Caso clínico
Caso clínico
Um agricultor de 50 anos com história de abuso de álcool e depressão é encaminhado para o pronto-socorro depois de ingerir deliberadamente cerca de 200 mL de um pesticida 4 horas antes. Ele encontra-se semiconsciente, com pupilas puntiformes e uma grande quantidade de secreções saindo pela boca. Sua frequência cardíaca é de 120 batimentos por minuto (bpm), a pressão arterial é de 90/60 milímetros de mercúrio (mmHg) e a saturação de oxigênio é de 65%. A ausculta torácica apresenta roncos e estertores disseminados. Fasciculações finas são aparentes na musculatura da região periorbital, torácica e dos membros inferiores. O paciente apresenta incontinência urinária e fecal.
Outras apresentações
A apresentação é altamente variável em razão das diferenças de dose, toxicidade do agente e tipo de exposição. Apresentações após pequenas exposições (por exemplo, dérmicas) são comuns, mas é muito rara a ocorrência de toxicidade grave nesse cenário. Além disso, os sintomas usuais geralmente são indistinguíveis dos da gripe (influenza), por exemplo, fadiga, coriza, cefaleia, tontura, anorexia, sudorese, diarreia e fraqueza muscular. Náuseas, vômitos e distúrbios visuais também podem ser observados. Um odor característico do solvente pode estar presente. A intoxicação grave (geralmente por ingestão deliberada ou pelo uso de armas químicas) pode apresentar-se com convulsões ou insuficiência respiratória. A presença de neuropatias central e periférica (predominantemente motora) tardia é incomum, mas elas podem ser graves e causar incapacidade permanente.
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