Queimadura de sol
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Algoritmo de tratamento
Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal
todos os pacientes
tratamentos de suporte
O tratamento de suporte promove a cicatrização da pele.
Apesar do uso disseminado, emolientes têm apenas estudos limitados em relação à sua eficácia no tratamento de queimadura solar. Não ficou demonstrado que emolientes reduzem o tempo de recuperação de queimadura solar aguda.[16]Han A, Maibach, HI. Management of acute sunburn. Am J Clin Dermatol. 2004;5:39-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14979742?tool=bestpractice.com
O petrolato pode reter calor, fazendo com que alguns especialistas sejam contra seu uso em queimaduras agudas, embora pomadas oclusivas tenham demonstrado acelerar a cicatrização da ferida.[14]Bolognia, JL, Jorizzo JL, Rapini RP. Dermatology. 1st ed. London, UK: Mosby; 2003.
Loções aquosas podem melhorar a descamação e a dor associadas à radiação terapêutica.[30]Heggie S, Bryant GP, Tripcony L, et al. A phase III study on the efficacy of topical aloe vera gel on irradiated breast tissue. Cancer Nurs. 2002; 25:442-451. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12464836?tool=bestpractice.com
Não há evidências clínicas para dar suporte ao uso de aloe vera em vez de outros emolientes, pois a aloe vera não demonstrou produzir uma melhora significativa no eritema pós-exposição ou na cicatrização, e pode estar associada à dermatite de contato.[31]Crowell J, Hilsenbeck S, Penneys N. Aloe vera does not affect cutaneous erythema and blood flow following ultraviolet B exposure. Photodermatol. 1989;6:237-239. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/2616366?tool=bestpractice.com [32]Ferreira M, Teixeira M, Silva E, et al. Allergic contact dermatitis to aloe vera. Contact Dermatitis. 2007:57:278-279. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17868225?tool=bestpractice.com No entanto, dado seu perfil limitado de efeitos colaterais e benefícios sintomáticos, esse tratamento deve ser reservado para uma intervenção de segunda linha.
Medidas sintomáticas, como aplicar compressas frias ou tomar banhos frios ± aveia coloidal para promover o resfriamento da pele e reduzir a inflamação, são amplamente utilizadas. As evidências disponíveis para essas intervenções são limitadas.
Opções primárias
emoliente de uso tópico: aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes ao dia
prevenção contínua + filtro solar
Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado
Apesar de controvérsias, o filtro solar continua sendo o método de prevenção de queimadura solar mais utilizado entre todas as faixas etárias.[36]Autier P, Boniol M, Dore JF. Sunscreen use and increased duration of intentional sun exposure: still a burning issue. Int J Cancer. 2007;121:1-5. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17415716?tool=bestpractice.com A radiação de ultravioleta B (UVB) é a causa primária de queimadura solar. A radiação UVB e ultravioleta A (UVA; incluindo UVA2, bloqueada pela maioria dos filtros solares, e UVA1, bloqueada por determinados filtros solares) pode contribuir para o câncer de pele e envelhecimento da pele. Portanto, para quase todas as finalidades, qualquer filtro solar de amplo espectro UVA/UVB é suficiente para proteger contra queimaduras solares, desde que seja utilizado corretamente. Entretanto, muitos filtros solares disponíveis comercialmente não fornecem proteção UVA completa.
Os melhores agentes de filtros solares abrangem todo o espectro de radiação UVA e UVB. Estes incluem o óxido de zinco bloqueador de ultravioleta (UV) inorgânico físico e os filtros solares orgânicos químicos de absorção de UV com avobenzona e ecamsule.[37]D'Souza G, Evans GR. Mexoryl: a review of an ultraviolet A filter. Plast Reconstr Surg. 2007;120:1071-1075. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17805138?tool=bestpractice.com O dióxido de titânio também é amplamente utilizado como um bloqueador de UV inorgânico, mas tem um espectro reduzido de bloqueio de UVA, comparado ao óxido de zinco.
Como os filtros solares orgânicos podem ser absorvidos, geralmente recomenda-se o óxido de zinco para a proteção de crianças pequenas.
Uma controvérsia sobre a possibilidade de o óxido de zinco micronizado gerar ânions de superóxido ainda não foi respaldada por estudos in vivo que demonstrem que os ânions de superóxido podem penetrar o estrato córneo para causar danos.
Recomenda-se o uso de roupas protetoras, como camisas de manga longa (tecidos com uma trama fechada fornecem a melhor proteção UV) e chapéus de abas largas. Roupas com classificação de proteção UV, bem como produtos de lavagem, como bis-etilexiloxifenol metoxifenil triazina, que melhora a capacidade do tecido de proteger a pele da luz solar, estão disponíveis comercialmente.[40]Morison W. Photoprotection by clothing. Dermatol Ther. 2003;16:16-22. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12919122?tool=bestpractice.com
analgésicos/anestésicos tópicos
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
A analgesia pode aliviar o desconforto e os sintomas sistêmicos relacionados à queimadura solar.
Acredita-se que anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) sejam eficazes no tratamento de reações a queimaduras solares por inibição dos mediadores inflamatórios da prostaglandina.
Embora estudos tenham mostrado que AINEs sistêmicos e tópicos possam reduzir o eritema induzido por ultravioleta, geralmente, essas reduções são leves e transitórias e requerem uso do medicamento antes ou logo após a exposição.[16]Han A, Maibach, HI. Management of acute sunburn. Am J Clin Dermatol. 2004;5:39-47. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/14979742?tool=bestpractice.com [29]Cox NH, Sharpe G. Emollients, salicylic acid, and ultraviolet erythema. Lancet. 1990;335:53-54. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1967359?tool=bestpractice.com
Pramocaína é um anestésico tópico que pode ser usado como segunda linha, embora possa causar dermatite de contato.[33]Cusano F, Luciano S. Contact dermatitis from pramoxine. Contact Dermatitis. 1993;28:39. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8428445?tool=bestpractice.com
Opções primárias
indometacina: 25 mg por via oral (liberação imediata) três vezes ao dia quando necessário, máximo de 200 mg/dia
ou
ibuprofeno: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia
ou
paracetamol: 500-1000 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário, máximo de 4000 mg/dia
Opções secundárias
pramocaína tópica: (1%) aplicar na(s) área(s) afetada(s) três vezes ao dia quando necessário
compressas com acetato de alumínio
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
As compressas com acetato de alumínio devem ser aplicadas duas vezes ao dia antes da aplicação de emolientes por 15 a 30 minutos.
O acetato de alumínio é adstringente com propriedades antissépticas. Pode ser usado para ajudar a secar e cicatrizar áreas com vesículas.
considere hospitalização + fluidoterapia intravenosa
Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado
Crianças muito novas com extensão da área da superfície corporal (ASC) acima de 10%, adultos com vesículas cobrindo mais de 15% a 25% da ASC e aqueles com sintomas sistêmicos devem ser considerados para hospitalização para receberem fluidoterapia intravenosa e cuidados de suporte.[34]Parsons L. Office management of minor burns. Lippincotts Prim Care Pract. 1997;1:40-49. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9166608?tool=bestpractice.com [35]Griglak MJ. Thermal injury. Emerg Med Clin North Am. 1992;10:369-383. http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/1559476?tool=bestpractice.com
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