Diagnósticos diferenciais

Erupção polimorfa à luz

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Classicamente, apresenta pápulas, placas, vesículas ou eritema pruriginosos, que ocorrem após a primeira exposição ao sol da estação.

Geralmente, aparece de 1 a 4 dias após a exposição à radiação ultravioleta (UV), mas às vezes pode ser observada em questão de minutos. Normalmente, a pele demonstra um "endurecimento"' (diminuição dos sinais e sintomas) com exposição à radiação ultravioleta (UV) subsequente.[12]

Investigações

Geralmente, a diferenciação clínica é suficiente dado o padrão de início e a natureza polimorfa da lesões, embora erupções polimorfas à luz bolhosas possam ser confundidas com queimadura solar aguda.

Uma porcentagem considerável de pessoas afetadas pode apresentar resultados de fotoexame negativos.[12]

A biópsia de pele revela edema dérmico papilar proeminente com um infiltrado perivascular linfocítico.

Dermatite fototóxica

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Causada por um fotossensibilizador sistêmico ou tópico que, juntamente com a luz solar, cria uma reação acentuadamente elevada à queimadura solar.[12]

Medicamentos sistêmicos associados à fototoxicidade incluem amiodarona, doxiciclina, griseofulvina, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e fluoroquinolonas, entre outros.[14]

Furocumarina é um fotossensibilizador tópico encontrado em uma variedade de plantas, incluindo frutas cítricas, figos, aipo e salsinha, entre outros (fitofotodermatite).

Bergapten, o ingrediente fototóxico no óleo de mexerica, é encontrado em diversas fragrâncias (dermatite de berloque).

Início em poucas horas; não é necessária uma sensibilização prévia.

Induzida por radiação na faixa de ultravioleta A (UVA).

UVA, diferentemente de ultravioleta B (UVB), pode penetrar vidros de janelas.

Investigações

A diferenciação clínica geralmente é possível, sobretudo quando causada por fotossensibilizadores externos, que tipicamente demonstram uma distribuição irregular ou linear.

Quando há dúvidas sobre o diagnóstico, pode-se realizar fotoexame, o qual mostra eritema em doses mais baixas que o esperado na faixa de UVA.[14]

Geralmente, a biópsia de pele não é útil, pois pode ser difícil diferenciar os achados histológicos de uma queimadura solar aguda.

Dermatite fotoalérgica

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Geralmente, manifesta-se como uma erupção eritêmato-escamosa, pruriginosa em uma fotodistribuição.

Pode ser associada a fatores desencadeantes externos ou internos, resultando em dermatite de contato fotoalérgica ou em reação fotoalérgica a medicamentos, respectivamente.

Reações fotoalérgicas foram associadas à oxibenzona, um ingrediente comum de filtros solares, bem como a medicamentos orais, incluindo tiazidas, sulfonamidas, sulfonilureias e fenotiazinas.[14]

Ocorre somente em indivíduos pré-sensibilizados e pode ter início tardio de até 14 dias.[12]

Investigações

Geralmente, a diferenciação clínica é suficiente dado o sintoma predominante de prurido e a típica aparência eczematosa.

O diagnóstico pode ser confirmado por fototeste de contato, mostrando uma reação positiva apenas no lado irradiado.[14]

A biópsia de pele demonstra características histológicas semelhantes à dermatite de contato alérgica, incluindo espongiose e um infiltrado dérmico linfo-histiocitário.

Hipersensibilidade à radiação ultravioleta (UV)

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Ocorre em áreas de queimaduras solares anteriores ou de fototerapia UV após a administração de quimioterapia ou de antibióticos (principalmente metotrexato).

A hipersensibilidade à irradiação pode não aparecer por dias a semanas ou, em alguns casos, por anos após a exposição ao medicamento desencadeante.[26]

Pode ter uma apresentação semelhante com eritema e vesículas/bolhas.

Investigações

Geralmente, a diferenciação clínica é suficiente, pois a hipersensibilidade e a intensificação de reações à irradiação UV não estão associadas à exposição aguda ao sol.

A biópsia de pele revela ceratinócitos apoptóticos semelhantes à queimadura solar.

Lúpus eritematoso sistêmico

SINAIS / SINTOMAS
Investigações
SINAIS / SINTOMAS

Eritema malar clássico (erupção cutânea em forma de 'borboleta') geralmente após exposição ao sol.

Também pode se manifestar em outras áreas tipicamente fotodistribuídas.

A duração varia de horas a semanas.

Frequentemente poiquilodermatoso (alterações pigmentares/atróficas e aparência mosqueada) com pápulas e escamas ocasionais.[14]

Outros sintomas cutâneos e sistêmicos geralmente permitem a diferenciação clínica.

Investigações

A diferenciação clínica costuma ser suficiente.

A biópsia de pele demonstra um padrão de reação liquenoide caracterizado por corpos coloides, alterações vacuolares nos ceratinócitos basais, uma membrana basal espessada, infiltrados linfocíticos perivasculares e perianexiais e deposição dérmica de ácido mucopolissacarídeo. Estudos de imunofluorescência podem revelar depósitos granulares de C3, imunoglobulina G (IgG) e M (IgM) na junção dermoepidérmica.

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal