Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

obstrução aguda das vias aéreas (sem diagnóstico tecidual)

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proteger as vias aéreas + radioterapia + corticosteroides

As vias aéreas devem ser protegidas inicialmente por intubação ou cirurgicamente.

O tratamento de urgência com radioterapia e corticosteroides deve ser utilizado apenas para situações de risco de vida. Caso contrário, ele deverá ser adiado por causa da interferência com o diagnóstico histopatológico subsequente.

A dose de corticosteroides deve ser limitada e reduzida depois de 1 a 2 dias de tratamento ou após a melhora dos sintomas.

Opções primárias

dexametasona: 10 mg em bolus intravenoso inicialmente, seguidos por 4 mg a cada 6 horas

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proteger as vias aéreas + colocação percutânea de stent endovascular

As vias aéreas devem ser protegidas inicialmente por intubação ou cirurgicamente.

Cada vez mais utilizada, pois o stent pode ser colocado antes do diagnóstico tecidual estar disponível. É um procedimento útil para pacientes com sintomas graves, como dificuldade respiratória, que necessitam de intervenção de urgência.[21][22]​​ Metanálises demonstraram que a terapia endovascular com colocação de stent tem altas taxas de sucesso técnico e clínico.[23][24][25]

Feita por via percutânea por acesso obtido geralmente através da veia femoral. Realizado sob sedação consciente. São utilizadas orientação fluoroscópica e contraste iodado. A maioria dos cirurgiões utiliza heparina durante o procedimento.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pós-dilatação do stent da veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@13648d2a[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Venografia mostrando estenose da veia cava superior. Observa-se implantação de stent na artéria pulmonar esquerdaImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3cfc2783[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Angioplastia percutânea com balão da lesão estenótica na veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3e0d11fc[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Implantação de stent na veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3f5f51f7

Podem ser utilizados stents autoexpansíveis ou expansíveis por balão (geralmente stents metálicos).

As complicações da colocação percutânea de stent estão na faixa de 3% a 7% e incluem a sobrecarga de volume devido ao aumento súbito na pré-carga, trombose de stent, embolia pulmonar, migração do stent, hematoma no local de inserção, infecção, sangramento e, muito raramente, perfuração ou morte.[22]

A taxa de patência é aproximadamente 80% a 94%, e 20% dos pacientes podem necessitar de recolocação do stent.

O risco de sangramento é de 1% a 14% em decorrência da anticoagulação com aspirina, clopidogrel e/ou varfarina, que podem ser utilizados após a colocação do stent para prevenir trombose.[21][31]

Não há muitos dados sobre a anticoagulação pós-procedimento, e as práticas variam.[2]

CONTÍNUA

etiologia maligna

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tratamento de malignidade

A maioria dos tumores malignos que causam síndrome da veia cava superior (VCS) é sensível à radioterapia.

A quimioterapia é uma opção eficaz para o tratamento do câncer de pulmão, linfomas e tumores de células germinativas.[26]

Os timomas resistentes à quimioterapia e radiação podem requerer ressecção cirúrgica e reconstrução da VCS (índice de mortalidade operatória de 5% e índice de perviabilidade de 80% a 90%).[27]

A seleção da terapia dependerá do tipo de neoplasia maligna, do estadiamento e da histopatologia. Consulte Câncer pulmonar de células pequenas, Câncer pulmonar de células não pequenas, Linfoma não HodgkinTumor tímico.

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associado a – 

colocação percutânea de stent endovascular

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

A colocação de stent endovascular é realizada para alcançar uma melhora mais rápida dos sintomas e tem menos efeitos colaterais que a radioterapia.[23][24][25]

Realizada por via percutânea por acesso obtido (geralmente) através da veia femoral. Realizada sob sedação consciente. São utilizados orientação fluoroscópica e contraste iodado, e a maioria dos operadores usa heparina durante o procedimento.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Pós-dilatação do stent da veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@48e44c34[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Venografia mostrando estenose da veia cava superior. Observa-se implantação de stent na artéria pulmonar esquerdaImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@f70e31e[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Angioplastia percutânea com balão da lesão estenótica na veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7b65d590[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Implantação de stent na veia cava superiorImagem obtida no laboratório de cateterismo cardíaco da University of Missouri, Columbia; usada com permissão [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@4e5a20aa

Podem ser utilizados stents autoexpansíveis ou expansíveis por balão (geralmente stents metálicos).

As complicações da colocação percutânea de stent estão na faixa de 3% a 7% e incluem a sobrecarga de volume devido ao aumento súbito na pré-carga, trombose de stent, embolia pulmonar, migração do stent, hematoma no local de inserção, infecção, sangramento e, muito raramente, perfuração ou morte.[22]

A taxa de patência é aproximadamente 80% a 94%, e 20% dos pacientes podem necessitar de recolocação do stent.

O risco de sangramento é de 1% a 14% em decorrência da anticoagulação com aspirina, clopidogrel e/ou varfarina, que podem ser utilizados após a colocação do stent para prevenir trombose.[21][31]

Não há muitos dados sobre a anticoagulação pós-procedimento, e as práticas variam.[2]

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terapia paliativa

Inclui a radioterapia, quimioterapia ou corticosteroides paliativos (para linfomas e timomas), stents endovasculares ou, raramente, cirurgia de revascularização, pois ela é invasiva e difícil.[1]

Em casos raros, pode ser realizada descompressão cirúrgica.

A trombólise guiada por cateter de demora também tem sido descrita em pequenos estudos.[28]

O tratamento de suporte consiste em diuréticos, dieta com pouco sal, evitar acessos venosos nos membros superiores, elevação da cabeça e oxigênio.

O tipo de diurético dependerá de vários fatores, incluindo a função renal e história atual e passada do uso de diurético.

etiologia infecciosa

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tratamento de infecção

Infecção subjacente (por exemplo, aspergilose, blastomicose, histoplasmose, nocardiose) deve ser tratada de acordo com as sensibilidades locais.

A escolha do antimicrobiano dependerá do patógeno subjacente.

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terapia paliativa

Stents endovasculares e, mais raramente, cirurgia de revascularização podem ser necessários caso a obstrução da veia cava superior persista após o tratamento da infecção.

etiologia iatrogênica

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remoção do cateter + trombólise e/ou anticoagulação

O(s) cateter(es) deve(m) ser removido(s) e a trombólise local e/ou curto ciclo de anticoagulação devem ser considerados nesses pacientes.[29]

A terapia crônica com varfarina por até 1 ano tem sido descrita em alguns relatos.[32] A dose deve ser ajustada para a INR-alvo de 2.0 a 3.0.

A trombólise apresenta índice de sucesso mais elevado se utilizada nos 5 primeiros dias do desenvolvimento da obstrução da veia cava superior.[28]

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dilatação por balonamento percutâneo/colocação de stent com ou sem a remoção do eletrodo

A dilatação por balonamento percutâneo/colocação de stent é a preferida nesses pacientes.

A remoção de eletrodo pode trazer um alto risco de mortalidade (1% a 3%).[30] A cirurgia de revascularização pode ser uma opção.

A infecção de eletrodos sempre deve ser considerada como uma possibilidade e avaliada com hemoculturas e ecocardiograma transesofágico.

Deve ser considerada a anticoagulação em longo prazo com varfarina. A dose deve ser ajustada para a INR-alvo de 2.0 a 3.0.

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