Rastreamento
Adolescentes
Todas as mulheres sexualmente ativas com menos de 25 anos, particularmente na adolescência, devem ser examinadas anualmente, se possível.[1] O rastreamento de rotina inclui testes para infecção gonocócica e por clamídia, e testes para outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) são oferecidos após possível exposição. As diretrizes variam quanto ao início e à frequência recomendados para o rastreamento por exame de Papanicolau.
Em idade fértil mas não gestante
O rastreamento de rotina para Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae de todas as mulheres sexualmente ativas com idade ≤25 anos é recomendada anualmente e pode ser considerada em uma base de “exclusão”. Dependendo do comportamento sexual, devem ser oferecidos testes para infecção faríngea e retal.[1] Outros fatores que aumentam o risco entre as mulheres incluem infecção prévia por gonorreia, presença de outras ISTs, novos ou múltiplos parceiros sexuais, uso inconstante de preservativo, profissionais do sexo e uso de drogas.[1] As pacientes devem ser submetidas a rastreamento imediatamente após relações sexuais sem proteção.[1] Em algumas mulheres, especialmente aquelas incluídas no grupo de risco de ISTs, o uso de swab vulvovaginal em vez do swab endocervical introduzido pelo médico talvez seja pelo menos tão eficaz na detecção de cervicite infecciosa.[25]
O teste sorológico para detecção do vírus do herpes simples (HSV) deve ser considerado em pessoas que se apresentam para uma avaliação de IST (especialmente para aquelas com múltiplos parceiros sexuais) e indivíduos com infecção por vírus da imunodeficiência humana (HIV). Não é recomendado rastreamento para o HSV-1 e HSV-2 na população em geral.[1]
O rastreamento de acompanhamento deve ser realizado 3 a 12 meses após a possível exposição a uma IST. Se o rastreamento for positivo para a infecção por gonorreia ou clamídia, o rastreamento deve ser repetido 3 a 4 meses após o tratamento, pois parceiros não suspeitos podem não ter recebido tratamento simultâneo. Entretanto, as taxas de reteste ainda são baixas. Um estudo dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA demonstrou que um processo de 3 etapas, incluindo aconselhamento e lembretes às pacientes para comparecer à clínica, aumentou as taxas de reteste para clamídia de 16% a 89% em 4 meses.[26]
Pacientes que desejam implantar dispositivo intrauterino (DIU) devem fazer exame preventivo de cervicite assintomática. Se o DIU for implantado durante uma infecção ativa, a paciente ficará predisposta a infecção ascendente (por exemplo, endometriose ou salpingite aguda). Pacientes com história de cervicite infecciosa talvez ainda possam usar DIU, desde que não apresentem nenhuma infecção ativa.
Gestante
O rastreamento de rotina para Chlamydia trachomatis e N Gonorrhoeae é recomendado na consulta pré-natal inicial de todas as pacientes, repetindo-se no terceiro trimestre no caso de pacientes de alto risco.[27]
Se diagnosticada e tratada para gonorreia durante a gestação, a paciente deverá ser testada novamente em 3 semanas e depois em 3 meses.
As evidências não respaldam a realização de testes de rotina para vaginose bacteriana nem para Trichomonas vaginalis durante a gestação. Mulheres que se queixem de sintomas devem ser avaliadas e receber o devido tratamento.[1] As evidências não dão suporte à realização de rastreamento sorológico de rotina para o HSV-2 em mulheres assintomáticas durante a gestação.[1]
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