História e exame físico

Principais fatores diagnósticos

comuns

presença de fatores de risco

Os principais fatores de risco incluem uma lesão prévia da virilha, sexo feminino e histórico de treinamento.

dor aguda relacionada a trauma

Pode incluir lesões ósseas e dos tecidos moles.

história de lesões esportivas ou por uso excessivo

O mecanismo da lesão, se for conhecido, o nível de atividade física e/ou alterações recentes no programa de treinamento devem ser identificados. Distensões musculares e tendinite ocorrem com frequência.

Mais comum em atletas de resistência ou recrutas militares.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) demonstrando fratura por estresse na parte inferior do colo do fêmur direito (compressão lateral)Do acervo de Cedric J. Ortiguera, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@178b6cab

teste de pinçamento anterior positivo (teste FADIR)

Teste de provocação inespecífico para elicitar a dor com flexão máxima, adução e rotação interna (FADIR) do quadril. Pode ser um sinal de patologia intra-articular, mas também de vários problemas extra-articulares.

dor em adução contra resistência (flexão neutra do quadril)

Dor na parte proximal dos adutores (com mais frequência na inserção do osso púbico) ao realizar a adução contra resistência. Mais bem observada em uma posição supina com as pernas retas e rotação neutra.[15]

dor à palpação dos tendões do músculo adutor

A palpação dos tendões do músculo adutor e sua inserção no osso púbico (a êntese) podem produzir dor nas lesões traumáticas. Caso contrário, é a êntese (especialmente do adutor longo e, às vezes, do músculo grácil) que será dolorosa.[15]

dor à palpação do músculo iliopsoas

A palpação do músculo iliopsoas pela parte inferior do abdome e/ou pelo triângulo entre o músculo sartório, a artéria femoral e o ligamento inguinal pode produzir dor.[15]

Outros fatores diagnósticos

comuns

teste de dor com amplitude de movimento passiva da articulação do quadril

Dor na virilha, especialmente com flexão máxima e rotação interna máxima, pode indicar patologia intra-articular ou do músculo iliopsoas.

Incomuns

quadril em ressalto/fisgada

Pode ser reproduzido pelo paciente.

Geralmente indolor e associado a uma estrutura extra-articular, como a banda iliotibial ou o tendão do músculo iliopsoas.

Se associado a dor ou sintomas mecânicos (isto é, travamento ou fisgada), a ultrassonografia dinâmica poderá mostrar a estrutura em ressalto em tempo real. As imagens obtidas com artrograma por ressonância nuclear magnética (RNM) podem ser úteis para avaliar estruturas intra-articulares.

teste de Trendelenburg positivo

Impossibilidade de manter a pelve nivelada na fase de apoio sobre o membro envolvido por causa da inibição da musculatura abdutora da articulação do quadril relacionada à patologia musculoesquelética do quadril.[18][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Sinal de Trendelenburg positivoDo acervo de Cedric J. Ortiguera, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@7f1bf668

teste de apreensão positivo

Teste de provocação de dor inespecífico indicativo de um problema intra-articular. A perna é estendida na lateral da mesa em abdução e, então, é rotacionada externamente.

teste de Thomas modificado positivo

O paciente senta-se na extremidade da mesa de exame e rola para trás até uma posição supina, segurando um joelho no tórax enquanto o outro está suspenso e apoiado pelo examinador na extremidade da mesa. O paciente segura o joelho próximo ao tórax o suficiente para evitar a inclinação posterior em excesso (lordose lombar retificada). O examinador abaixa a perna livre lentamente. O teste é usado para registrar se os flexores do quadril e, em especial, o músculo iliopsoas estão tensionados na posição supina (positivo se o fêmur estiver acima da posição horizontal da mesa [psoas] e/ou o joelho estender-se [reto femoral e psoas]), e para registrar se, ao esticar os mesmos músculos, há uma reação dolorosa e reproduz-se a dor conhecida.[15]

dor à palpação do canal inguinal

Produzida pelo escroto, de preferência na posição ortostática. O orifício externo e o canal inguinal são explorados quanto a dor. Qualquer abaulamento com uma manobra de Valsalva também deve ser observado.

dor à palpação do tendão associado no tubérculo púbico

A palpação dos tendões associados (foice inguinal) dos músculos oblíquos no tubérculo púbico pode produzir dor.

redução da força e aumento da dor ao flexionar o quadril contra resistência (90˚)

Testa a força e a dor funcional do músculo iliopsoas com o quadril flexionado a 90° e o paciente na posição virada para cima.

dor noturna/dor em repouso

Dor atípica observada tradicionalmente em pacientes com o processo infeccioso ou maligno. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Lesão metastática do colo do fêmur observada na tomografia computadorizada (TC)Do acervo de Cedric J. Ortiguera, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@3f7ef098 Pode também sinalizar osteoartrite em estágio terminal.

Fatores de risco

Fortes

lesão prévia da virilha

Existem evidências dos campos de futebol e de hóquei no gelo de que a lesão prévia da virilha aumenta em 2.5 a 7 vezes o risco de lesão na virilha.[9]

sexo feminino

Diversos estudos militares de recrutas durante o treinamento básico mostraram que mulheres que realizam as mesmas atividades físicas que os homens têm uma incidência de 2 a 10 vezes maior de fraturas por estresse.[10][11][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Ressonância nuclear magnética (RNM) demonstrando fratura por estresse na parte inferior do colo do fêmur direito (compressão lateral)Do acervo de Cedric J. Ortiguera, MD [Citation ends].com.bmj.content.model.Caption@257971ca

As mulheres com fraturas por estresse devem ser examinadas quanto a irregularidades menstruais e transtornos alimentares, que normalmente estão associados. Mulheres com uma história de menstruação irregular têm incidência até 3.3 vezes maior de fratura por estresse que mulheres com menstruação regular. Nas mulheres com fatores hormonais e nutricionais alterados, o risco dessas fraturas por fadiga parece ser maior.[12]

Sexo não foi identificado como um fator de risco para lesão por distensão na virilha.[9]

histórico de treinamento

Níveis reduzidos de treinamento específico do esporte pré-temporada foram identificados como um fator de risco claro para a lesão por distensão na virilha na US National Hockey League.[9]

Fracos

idade e experiência com esportes

A idade e a experiência com esportes podem ser um fator de risco para lesão na virilha, embora as evidências sejam conflitantes.[9]

sobrepeso

Aumento do índice de massa corporal foi identificado como um fator de risco para lesão na virilha em jogadores de rúgbi.[9]

redução da amplitude de movimento do quadril

A redução da abdução do quadril pode ser um fator de risco para lesão por distensão na virilha, embora as evidências sejam conflitantes.[9]

força muscular

A razão da força isométrica adutora/abdutora menor pode ser um fator de risco para lesão por distensão na virilha em hóquei no gelo, embora não existam evidências de que a força adutora isométrica máxima seja um fator de risco.[13][9]

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