Abordagem
A cólica infantil é um diagnóstico clínico e a avaliação deve ser direcionada para a exclusão de causas de sofrimento. Menos de 5% das crianças com sofrimento têm afecções médicas identificáveis para seu choro.[27] Geralmente, não há necessidade de realizar investigações.
História e fatores de risco
A história deve documentar a idade de início dos sintomas, os padrões de choro, a resposta dos pais ao choro da criança, a intensidade do choro e fatores que aliviam ou agravam o choro associados aos episódios.[21]
Deve-se pesquisar a forma como a criança é alimentada. A posição do lactente durante a alimentação, o tempo gasto na alimentação e se ele sempre eructa após a alimentação devem ser determinados. Se o lactente for alimentado com mamadeira, analise o tipo de leite e de bico da mamadeira. Informações sobre a alimentação da mãe são importantes se a criança estiver sendo amamentada.
Para descartar outros diagnósticos, como infecção do trato urinário, devem-se avaliar os padrões de evacuação, micção e sono em busca de anormalidades; qualquer história de febre recorrente, vômitos ou trauma deve ser observada.
Exame físico
O exame físico é importante para excluir outras causas possíveis para os gritos e o choro, como otite média, intussuscepção, fratura, abrasão da córnea, hérnia encarcerada ou fissura anal.[21]
Peso, altura e perímetro cefálico devem ser marcados em gráficos de crescimento padrão, porque o crescimento insatisfatório pode sugerir a possibilidade de um distúrbio sistêmico crônico subjacente.
Os sinais vitais devem ser registrados. A febre indica uma infecção subjacente. Pode-se suspeitar de infecção do trato urinário quando a criança apresentar febre ou urina de odor desagradável e não estiver se alimentando bem ou não estiver ganhando peso.
Investigações
Não é necessário realizar investigações para o diagnóstico da cólica, mas se existirem achados clínicos sugestivos de outra causa, uma investigação adequada pode ser indicada.[28]
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