Complicações
É comum que o alargamento do átrio esquerdo e o envelhecimento causem fibrilação atrial em pacientes com estenose mitral. O tratamento envolve a correção da frequência/ritmo anormal, junto com a anticoagulação.
O risco anual de tromboembolismo, o qual frequentemente é responsável pela ocorrência de AVC, pode chegar a 15% no paciente com estenose mitral e fibrilação atrial.[45][46][47]
A combinação de estase de fluxo causada pela valva estenótica e por perda de propulsão mecânica de um átrio esquerdo fibrilante resulta em formação de trombo, possível embolização e AVC.
Se ocorrer embolização mesmo havendo anticoagulação com varfarina adequada, pode-se acrescentar aspirina ao esquema terapêutico.[48]
Embora não se conheça o papel do alívio mecânico da obstrução mitral na prevenção de AVC subsequente, muitos defendem a terapia mecânica depois que o paciente com AVC estiver estável.
Se houver sangramento enquanto a INR do paciente estiver na faixa recomendada de 2.5 a 3.5, a fonte do sangramento deve ser localizada e tratada diretamente.
Se houver sangramento quando o paciente estiver anticoagulado em excesso, a varfarina deve ser revertida pela administração de vitamina K e plasma fresco congelado enquanto a fonte do sangramento é localizada e tratada.
Embora todas as valvas danificadas tenham o potencial para ser infectadas, a endocardite infecciosa na estenose mitral é relativamente rara.
Uma vez identificada, a terapia usual é antibioticoterapia padrão por 4 a 6 semanas.[49]
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