) for <35% a 50% do predito para a idade, altura, peso e sexo, esses valores poderão ser preditivos de comprometimento respiratório e possível insuficiência respiratória aguda. O monitoramento da tendência nesses testes de função pulmonar proporciona uma evidência clínica de melhora ou deterioração na função pulmonar.


Medição do pico de fluxo - Vídeo de demonstração
Medição do pico de fluxo - Vídeo de demonstração

Com usar um medidor de pico de fluxo para obter a medição do pico do fluxo expiratório.


Um VEF em 1 segundo (VEF1) de <50% do valor predito para o sexo e a idade indica um comprometimento respiratório grave.[44]

Valores da força inspiratória negativa acima de -25 cm H₂O (ou seja, menos fluxo negativo) estão associados a insuficiência respiratória.[5]

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Taxa de pico do fluxo expiratório (TPFE) <35% a 50% do predito; volume expiratório forçado (VEF) <35% a 50% do predito; CVF <50% a 70% do predito; VEF1 <50% do predito; força inspiratória negativa acima de -25 cm H₂O

Toxicologia sérica ou urinária

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Os exames toxicológicos de soro e urina podem ser úteis para confirmar se o medicamento ou a droga ilícita suspeitos são a causa da insuficiência respiratória (por exemplo, superdosagem de opioides).

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identificação de drogas de abuso selecionadas (os resultados disponíveis irão variar dependendo do rastreamento de droga usado)

tomografia computadorizada (TC) do tórax

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A TC pode revelar doença pulmonar crônica, consolidação e efusão pulmonares, doença parenquimatosa, bronquiectasia e embolia pulmonar envolvendo artérias pulmonares de grosso e médio calibre.

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embolia pulmonar (envolvendo artérias pulmonares de grosso e médio calibre); doença pulmonar crônica; consolidação e efusão pulmonares; doença parenquimatosa; bronquiectasia

Angiografia pulmonar por tomografia computadorizada (APTC)

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A APTC é o exame de imagem preferencial em pacientes com nível de dímero D anormal ou alta probabilidade de embolia pulmonar.[35] A APTC usa um meio de contraste administrado por via intravenosa ao mesmo tempo que a TC do tórax. Isso permite a visualização de falhas de enchimento nos ramos segmentar e subsegmentar da circulação pulmonar. Ela proporciona a mais alta precisão diagnóstica para embolia pulmonar dentre todos os métodos de exames de imagem não invasivos avançados.[35]

A APTC é contraindicada em pacientes com alergia ao meio de contraste ou que tenham insuficiência renal.[36] Ela também deve ser evitada em gestantes.[37]

Resultado

embolia pulmonar (envolvendo artérias pulmonares de grosso e médio calibre); doença pulmonar crônica; consolidação e efusão pulmonares; doença parenquimatosa; bronquiectasia

exame de ventilação/perfusão

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A relação V/Q pulmonar, de preferência utilizando uma tomografia computadorizada por emissão de fóton único (SPECT, que pode reduzir o número de exames não conclusivos) é uma alternativa à angiografia pulmonar (APTC).[38]

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probabilidade de embolia pulmonar (EP) quando uma área de ventilação não está perfundida; uma cintilografia V/Q negativa descarta a EP efetivamente

capnometria

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A capnografia de fluxo lateral pode ser usada quando os pacientes não estão intubados, e está sendo cada vez mais usada na avaliação e no monitoramento de pacientes com lesão ou doença aguda, para detectar piora da condição respiratória.

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CO₂ expirado anormalmente baixo ou alto

ultrassonografia cardiotorácica

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Trata-se de uma ferramenta diagnóstica complementar que contribui para uma decisão terapêutica precoce, baseada em dados fisiopatológicos reproduzíveis. Trata-se de um teste não invasivo à beira do leito que pode ser usado para iniciar a terapia até que o diagnóstico seja confirmado com técnicas de imagem mais avançadas. A ultrassonografia torácica também é útil para direcionar o local da agulha nos procedimentos de toracocentese (drenagem) e para a colocação de dispositivos de drenagem.[39][40]

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evidência de derrame, pneumotórax, condensação ou abscesso; enchimento do ventrículo direito ou dilatação anormais

Novos exames

monitoramento de CO₂ transcutâneo

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Ela apresenta um potencial de uso no monitoramento contínuo da PaCO₂ de pacientes que estão sendo mantidos com suporte ventilatório não invasivo.[41] No momento, a tecnologia de monitoramento transcutâneo de CO₂ está se desenvolvendo e a concordância atual entre a PaCO₂ e a PCO₂ transcutânea tem sido questionada como sendo abaixo da ideal.[42]


Punção de artéria radial - Vídeo de demonstração
Punção de artéria radial - Vídeo de demonstração

Como obter uma amostra de sangue arterial da artéria radial.



Punção de artéria femoral - Vídeo de demonstração
Punção de artéria femoral - Vídeo de demonstração

Como realizar uma punção da artéria femoral para coletar uma amostra de sangue arterial.


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pressão parcial de dióxido de carbono arterial reduzida (PaCO₂)

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