Etiologia

Embora a etiologia da displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ) não tenha sido rigorosamente avaliada, em geral se acredita que fatores genéticos, hormonais e/ou mecânicos tenham um papel. Estudos observacionais mostraram que crianças com uma história familiar de DDQ possuem risco relativo aumentado da afecção; porém, a maioria dos casos ocorre em crianças sem história familiar. Acredita-se que aquelas com DDQ possuem frouxidão ligamentar aumentada e que esta é mais pronunciada no momento do parto. O confinamento e o posicionamento intrauterinos podem ter um papel importante, dado que as crianças nascidas de parto pélvico, primogênitos e grandes demonstraram um maior risco relativo de apresentar a afecção.[5][6]

Fisiopatologia

O quadril é uma articulação esferoidal que não está plenamente desenvolvida ao nascimento. Grande parte do desenvolvimento da articulação do quadril ocorre no útero e nos primeiros meses de vida. O desenvolvimento normal da articulação do quadril requer alinhamento adequado e contato entre a bola da cabeça do fêmur e a cavidade do acetábulo. Na DDQ persistente, a relação anatômica entre a cabeça do fêmur e o acetábulo é incorreta, causando desenvolvimento anormal. Nos casos graves, uma cabeça do fêmur luxada ocasiona o surgimento de um falso acetábulo na pelve. O alinhamento incorreto e persistente da bola e da cavidade durante o desenvolvimento da articulação do quadril pode causar artrite prematura na articulação; porém, esse desfecho não é universal e, tipicamente, não ocorre durante várias décadas.[7][8][9]

Classificação

Termos clínicos

  • Displasia do quadril: um achado radiográfico isolado que mostra um grau imperfeito de cobertura da cabeça do fêmur pelo acetábulo.

  • Subluxação do quadril: articulação parcial das superfícies articulares. Clinicamente se manifesta como um quadril que possui um grau maior de frouxidão que o normal com o teste de provocação, refletindo em um movimento maior que o normal da cabeça do fêmur dentro do acetábulo, mas o qual não é completamente deslocado ou deslocável.

  • Luxação do quadril: a cabeça do fêmur fica totalmente fora do acetábulo, seja em repouso ou com o teste provocativo.

  • Luxação pré-natal fixa (teratológica): normalmente associada a deformações múltiplas, e/ou condições neurológicas ou outras síndromes (por exemplo, artrogripose), onde uma intervenção mais invasiva geralmente é necessária para se tentar uma redução.

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