Prevenção primária
A quimioprevenção é recomendada para as mulheres com alto risco de desenvolvimento de câncer de mama.[35][36][37][38]
O tamoxifeno é indicado para a quimioprevenção em mulheres em pré e pós-menopausa, enquanto o raloxifeno e os inibidores da aromatase (por exemplo, anastrozol ou exemestano) são recomendados para uso apenas em mulheres no pós-menopausa.[35][36][37][38] Algumas pacientes de alto risco podem optar por realizar uma mastectomia bilateral total profilática para a redução do risco de câncer de mama.[35][39]
Os candidatos de alto risco podem ser avaliados pelo modelo de Gail, que determina o risco com base na idade atual, na idade no primeiro período menstrual, no número de biópsias de mama e se foi encontrada hiperplasia atípica, na idade no primeiro parto e no número de parentes de primeiro grau com câncer de mama.[40] National Cancer Institute: breast cancer risk assessment tool Opens in new window Outras ferramentas de avaliação de risco estão disponíveis para mulheres com determinadas mutações genéticas (por exemplo, BRCA) ou certas doenças.[41]
Um estilo de vida saudável, incluindo atividade física e uma dieta balanceada, pode evitar o câncer de mama.[42] No estudo randomizado e controlado da Women’s Health Initiative, mulheres que consumiam uma dieta hipogordurosa tiveram menor chance de morte após um diagnóstico de câncer de mama em comparação com as que consumiam uma dieta habitual.[43] A associação positiva entre o consumo de bebidas alcoólicas e o risco de câncer de mama está bem consolidada.[44] Um estudo com pacientes que procuram clínicas ou exames de mama encontrou níveis baixos de entendimento do efeito das bebidas alcoólicas na saúde nesse grupo. Essas consultas e exames podem representar uma oportunidade para discutir o uso de bebidas alcoólicas como um fator de risco modificável.[45]
Prevenção secundária
Evitar a terapia de reposição hormonal pode reduzir a recidiva, novo câncer de mama ou progressão do carcinoma ductal in situ (CDIS) para câncer de mama invasivo.[9][134] Uma história de CDIS é um fator de risco para câncer futuro na mesma mama. A terapia de reposição hormonal (TRH) não é recomendada para essa população. Se um CDIS se desenvolver em uma mulher usando a TRH, alternativas devem ser buscadas para tratar os sintomas da menopausa.
Moduladores seletivos do receptor de estrogênio, como o tamoxifeno, podem ser usados para prevenir a recidiva ou um novo câncer de mama.[115]
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O tamoxifeno pode ser usado por até 5 anos.
Nas mulheres com risco elevado de câncer de mama, o raloxifeno tem demonstrado reduzir o risco de novo câncer de mama invasivo, mas o benefício quanto à redução do risco de CDIS tem sido menor.[9] Sendo assim, o raloxifeno foi aprovado pela Food and Drug Administration dos EUA para a prevenção do câncer de mama invasivo em mulheres menopausadas de alto risco e naquelas sob risco de desenvolver osteoporose. O tratamento com raloxifeno por mais de 4 anos foi testado e o uso prolongado parece não ser prejudicial no contexto de osteoporose.[135]
Os inibidores da aromatase também demonstraram reduzir o risco de recorrência de CDIS.
As mulheres com CLIS são consideradas de alto risco (com base no modelo de Gail) e devem ter a opção de fazer quimioprevenção para reduzir o risco de câncer invasivo, discutindo-se com elas os benefícios e os riscos da intervenção. As diretrizes da NCCN recomendam o tamoxifeno para mulheres no pré-menopausa. O tamoxifeno, o raloxifeno, o exemestano ou o anastrozol são opções para as mulheres no pós-menopausa. A NCCN afirma que o tamoxifeno é uma escolha superior de agente redutor de risco para a maioria das mulheres no pós-menopausa.[35] No entanto, a consideração dos efeitos adversos pode levar algumas pacientes a escolherem o raloxifeno.
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