Nos EUA estima-se que, em 2024, haverá 56,500 novos casos de carcinoma ductal in situ (CDIS) em mulheres.[6]Siegel RL, Giaquinto AN, Jemal A. Cancer statistics, 2024. CA Cancer J Clin. 2024 Jan-Feb;74(1):12-49.
https://acsjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.3322/caac.21820
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/38230766?tool=bestpractice.com
O CDIS constitui aproximadamente 85% e o carcinoma lobular in situ (CLIS) constitui 15% dos carcinomas de mama in situ.
O percentual relatado de casos de CDIS não tratados que acabam progredindo para a doença invasiva varia muito, de 14% a 75%.[4]Leonard GD, Swain SM. Ductal carcinoma in situ, complexities and challenges. J Natl Cancer Inst. 2004 Jun 16;96(12):906-20.
https://academic.oup.com/jnci/article/96/12/906/2520795
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15199110?tool=bestpractice.com
Um diagnóstico de CLIS representa um risco aproximadamente 8 a 10 vezes maior de câncer de mama, e o risco de doença invasiva é distribuído de maneira igual entre ambas as mamas.[7]Portschy PR, Marmor S, Nzara R, et al. Trends in incidence and management of lobular carcinoma in situ: a population-based analysis. Ann Surg Oncol. 2013 Oct;20(10):3240-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23846782?tool=bestpractice.com
O pico dos diagnósticos de CDIS ocorre entre 70-74 anos. Mulheres negras, hispânicas, chinesas e coreanas apresentam menor incidência de CDIS em comparação com mulheres brancas. A taxa de diagnósticos de CDIS nos EUA e na Europa aumentou significativamente na década de 1990 devido à disseminação da mamografia, e tem se mantido estável desde então. O CDIS em homens é incomum, representando aproximadamente 7% de todos os carcinomas mamários masculinos. Comparado com o carcinoma mamário invasivo, o prognóstico associado ao CDIS em homens é excelente; entretanto, as características clínicas, a patologia e o tratamento dessa doença não são bem definidos na literatura.[8]Camus MG, Joshi MG, Mackarem G, et al. Ductal carcinoma in situ of the male breast. Cancer. 1994 Aug 15;74(4):1289-93.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8055450?tool=bestpractice.com
Embora seja bem estabelecido que a terapia de reposição hormonal (TRH) está associada a um aumento do risco de câncer de mama invasivo, não há uma associação semelhante entre TRH e CDIS.[9]Virnig BA, Tuttle TM, Shamliyan T, et al. Ductal carcinoma in situ of the breast: a systematic review of incidence, treatment, and outcomes. J Natl Cancer Inst. 2010 Feb 3;102(3):170-8.
https://academic.oup.com/jnci/article/102/3/170/895415
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20071685?tool=bestpractice.com
Essa falta de associação aparece de forma homogênea em cinco estudos observacionais e em um grande ensaio randomizado.[9]Virnig BA, Tuttle TM, Shamliyan T, et al. Ductal carcinoma in situ of the breast: a systematic review of incidence, treatment, and outcomes. J Natl Cancer Inst. 2010 Feb 3;102(3):170-8.
https://academic.oup.com/jnci/article/102/3/170/895415
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20071685?tool=bestpractice.com
É difícil determinar a verdadeira incidência do CLIS; os relatórios variam de 0.07% a 3% em amostras de punção por agulha grossa (core biopsy).[3]Ginter PS, D'Alfonso TM. Current concepts in diagnosis, molecular features, and management of lobular carcinoma in situ of the breast with a discussion of morphologic variants. Arch Pathol Lab Med. 2017 Dec;141(12):1668-78.
https://meridian.allenpress.com/aplm/article/141/12/1668/65743/Current-Concepts-in-Diagnosis-Molecular-Features
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28574280?tool=bestpractice.com
Várias publicações indicam que a incidência do CLIS está aumentando, o que pode ser atribuído a melhores técnicas de rastreamento, à realização de um número maior de punções por agulha grossa (core biopsy) e ao melhor reconhecimento pelos patologistas. A incidência do CLIS aumentou de 0.9 em 100,000 pessoas-anos entre 1978-1980 para 3.19 em 100,000 pessoas-anos entre 1996-1998.[3]Ginter PS, D'Alfonso TM. Current concepts in diagnosis, molecular features, and management of lobular carcinoma in situ of the breast with a discussion of morphologic variants. Arch Pathol Lab Med. 2017 Dec;141(12):1668-78.
https://meridian.allenpress.com/aplm/article/141/12/1668/65743/Current-Concepts-in-Diagnosis-Molecular-Features
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/28574280?tool=bestpractice.com
[10]Li CI, Anderson BO, Daling JR, et al. Changing incidence of lobular carcinoma in situ of the breast. Breast Cancer Res Treat. 2002 Oct;75(3):259-68.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12353815?tool=bestpractice.com
A análise de dados do Surveillance, Epidemiology, and End Results (SEER) mostrou um aumento na incidência de CLIS de 2.00 em 100,000 em 2000 para 2.75 em 100,000 em 2009.[7]Portschy PR, Marmor S, Nzara R, et al. Trends in incidence and management of lobular carcinoma in situ: a population-based analysis. Ann Surg Oncol. 2013 Oct;20(10):3240-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23846782?tool=bestpractice.com
Dados do SEER de 18,835 mulheres diagnosticadas com CLIS entre 1990-2015 demonstraram que, comparadas às mulheres brancas, as mulheres negras apresentaram um risco 30% maior de desenvolver câncer de mama positivo para receptor de hormônio e um risco 85% maior de desenvolver câncer de mama negativo para receptor de hormônio.[11]Dania V, Liu Y, Ademuyiwa F, et al. Associations of race and ethnicity with risk of developing invasive breast cancer after lobular carcinoma in situ. Breast Cancer Res. 2019 Nov 14;21(1):120.
https://breast-cancer-research.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13058-019-1219-8
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/31727116?tool=bestpractice.com
O carcinoma lobular, tanto in situ quanto invasivo, é raro em homens, com uma incidência de cerca de 0.5% a 1%.[12]Zygogianni AG, Kyrgias G, Gennatas C, et al. Male breast carcinoma: epidemiology, risk factors and current therapeutic approaches. Asian Pac J Cancer Prev. 2012;13(1):15-9.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22502659?tool=bestpractice.com
[13]San Miguel P, Sancho M, Enriquez JL, et al. Lobular carcinoma of the male breast associated with the use of cimetidine. Virchows Arch. 1997 Mar;430(3):261-3.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9099985?tool=bestpractice.com