Diagnósticos diferenciais
comuns
Síndrome do túnel do carpo
História
início insidioso de dormência e/ou formigamento do 1º ao 4º quirodáctilos ± palma da mão; frequentemente pior à noite ou ao acordar; sintomas comumente relatados como piores ao segurar um telefone/jornal/livro; atividades de flexão/extensão do punho agravam os sintomas (por exemplo, tricô e muitos tipos de trabalho manual, forte evidência de IMC e alta taxa de repetição da mão/punho aumenta o risco de STC); queixas sobre deixar coisas caírem; a dor, caso presente, muitas vezes irradia do punho para a mão e o antebraço e, ocasionalmente, para o ombro
Exame físico
diminuição da sensibilidade ao longo do aspecto palmar do polegar, do indicador e do dedo médio e ao longo do aspecto radial do dedo anelar; atrofia da eminência tenar apoia fortemente um diagnóstico e fraqueza no abdutor curto do polegar (abdução do polegar)
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
lentificação isolada da latência distal no nervo mediano através do punho
Mais
Neuropatia ulnar no cotovelo
História
início insidioso de dormência e/ou formigamento no 5º dedo ± 4º dedo ± aspecto medial da mão; sintomas agravados por se apoiar no cotovelo e por períodos de flexão prolongada do cotovelo (por exemplo, falando ao telefone ou dormindo); dificuldade em atividades motoras finas em casos mais graves (por exemplo, usar um cortador de unha, fechar zíperes ou botões); a dor, caso presente, geralmente irradia do cotovelo para a mão; incidência aumentada em pós-operatórios; hanseníase
Exame físico
sensibilidade reduzida ao longo do 5º dedo, do lado ulnar do 4º dedo e da região medial da mão; atrofia dos interósseos, causando atrofia do primeiro espaço interósseo e proeminência dos tendões extensores na mão; fraqueza dos abdutores e adutores dos dedos; uma fraqueza que se estenda às articulações interfalangianas proximais do 4º e do 5º dedos pode causar uma "deformidade em garra" em casos graves; pode haver sensibilidade focal no cotovelo
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
redução e/ou bloqueio de condução no nervo ulnar no cotovelo
Outras investigações
Radiculopatia cervical
História
dor e/ou formigamento irradiando do pescoço para o braço e/ou a mão; exacerbação da dor ou de sintomas sensitivos com a movimentação do pescoço, tosse ou espirro; a dor tende a ser persistente; parestesias intermitentes
Exame físico
reflexo tricipital reduzido em radiculopatias de C7; reflexos bicipital e/ou braquiorradial reduzidos em radiculopatias de C5 ou C6 (reflexo considerado reduzido com base na comparação com o mesmo reflexo no braço não afetado); fraqueza e sensação alterada na distribuição da raiz nervosa afetada em casos graves
Primeira investigação
- tomografia computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética (RNM):
compressão da raiz nervosa por disco, osteófito ou outra lesão com efeito de massa
Mais
Outras investigações
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
denervação na distribuição miotomal (raiz nervosa)
Mais
Incomuns
Neuropatia ulnar no punho/palma da mão
História
perda sensitiva/parestesia ao longo do aspecto medial da mão, do aspecto medial do 4º dedo e de todo o 5º dedo e/ou fraqueza afetando atividades motoras finas (botões, zíperes, uso de cortador de unha); história de atividade envolvendo pressão crônica no punho ou na palma da mão (por exemplo, usar ferramentas, andar de bicicleta, remar); quando a lesão for distal ao ramo sensitivo do nervo ulnar, os pacientes terão queixa de fraqueza (dificuldade com atividades motoras finas), mas não de perda sensitiva
Exame físico
perda sensitiva ao longo da palma da mão em uma distribuição do nervo ulnar; ausência de perda sensitiva no dorso da mão; fraqueza e atrofia de todos os músculos de inervação ulnar na mão (eminência hipotenar, todos os interósseos dorsais e os hipotenares do 4º e do 5º dedos); fraqueza em todos os músculos de inervação ulnar da mão, exceto os da eminência hipotenar; ocasionalmente, um cisto ganglionar é palpável na mão ou na região do canal de Guyon no punho; se a lesão for distal ao ramo sensitivo do nervo ulnar, haverá fraqueza dos músculos na inervação ulnar da mão, mas sem perda sensitiva; uma lesão palmar média pode resultar em fraqueza do primeiro interósseo dorsal com preservação do dedo mínimo adutor e sensação no 4º e 5º dedos
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
localizam a neuropatia ulnar no punho ou nos ramos terminais do nervo ulnar; resposta normal no ramo cutâneo dorsal do nervo ulnar
Neuropatia radial no sulco do nervo radial (paralisia do sábado à noite)
História
despertar com o punho parcial ou totalmente pendente, muitas vezes descrito pelo paciente como "meu braço inteiro está dormente e/ou fraco"; indolor; intoxicação por álcool ou drogas na noite em que os sintomas se desenvolveram
Exame físico
fraqueza pronunciada na extensão de polegar, dedos e punho; fraqueza do braquiorradial (testada fazendo com que o paciente flexione o cotovelo contra resistência com o polegar virado para cima); os pacientes podem aparentar apresentar fraqueza nos abdutores dos dedos devido à incapacidade de estabilizar os dedos estendidos (necessária para abduzir os dedos), a menos que sejam testados com as mãos apoiadas estendidas na mesa; perdas sensitivas são geralmente identificadas no dorso da mão entre o polegar e o indicador
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam neuropatia radial isolada e identificam o sítio da lesão no sulco do nervo radial
Outras investigações
Síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica
História
atrofia de início insidioso em todos os músculos da mão, resultando em fraqueza que afeta primariamente as atividades motoras finas; dormência no 4º e no 5º dedos; regiões mediais da mão e do antebraço (sintomas sensitivos tendem a ser menos proeminentes que a fraqueza)
Exame físico
fraqueza e atrofia pronunciadas da eminência tenar; perda sensitiva comprometendo o 4º e o 5º dedos e as regiões mediais da mão e do antebraço
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
localizam a lesão no tronco inferior do plexo braquial
Outras investigações
- raio-X da coluna cervical:
costela cervical ou processo transverso alongado de C7[11]
Síndrome do nervo interósseo posterior
História
dor aguda ou persistente no antebraço, distal à cabeça do rádio; nenhuma perda sensitiva
Exame físico
fraqueza na extensão do polegar e dos demais dedos e fraqueza na extensão ulnar do punho, resultando em desvio radial no momento da extensão; força normal no músculo braquiorradial (testada fazendo com que o paciente flexione o cotovelo contra resistência com o polegar para cima); sensibilidade normal
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
determinam localização da lesão no nervo interósseo posterior
Outras investigações
Neuropatia do nervo interósseo anterior
História
fraqueza isolada do movimento de pinça e incapacidade de flexionar a falange distal do polegar; ocasionalmente é relatada dor passageira no antebraço
Exame físico
incapaz de flexionar a falange distal do polegar; ocasionalmente também apresentará fraqueza na flexão da falange distal do 2º e do 3º dedos; ausência de dormência e parestesia
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a localização da neuropatia no nervo interósseo anterior
Outras investigações
Neurite braquial (amiotrofia braquial, síndrome de Parsonage-Turner, neuropatia braquial idiopática aguda)
História
dor relativamente intensa e de início agudo na região do ombro; a dor tipicamente dura de alguns dias a 2 semanas, embora possa durar mais; início agudo de fraqueza e atrofia de vários músculos na região do braço ipsilateral, tipicamente 2 a 3 dias após o início da dor
Exame físico
atrofia e fraqueza geralmente pronunciadas nos músculos afetados; escápula alada, atrofia do deltoide, atrofia do supraespinhal e do infraespinhal, fraqueza do flexor longo do polegar (comprometimento do nervo interósseo anterior) como achados mais comuns; anormalidades sensitivas mínimas, se houver alguma
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a patologia em vários lugares do plexo braquial; a apresentação pode envolver diversos nervos periféricos, em vez de uma área focal de danos no plexo braquial
Mais
Outras investigações
- ressonância nuclear magnética (RNM) do plexo braquial:
lesões no plexo braquial
Mais
Esclerose lateral amiotrófica
História
início insidioso de fraqueza indolor; nos membros superiores, a fraqueza geralmente começa na mão dominante;[14] sem sintomas sensoriais
Exame físico
fasciculações nos músculos proximais dos membros; atrofia dos músculos afetados; geralmente, hiper-reflexia, em particular nos membros afetados (isto é, uma combinação de sinais do neurônio motor superiores e inferiores); pode haver evidência de comprometimento mais difuso (por exemplo, disartria, espasticidade nos membros inferiores e/ou fraqueza)
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
evidências de denervação difusa, contínua e crônica
Outras investigações
Câncer metastático/tumores de bainha nervosa
História
dor no ombro, de início subagudo; câncer conhecido com possibilidade de lesão primária ou metastática na região do plexo braquial (por exemplo, câncer de mama, câncer pulmonar, linfoma);[20] sintomas sistêmicos que sugerem neoplasia maligna (por exemplo, perda de peso não explicada, sudorese noturna)
Exame físico
síndrome de Horner (miose e ptose leve ipsilaterais); fraqueza e atrofia das eminências tenar + hipotenar com perda sensitiva limitada à região medial da mão e/ou do braço (isto é, sem perda sensitiva do nervo mediano); fraqueza e/ou atrofia da cintura escapular ou dos músculos do segmento superior do braço; reflexos reduzidos no membro afetado em comparação ao não afetado (pode ou não estar presente dependendo da região do plexo braquial afetada)
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
determinam a localização da lesão no plexo braquial
Amiloidose
História
tipicamente não se apresenta com mononeuropatia isolada nem múltipla, mas deve ser considerada em pacientes com síndrome do túnel do carpo ou polineuropatia dependente do comprimento caso não seja encontrada outra explicação (por exemplo, diabetes, doença tireoidiana); início insidioso de parestesia dolorosa simétrica grave/queimação nos pés; perda sensitiva e fraqueza objetivas nos pés e panturrilhas e, posteriormente, nas mãos; os sintomas iniciais nos membros superiores são os de síndrome do túnel do carpo; sintomas autonômicos, particularmente hipotensão ortostática, saciedade precoce e diarreia ou constipação também podem ocorrer; pode haver associação com insuficiência renal (síndrome nefrótica) e cardiomiopatia; história familiar positiva em pacientes com amiloidose familiar (rara)
Exame físico
hipotensão ortostática; sensibilidade reduzida, primeiro em modalidades de fibras curtas (estímulo doloroso, térmico e de vibração) e, posteriormente, em modalidades de fibras longas (maior perda vibratória e perda proprioceptiva) em distribuição em meia; sensibilidade reduzida na distribuição do nervo mediano (se estiver em estágio avançado, a perda sensitiva ocorrerá em uma distribuição em luva e meia completa); com a doença avançada, o paciente terá fraqueza muscular distal e atrofia, juntamente com a perda sensitiva em meia e luva
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a presença de uma neuropatia periférica dependente do comprimento e síndrome do túnel do carpo
Outras investigações
- eletroforese de proteínas séricas e urinárias:
aumento de cadeias leves monoclonais
Mais - biópsia tecidual: coxim adiposo abdominal, mucosa retal ou nervo afetado:
depósitos amiloides à coloração com vermelho Congo
Mais - teste genético:
identifica as mutações patogênicas em um dos genes responsáveis pela amiloidose familiar
Mais
Plexopatia braquial pós-irradiação
História
início subagudo de fraqueza no braço/mão em um paciente com história de irradiação na parte superior do tórax (observada mais comumente em pacientes tratadas para câncer de mama); pode ocorrer a qualquer momento entre 3 meses e 26 anos após o tratamento (a média é de 5 anos); pode começar com fraqueza proximal (tronco superior do plexo braquial) e progredir distalmente ou com fraqueza distal (tronco inferior do plexo braquial) e progredir em direção proximal; pode ou não ser dolorosa; pode ser muito difícil de distinguir de uma recidiva tumoral[23][24]
Exame físico
fraqueza e atrofia das eminências tenar + hipotenar com perda sensitiva limitada à região medial da mão e/ou do braço (isto é, sem perda sensitiva do nervo mediano); fraqueza e/ou atrofia da cintura escapular ou dos músculos do segmento superior do braço; fraqueza/atrofia e perda sensitiva afetando todo o braço (depende do grau de progressão no momento da apresentação); reflexos reduzidos no membro afetado em comparação ao não afetado (podem ou não estar presente dependendo da região do plexo braquial afetada)
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
a presença de descargas mioquímicas (descargas espontâneas agrupadas que são detectadas pelo eletrodo de agulha da eletromiografia enquanto o músculo está em repouso) dá suporte a este diagnóstico
Mais
Outras investigações
Vasculite afetando nervos periféricos (mononeurite múltipla)
História
início súbito dos sintomas; dor intensa e constante; sintomas sistêmicos (febre, perda de peso, erupções cutâneas); doença associada do tecido conjuntivo que predispõe a vasculite (por exemplo, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, granulomatose com poliangiite [antes conhecida como granulomatose de Wegener])
Exame físico
geralmente há perda sensitiva e fraqueza mais completas que as observadas em neuropatias compressivas no momento em que ocorrem os primeiros sintomas; deficit na distribuição de >1 nervo[25]
Outras investigações
- níveis do complemento:
baixa
- Hemograma completo com diferencial:
possível hematócrito baixo; eosinofilia na síndrome de Churg-Strauss
- fator antinuclear (FAN):
positiva
- anticorpo anticitoplasma de neutrófilos:
positiva
- fator reumatoide:
positiva
- crioglobulinas:
positiva
Mais - estudos da condução nervosa e eletromiografia:
mononeuropatias axonais múltiplas e irregulares[25]
- biópsias de nervo e músculo:
infiltração celular inflamatória em vasos sanguíneos do perineuro/perimísio com destruição da parede vascular
Mais
Sarcoidose
História
dormência e fraqueza nas distribuições de diversos nervos; neuropatias cranianas são frequentes; também pode haver queixa de perda sensitiva em distribuições de nervos torácicos (ao longo do tronco); doença multissistêmica, de modo que os pacientes podem apresentar sintomas do comprometimento de outros órgãos (por exemplo, tosse, dispneia)
Exame físico
perda sensitiva e fraqueza correspondentes à distribuição de múltiplos nervos periféricos
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a presença de mononeurite múltipla
Outras investigações
- biópsias de nervo e músculo:
granulomas não caseosos
Mais
Polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica multifocal
História
início insidioso de fraqueza e dormência/parestesias em múltiplas distribuições nervosas; o início se dá tipicamente nos membros superiores, embora possa ocorrer nas pernas; pode ocorrer dor, mas esta geralmente não é proeminente
Exame físico
fraqueza e perda sensitiva correspondentes à distribuição de múltiplos nervos; reflexos reduzidos ou ausentes (em padrão simétrico ou multifocal)
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
características consistentes com uma polineuropatia desmielinizante adquirida (bloqueio de condução; redução variável das velocidades de condução, ausência ou prolongamento das ondas F)[26]
Neuropatia hereditária com predisposição a paralisia por pressão (NHPP)
História
se apresenta como uma mononeuropatia isolada com história de diversas mononeuropatias prévias; tipicamente indolor; geralmente sem outros fatores predisponentes (por exemplo, diabetes); autossômica dominante, de modo que podem ser relatados sintomas similares em familiares; apresenta resolução espontânea em 6 a 12 semanas
Exame físico
fraqueza e perda sensitiva na distribuição de um nervo periférico
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam neuropatia compressiva como causa da presente mononeuropatia, mas também identificam lentificação assintomática em locais de compressão em diversos outros nervos
Outras investigações
- teste genético para NHPP:
confirma deleção/mutação do gene PMP22 no cromossomo 17
Mais
Hanseníase (lepra)
História
o paciente viveu em uma região endêmica; dor intensa na distribuição dos nervos afetados; múltiplos nervos afetados; pode ou não haver relato de manchas com perda de sensibilidade em outros locais
Exame físico
fraqueza e perda sensitiva correspondentes a múltiplas distribuições nervosas (nervo ulnar frequentemente comprometido); os nervos afetados podem estar mais espessos e palpáveis; lesões hipopigmentadas e hipoestésicas (ou anestésicas) na pele
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a impressão clínica de múltiplas mononeuropatias
Mais
Outras investigações
- biópsia da lesão cutânea (se presente):
granulomas e/ou Mycobacterium leprae (dependendo de a hanseníase ser tuberculoide ou lepromatosa)
- biópsia do nervo afetado:
granulomas e/ou M leprae (dependendo de a hanseníase ser tuberculoide ou lepromatosa)
Mais
Citomegalovírus
História
associado a vírus da imunodeficiência humana (HIV) positivo com contagem de CD4 <50 células/mm³; múltiplas mononeuropatias (fraqueza e perda sensitiva nas distribuições de diversos nervos)
Exame físico
mononeuropatias múltiplas
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a impressão clínica de múltiplas mononeuropatias
Mais
Outras investigações
- contagem de CD4:
<50 células/mm³
Mais - detecção de ácido nucleico (reação em cadeia da polimerase):
positivo para citomegalovírus
vírus da imunodeficiência humana (HIV)
História
múltiplas mononeuropatias (fraqueza e perda sensitiva nas distribuições de diversos nervos); a mononeurite múltipla associada ao HIV pode se manifestar no momento da soroconversão antes de os anticorpos anti-HIV se desenvolverem; exposição a sangue/fluidos corporais (por exemplo, história de abuso de drogas, transfusão de sangue, relação sexual sem proteção); perda de peso >10%; febre e diarreia por pelo menos 1 mês; contagem de CD4 <50 células/mm³
Exame físico
múltiplas mononeuropatias; linfadenopatia; febre; ulceração orofaríngea e anogenital
Primeira investigação
- estudos da condução nervosa e eletromiografia:
confirmam a impressão clínica de múltiplas mononeuropatias
Mais
Outras investigações
- anticorpos anti-vírus da imunodeficiência humana (anti-HIV):
vírus da imunodeficiência humana (HIV)-positivo
Mais
Doença de Lyme
História
geralmente 4 a 6 semanas após a exposição; neuropatias cranianas dolorosas e/ou radiculopatias são a manifestação mais frequente da doença de Lyme afetando o sistema nervoso periférico;[27] os pacientes se apresentam com dor, fraqueza e perda sensitiva na distribuição das raízes nervosas afetadas que são frequentemente associadas a meningite resultando em cefaleia intensa; não está claro se a doença de Lyme é uma causa de mononeuropatias verdadeiras; contudo, alguns pacientes se queixam de dormência e parestesias associadas a anormalidades leves em estudos de condução nervosa, ambas remitindo com antibióticos[28]
Exame físico
fraqueza e perda sensitiva correspondentes a múltiplas raízes nervosas; hiporreflexia na distribuição das raízes nervosas afetadas; fraqueza facial pelo comprometimento do nervo facial; rigidez da nuca se houver meningite concomitante; em pacientes que chegam com sintomas sensitivos inespecíficos, o exame neurológico é tipicamente normal, com exceção da sensibilidade levemente alterada na região afetada
Primeira investigação
- sorologia para Lyme (ensaio de imunoadsorção enzimática [ELISA] seguido de Western Blot se o ELISA for positivo, ou dois ensaios imunoenzimáticos sequenciais):
presença de anticorpos contra Borrelia burgdorferi, a espiroqueta que causa a doença de Lyme[29][30]
- punção lombar: para celularidade, proteínas, glicose e anticorpos contra B burgdorferi (Lyme):
um líquido cefalorraquidiano inflamatório e anticorpos intratecais para B burgdorferi confirmam o diagnóstico de envolvimento do sistema nervoso central; no envolvimento do sistema nervoso periférico, os parâmetros do líquido cefalorraquidiano podem estar normais[27]
Outras investigações
- reação em cadeia da polimerase para B burgdorferi:
A reação em cadeia da polimerase mostra resultados positivos nos estágios avançados da infecção
Mais
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