Os antibióticos por via oral são a base do tratamento da infecção do trato urinário.
A escolha do antibiótico deve ser orientada pelas infecções pregressas e pelos os dados associados de suscetibilidade a antibióticos dos últimos 6 meses, exposições a antibióticos nos 30 dias anteriores e padrões de resistência antimicrobiana locais. Isso inclui a possibilidade de infecção por organismos produtores de beta-lactamase de espectro estendido (BLEE), notadamente a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae.[11]Tamma PD, Aitken SL, Bonomo RA, et al. IDSA guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Jun 2023 [internet publication].
https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance
O racional do tratamento é baseado em se a ITU é complicada ou não complicada. Os casos complicados incluem pacientes com qualquer um dos seguintes fatores: anormalidades anatômicas ou funcionais no trato urinário, sexo masculino, gestação, imunossupressão (por exemplo, transplante renal), diabetes, micção incompleta, sonda vesical de demora, intervenção recente, infecção associada a assistência à saúde, ou história de infecção por organismos produtores de BLEE ou outros organismos resistentes a múltiplos medicamentos.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Esses pacientes requerem um ciclo de tratamento mais longo e mais agressivo.
Cistite aguda não complicada
O tratamento de primeira linha para a cistite aguda não complicada é nitrofurantoína por 3 a 5 dias, sulfametoxazol/trimetoprima (SMX/TMP) por 3 dias, ou trimetoprima em monoterapia.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[40]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
[41]Zalmanovici Trestioreanu A, Green H, Paul M, et al. Antimicrobial agents for treating uncomplicated urinary tract infection in women. Cochrane Database Syst Rev. 2010 Oct 6;(10):CD007182.
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/14651858.CD007182.pub2/full
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20927755?tool=bestpractice.com
[42]National Institute for Health and Care Excellence. Urinary tract infection (lower): antimicrobial prescribing (NG109). Oct 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng109
Esses agentes têm eficácia similar; no entanto, o SMX/TMP ou a trimetoprima não devem ser usados como tratamento de primeira linha se as taxas locais de resistência de uropatógenos causadores de cistite não complicada excederem 20%.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[40]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
A nitrofurantoína e o SMX/TMP são ativos contra várias bactérias resistentes a antibióticos, inclusive organismos produtores de BLEE.[11]Tamma PD, Aitken SL, Bonomo RA, et al. IDSA guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Jun 2023 [internet publication].
https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance
Os pacientes com deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) não devem usar a nitrofurantoína devido ao risco de desenvolverem anemia hemolítica.
As diretrizes da European Association of Urology (EAU) recomendam a fosfomicina e o pivmecilinam como alternativas de primeira linha para a cistite aguda não complicada.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
A fosfomicina é ativa contra a cistite causada por E coli produtora de BLEE.[11]Tamma PD, Aitken SL, Bonomo RA, et al. IDSA guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Jun 2023 [internet publication].
https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance
Uma metanálise demonstrou que a fosfomicina apresentou eficácia semelhante a outros antibióticos na cistite aguda não complicada.[43]Falagas ME, Vouloumanou EK, Togias AG, et al. Fosfomycin versus other antibiotics for the treatment of cystitis: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Antimicrob Chemother. 2010 Sep;65(9):1862-77.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20587612?tool=bestpractice.com
No entanto, um estudo comparando um ciclo de 5 dias de nitrofurantoína a uma dose única de fosfomicina observou que a nitrofurantoína levou a maior resolução clínica e microbiológica.[44]Huttner A, Kowalczyk A, Turjeman A, et al. Effect of 5-day nitrofurantoin vs single-dose fosfomycin on clinical resolution of uncomplicated lower urinary tract infection in women: a randomized clinical trial. JAMA. 2018 May 1;319(17):1781-9.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6134435
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29710295?tool=bestpractice.com
Outras alternativas, como cefalosporinas ou aminopenicilinas que não o pivmecilinam, não são recomendadas para terapia empírica, exceto em casos selecionados.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[40]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
Em comparação com a nitrofurantoína, o SMX/TMP ou a fosfomicina, os agentes betalactâmicos apresentam maior risco de danos colaterais ecológicos (seleção de organismos resistentes a medicamentos, colonização ou infecção por organismos multirresistentes, maior risco de infecções subsequentes, como Clostridium difficile).[33]Chu CM, Lowder JL. Diagnosis and treatment of urinary tract infections across age groups. Am J Obstet Gynecol. 2018 Jul;219(1):40-51.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29305250?tool=bestpractice.com
As fluoroquinolonas não são adequadas para terapia antimicrobiana na cistite não complicada devido a efeitos ecológicos negativos, e devem ser reservadas para a infecção complicada e/ou grave.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[40]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
Quando se comparam estratégias diferentes no manejo da ITU não complicada (antibioticoterapia empírica, prescrição protelada e prescrição orientada com base nos resultados da cultura de urina de jato intermediário), todas têm demonstrado alcançar um controle sintomático similar.[34]Little P, Moore MV, Turner S, et al. Effectiveness of five different approaches in management of urinary tract infection: randomised controlled trial. BMJ. 2010 Feb 5;340:c199.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2817051
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20139214?tool=bestpractice.com
Os antibióticos têm se mostrado superiores ao placebo.[45]Falagas MEK. Antibiotics versus placebo in the treatment of women with uncomplicated cystitis: a meta-analysis of randomized controlled trials. J Infect. 2009 Feb;58(2):91-102.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19195714?tool=bestpractice.com
Se o paciente não começar a melhorar dentro de 2 a 3 dias de tratamento, uma avaliação mais detalhada é indicada. Se ainda não tiver sido realizada, o diagnóstico deve ser confirmado pela urinálise e, antes de se mudarem os antibióticos, uma cultura de urina deve ser obtida para auxiliar na orientação do tratamento subsequente.
Se um paciente tiver uma história pregressa de cistite e este for um episódio recorrente, pode ser considerado um tratamento iniciado pelo paciente para este e para possíveis episódios futuros. Essa é a situação em que o antibiótico é prescrito à mulher antes dos sintomas, com instruções detalhadas de como administrá-lo. Folhetos de informação aos pacientes têm demonstrado auxiliar nesse sentido.[46]Tucker MK, Sirotenko GA, Keating KN, et al. Educating patients with uncomplicated UTIs: the effect of an educational brochure on patient knowledge. Postgrad Med. 2004 Dec;116(suppl 6):3-10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19667682?tool=bestpractice.com
A fenazopiridina pode ser usada para o alívio sintomático, como adjuvante da antibioticoterapia. Note-se que pode causar hemólise em pacientes na deficiência de G6PD.
Cistite aguda complicada
Em pacientes com suspeita de cistite aguda complicada, o diagnóstico deve ser confirmado com uma urinálise e uma cultura de urina. Os antibióticos devem ser iniciados e, se necessário, a estratégia de tratamento pode ser modificada posteriormente com base nos resultados da cultura e da sensibilidade.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Geralmente as fluoroquinolonas são indicadas como terapia de primeira linha para a cistite aguda complicada. No entanto, uma fluoroquinolona só pode ser recomendada para o tratamento empírico se os padrões locais de resistência forem inferiores a 10%; o paciente não estiver gravemente doente e todo o tratamento puder ser administrado oralmente; ou o paciente tiver uma anafilaxia a antimicrobianos betalactâmicos.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Devido ao seu alto uso em alguns pacientes urológicos, as fluoroquinolonas têm menor probabilidade de sucesso nessa coorte específica e, portanto, não são recomendadas como primeira linha para o tratamento empírico se o paciente tiver usado uma fluoroquinolona nos 6 meses anteriores.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[47]van der Starre WE, van Nieuwkoop C, Paltansing S, et al. Risk factors for fluoroquinolone-resistant Escherichia coli in adults with community-onset febrile urinary tract infection. J Antimicrob Chemother. 2011 Mar;66(3):650-6.
https://academic.oup.com/jac/article/66/3/650/728616
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21123286?tool=bestpractice.com
Nos casos de alergia ou resistência a fluoroquinolonas, uma cefalosporina de terceira geração (como a cefpodoxima) seria uma primeira escolha adequada.
Os pacientes com uma ITU complicada com sintomas sistêmicos que requeiram hospitalização devem ser inicialmente tratados com antibióticos intravenosos. Eles incluem amoxicilina associada a um aminoglicosídeo, uma cefalosporina de segunda geração associada a um aminoglicosídeo, ou uma cefalosporina de terceira geração.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Com a melhora do paciente, o seu esquema terapêutico pode ser trocado para um antimicrobiano oral ao qual o organismo seja suscetível para completar o curso terapêutico.[40]Gupta K, Hooton TM, Naber KG, et al. International clinical practice guidelines for the treatment of acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: a 2010 update by the Infectious Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases. Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21292654?tool=bestpractice.com
A fenazopiridina pode ser usada para o alívio sintomático, como adjuvante da antibioticoterapia. Note-se que pode causar hemólise em pacientes na deficiência de G6PD.
Cistite aguda na gestação
Naquelas pacientes cuja infecção seja complicada por uma gestação, as fluoroquinolonas, tetraciclinas e o sulfametoxazol/trimetoprima geralmente não são recomendados. Portanto, para essas pacientes, o antibiótico de primeira linha é a nitrofurantoína ou a fosfomicina.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
A nitrofurantoína deve ser evitada no final da gravidez, devido a um risco teórico de anemia hemolítica no neonato.[48]Sheffield JS, Cunningham FG. Urinary tract infection in women. Obstet Gynecol. 2005 Nov;106(5 Pt 1):1085-92.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/16260529?tool=bestpractice.com
As alternativas incluem as cefalosporinas e penicilinas.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Cistite recorrente
Uma infecção recorrente do trato urinário pode ser complicada ou não complicada, e é definida como pelo menos 3 casos por ano, ou 2 casos em 6 meses.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
As pacientes com ITUs recorrentes crônicas recebem profilaxia antibiótica administrada diariamente, ou pós-coito. Assim como para a ITU aguda, a escolha do antibiótico deve ser orientada pelas infecções pregressas e pelos dados de suscetibilidade antibiótica associados dos últimos 6 meses, exposições a antibióticos nos últimos 30 dias e padrões locais de resistência antimicrobiana.[11]Tamma PD, Aitken SL, Bonomo RA, et al. IDSA guidance on the treatment of antimicrobial-resistant gram-negative infections. Jun 2023 [internet publication].
https://www.idsociety.org/practice-guideline/amr-guidance
As opções incluem o SMX/TMP, a trimetoprima isoladamente, a fosfomicina e a nitrofurantoína.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
[8]American Urological Association. Recurrent uncomplicated urinary tract infections in women: AUA/CUA/SUFU guideline. 2022 [internet publication].
https://www.auanet.org/guidelines-and-quality/guidelines/recurrent-uti#x14256
Deve haver cautela ao se usar a nitrofurantoína durante períodos prolongados devido ao risco de lesão pulmonar.[49]Santos JM, Batech M, Pelter MA, et al. Evaluation of the risk of nitrofurantoin lung injury and its efficacy in diminished kidney function in older adults in a large integrated healthcare system: a matched cohort study. J Am Geriatr Soc. 2016 Apr;64(4):798-805.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/27100576?tool=bestpractice.com
A micção após uma relação sexual, o aumento do consumo de água e um ciclo de probióticos também podem ser benéficos para a prevenção da cistite recorrente; no entanto, as evidências de alta qualidade são limitadas.[29]Sihra N, Goodman A, Zakri R, et al. Nonantibiotic prevention and management of recurrent urinary tract infection. Nat Rev Urol. 2018 Dec;15(12):750-776.
https://www.doi.org/10.1038/s41585-018-0106-x
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30361493?tool=bestpractice.com
O hipurato de metenamina funciona como um antisséptico urinário, pois é convertido em amônia e formaldeído no ambiente ácido do trato urinário inferior. Em um ensaio clínico randomizado aberto, o hipurato de metenamina demonstrou ser não inferior à profilaxia com antibióticos em um período de 12 meses, com um perfil de segurança aceitável.[50]Harding C, Mossop H, Homer T, et al. Alternative to prophylactic antibiotics for the treatment of recurrent urinary tract infections in women: multicentre, open label, randomised, non-inferiority trial. BMJ. 2022 Mar 9;376:e068229.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8905684
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35264408?tool=bestpractice.com
Estudos adicionais são recomendados; no entanto, o hipurato de metenamina pode ser considerado em algumas pacientes, de acordo com suas preferências individuais e com as iniciativas para manejo direcionado dos antibióticos.[50]Harding C, Mossop H, Homer T, et al. Alternative to prophylactic antibiotics for the treatment of recurrent urinary tract infections in women: multicentre, open label, randomised, non-inferiority trial. BMJ. 2022 Mar 9;376:e068229.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8905684
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/35264408?tool=bestpractice.com
[51]Bakhit M, Krzyzaniak N, Hilder J, et al. Use of methenamine hippurate to prevent urinary tract infections in community adult women: a systematic review and meta-analysis. Br J Gen Pract. 2021 Jul;71(708):e528-37.
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC8136580
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/34001538?tool=bestpractice.com
Uma revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados e quasi-randomizados constataram que doses altas diárias de oxicoco, normalmente na forma de comprimidos ou concentrados, reduziram as taxas de ITUs sintomáticas verificadas por culturas em não gestantes com ITUs recorrentes (e sem nenhuma anormalidade urológica subjacente).[52]Williams G, Hahn D, Stephens JH, et al. Cranberries for preventing urinary tract infections. Cochrane Database Syst Rev. 2023 Apr 17;4(4):CD001321.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/37068952?tool=bestpractice.com
Os produtos à base de oxicoco podem ser recomendados para a prevenção de ITU recorrente; no entanto, não há evidências clínicas claras em relação à dose adequada e à duração do tratamento.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Em mulheres no pós-menopausa, os níveis de estrogênios caem, causando atrofia vaginal e aumento do risco de ITU recorrente. A reposição de estrogênio vaginal pode, potencialmente, reduzir o risco de ITUs recorrentes em mulheres no pós-menopausa. As evidências são mais fortes para o estrogênio tópico na forma de creme ou pessário.[1]European Association of Urology. Guidelines on urological infections. 2023 [internet publication].
https://uroweb.org/guideline/urological-infections
Deve ser usada a menor dose efetiva do estrogênio vaginal.[53]National Institute for Health and Care Excellence. Urinary tract infection (recurrent): antimicrobial prescribing (NG112). Oct 2018 [internet publication].
https://www.nice.org.uk/guidance/ng112
O tratamento iniciado pelo paciente para possíveis episódios futuros pode ser considerado. Essa é a situação em que o antibiótico é prescrito à mulher antes dos sintomas, com instruções detalhadas de como administrá-lo. Folhetos de informação aos pacientes têm demonstrado auxiliar nesse sentido.[46]Tucker MK, Sirotenko GA, Keating KN, et al. Educating patients with uncomplicated UTIs: the effect of an educational brochure on patient knowledge. Postgrad Med. 2004 Dec;116(suppl 6):3-10.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19667682?tool=bestpractice.com