Complicações
Embora a deficiência de lactase e a intolerância à lactose não predisponham à má absorção de cálcio, evitar ou reduzir significativamente a ingestão de leite e outros produtos lácteos diminuirá a ingestão de cálcio e vitamina D, o que pode aumentar o risco de osteopenia, osteoporose e fraturas.[5][83] Uma metanálise de estudos do norte europeu constatou que a persistência de lactase genética esteve associada a uma densidade mineral óssea do colo do fêmur consideravelmente maior, mas não a densidade mineral óssea da coluna lombar ou total de quadril maiores.[84] As evidências da associação entre o consumo de laticínios e o risco de fratura são inconsistentes.[85][86]
A ingestão diária regular de 8-12 oz (240 mL) de leite em pequenas porções com outros alimentos e o aumento da ingestão de queijos duros, iogurtes, chocolate ao leite e dietas não lácteas ricas em cálcio devem ser incentivados. Quando o leite não é tolerado nos pacientes com intolerância grave e/ou sintomas sistêmicos, leite pré-tratado, leite em pó sem lactose e enriquecido com cálcio e suplementos de lactase com produtos lácteos devem ser fornecidos.[2][76]
A suplementação de cálcio e vitamina D é recomendada se a ingestão alimentar for insuficiente.[2][76][87] Muitos médicos verificam os níveis séricos de vitamina D e cálcio a cada 6-12 meses em todos os pacientes que seguem dietas com baixo teor de lactose ou livres de lactose para controlar os sintomas de intolerância à lactose, apesar de não haver evidências para dar suporte a essa abordagem.
Recomendações oportunas e a implementação das etapas acima podem ajudar a evitar a osteoporose.
O raquitismo é uma mineralização deficiente na placa epifisária dos ossos longos que resulta em retardo de crescimento. Ocorre essencialmente devido a uma deficiência nutricional de vitamina D, mas pode estar associado a deficiências nutricionais de cálcio ou fósforo.
O diagnóstico tardio e o controle indevido de deficiência de lactase sintomática grave com intolerância à lactose devida a não adesão a uma dieta livre de lactose ou com baixo teor de lactose podem causar desnutrição.
Mais importante, evitar por completo os produtos lácteos resultará em uma redução significativa na ingestão de proteínas, calorias, vitamina D e cálcio. Deve-se evitar excluir totalmente os produtos lácteos e recomendar produtos lácteos com baixo teor de lactose. Além disso, é importante consultar um nutricionista para manter energia e ingestão de proteínas e cálcio, e para ajudar a evitar desnutrição.
O deficit de crescimento não é comum, mas pode acontecer com a exclusão total de produtos lácteos em crianças em fase de crescimento, especialmente se fontes de nutrientes alternativas ricas em proteínas, calorias e cálcio não forem utilizadas após a consulta com um nutricionista.[88]
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