Complicações

Complicação
Período de ocorrência
Probabilidade
longo prazo
Médias

Após 5 anos de tratamento com tamoxifeno, o risco relativo do câncer de endométrio relacionado ao tamoxifeno é de 2.5 comparado à ausência de tratamento.[127] O risco de desenvolver câncer de endométrio é menor com raloxifeno que com tamoxifeno.[119]

Câncer de endométrio

variável
Médias

O carcinoma ductal in situ (CDIS) é um precursor potencial do carcinoma invasivo e sugere que o câncer se tornará invasivo naquele sítio.[1]​O carcinoma lobular in situ (CLIS) se desenvolve no(s) lóbulo(s) mamário(s) e/ou nos ductos terminais e, geralmente, é detectado por acaso. Enquanto o CDIS indica um risco elevado de desenvolvimento de carcinoma ductal invasivo no local da biópsia que comprova o CDIS, o CLIS indica risco elevado de desenvolvimento de carcinoma ductal ou lobular invasivo em qualquer uma das mamas.[2]​​O CLIS não é um câncer, e sim uma descrição patológica de uma proliferação neoplásica de células dentro dos lóbulos e/ou ductos terminais, o que representa um fator de risco para câncer de mama invasivo.​​[3] O achado de um CLIS não indica que o câncer se formará no sítio do diagnóstico. Em consequência, o tratamento do CLIS é menos formalizado que para o CDIS.

variável
Médias

Em um ensaio clínico randomizado, o risco relativo de hospitalização ou morte decorrente de embolia pulmonar após se tomar tamoxifeno por 10 anos, comparado à suspensão após 5 anos, foi de 1.87 (IC de 95% 1.13 a 3.07, P=0.01), com risco de morte de 0.2% em ambos os grupos.[128] Em curto prazo, os efeitos tromboembólicos do tamoxifeno aumentam o risco de necrose de retalhos de pele durante a reconstrução da mama, realizada como um procedimento tardio após a mastectomia.[129]

variável
Médias

O uso de inibidores da aromatase em mulheres com câncer de mama está associado a um maior risco cardiovascular que com o tamoxifeno.[130]

variável
Médias

Em pacientes que recebem radioterapia de mama total (RMT), uma pequena parte do pulmão e das costelas recebem radiação, o que pode induzir cicatrização do pulmão e um risco levemente aumentado de fratura de costela. Além disso, o coração é incidentalmente exposto a pequenas doses de radiação ao se tratar câncer de mama do lado esquerdo, o que pode aumentar o risco de cardiopatia isquêmica.[106] O risco de cardiopatia isquêmica pode aumentar com o aumento das doses de radiação ao coração.[106]​ Técnicas mais novas, como esquemas de RMT hipofracionada e ultra-hipofracionada e irradiação parcial acelerada da mama/irradiação parcial da mama (IPAM/IPM), minimizam a dose e, portanto, as sequelas.[107]

IPAM/IPM usando radioterapia por feixe externo (EBRT) administrada uma vez ao dia ou em dias alternados está associada à melhora da cosmese e à redução de toxicidades agudas e tardias em comparação com a RMT.[94][97]​​[104]​ Esquemas de EBRT duas vezes ao dia estão associados a pior toxicidade tardia e cosmese.[92][93]

IPAM/IPM usando braquiterapia com multicateter demonstrou desfechos de toxicidade tardia similares à RMT, com cosmese comparável ou melhorada.[92][95][98][105]

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