Prognóstico

A trombose venosa superficial (TVS) não complicada em uma veia superficial axial já foi considerada uma condição benigna e autolimitada. Sabe-se agora que mesmo a TVS não complicada está associada ao tromboembolismo venoso no momento do diagnóstico e está associada a um risco futuro de propagação de trombo, tromboembolismo venoso futuro e episódios recorrentes de TVS.[17][40]​​ Por esse fato, a ultrassonografia duplex no momento do diagnóstico é essencial e justifica-se o tratamento com anticoagulação em dose profilática por 45 dias. O trombo isolado em pequenas varicosidades tributárias é considerado mais benigno e pode ser tratado sem anticoagulação, a menos que haja propagação.[44]​ Na TVS não complicada, os sintomas geralmente desaparecem em 1 a 2 semanas, embora a rigidez da veia possa persistir por mais tempo.

O tromboembolismo venoso concomitante, como trombose venosa profunda (TVP) ou embolia pulmonar (EP), pode prolongar a evolução e a anticoagulação pode ser necessária por ≥3 meses. As complicações de TVP ou EP incluem a recorrência de tromboembolismo venoso, assim como insuficiência venosa crônica e síndrome pós-trombótica no caso de TVP.

Risco de recorrência

Dependendo da presença ou ausência de fatores de risco subjacentes, como veias varicosas, neoplasia maligna, tromboembolismo venoso prévio e/ou história familiar de tromboembolismo venoso, o risco de recorrência da TVS varia entre 1.6% e 12.2% em pacientes tratados e 3.3% e 36.7% em pacientes não tratados.[85][86]

O risco de tromboembolismo venoso subsequente nos primeiros 3 meses após a TVS é de cerca de 1.5% a 6.2%.[61][87] No caso de TVS recorrente no contexto de insuficiência venosa superficial axial com ou sem veias varicosas, devem ser consideradas intervenções como ablação térmica ou química endovenosa para diminuir o risco de recorrência, após anticoagulação e uma vez terminado o período trombótico agudo.

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