Etiologia
A doença antimembrana basal glomerular é uma doença autoimune causada por anticorpos na cadeia alfa-3 do colágeno tipo IV. O colágeno tipo IV é um importante componente estrutural de todas as membranas basais, mas o subtipo alfa-3 só ocorre nas membranas basais de alguns tecidos, principalmente dos alvéolos e glomérulos.[1] Nenhum fator desencadeante consistente para a doença é reconhecido, mas é muito mais provável que a hemorragia pulmonar ocorra nos fumantes.[7][8] Pacientes que fumam têm maior probabilidade de apresentá-la precocemente, já que a hemoptise é um sintoma marcante que possivelmente levará à busca de atendimento médico. O contexto genético também é importante, com mais de 90% dos pacientes portando HLA-DRB1*1501 ou HLA-DR4.[9]
Fisiopatologia
A lesão glomerular é o resultado de autoimunidade direcionada contra a cadeia alfa-3 do colágeno tipo IV mediada por processos humorais e celulares. Autoanticorpos ligados ao longo da membrana basal glomerular são a característica definidora, com muitos dados mostrando que eles contribuem para a lesão renal.[10][11] No entanto, as células T hoje são reconhecidas como fundamentais na nefrite crescêntica[12] e demonstrou-se que as células Th1 transferem a doença na ausência de qualquer autoanticorpo em um modelo animal da doença antimembrana basal glomerular (anti-GBM).[13] Pacientes com doença ativa apresentam células T circulantes específicas para epítopos na cadeia alfa-3 do colágeno tipo IV limitados pela HLA-DR15, molécula de HLA (antígeno leucocitário humano) classe II associada à doença.[14]
O tabagismo é comum nos pacientes com síndrome pulmão-rim e incomum em pacientes com doença renal isolada somente. Lesões pulmonares devidas a tabagismo, exposição a hidrocarbonetos ou infecção recente podem desempenhar um papel importante no desmascaramento da cadeia alfa-3 do colágeno tipo IV presente no pulmão, tornando-o disponível ao ataque autoimune.
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