Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
oximetria de pulso
Exame
Um método não invasivo para medir a saturação de oxiemoglobina e detectar hipoxemia. Fornece uma avaliação da gravidade da doença aguda, mas os dados sobre a sua capacidade de prever os desfechos clínicos são inconsistentes.[43][59]
A oximetria de pulso não é recomendada para pacientes ambulatoriais com doença leve.[49]
Em geral, lactentes com bronquiolite viral são mais hipoxêmicos do que seus achados de radiografia torácica poderiam sugerir.
As declarações das diretrizes diferem nos limites mais baixos aceitáveis de saturação de oxiemoglobina recomendados. A American Academy of Pediatrics recomenda que deve-se administrar oxigênio suplementar aos lactentes hipoxêmicos para manter uma saturação de oxiemoglobina (saturação de oxigênio periférico, SpO₂) de pelo menos 90%, o ponto no qual pequenas reduções na pressão parcial de oxigênio arterial (PaO₂) estão associadas a grandes alterações na SpO₂.[43][52]
Em um estudo realizado em lactentes com bronquiolite, foi considerado que um objetivo de saturação de oxigênio de 90% ou superior é tão seguro e clinicamente eficaz quanto um objetivo de 94% ou superior.[53]
Nenhum estudo de longo prazo sobre neurodesenvolvimento foi realizado para determinar a segurança de metas de saturação mais baixa de oxiemoglobina, o que levou algumas diretrizes a recomendarem a suplementação de oxigênio se a saturação de oxiemoglobina ficar abaixo de 92%.[54]
Em pacientes hospitalizados não hipoxêmicos, a oximetria de pulso intermitente não afetou a taxa do escalonamento de cuidados nem a duração da oxigenoterapia em comparação ao monitoramento com oximetria de pulso contínua.[51]
Resultado
hipoxemia
Investigações a serem consideradas
detecção rápida de antígeno por ensaio de imunoadsorção enzimática (ELISA)
Exame
Ensaios comerciais de imunoadsorção enzimática (ELISAs) estão disponíveis para vírus sincicial respiratório (VSR) e gripe (influenza), mas devem ser usados somente quando a prevalência da doença é alta na comunidade.
Testes rápidos de antígeno positivos geralmente são preditivos do agente viral da bronquiolite, mas um resultado negativo não descarta a presença do vírus. Portanto, o teste rápido de antígeno não é necessário para o diagnóstico de bronquiolite. No entanto, a identificação do agente específico pode ser útil para o controle da infecção no ambiente hospitalar, mas há dúvidas se os exames trazem alguma vantagem sobre o uso de rotina das precauções de contato.[47][54] Um teste de antígeno positivo também pode reduzir a necessidade de investigações adicionais em um lactente febril e o uso de antibióticos.
A testagem é recomendada nos bebês que recebem imunoprofilaxia com palivizumabe ou nirsevimabe e que apresentam um episódio irruptivo de bronquiolite. Se o VSR for detectado, a imunoprofilaxia mensal deve ser descontinuada devido à baixa probabilidade de uma segunda infecção por VSR no mesmo ano.[43]
O exame pode fornecer dados epidemiológicos que podem afetar os cuidados além do paciente individual.[50]
Resultado
detecção positiva do antígeno viral
radiografia torácica
Exame
Não é necessária para o diagnóstico clínico, mas pode ser obtida no quadro de bronquiolite grave ou se os lactentes com bronquiolite diagnosticada clinicamente não estiverem melhorando na proporção esperada.
Anomalias radiográficas na bronquiolite podem ser semelhantes àquelas observadas na pneumonia bacteriana, e as radiografias torácicas não devem ser utilizadas como o único critério para o diagnóstico de pneumonia bacteriana.[43][52]
Resultado
hiperinsuflação, inflamação intersticial, atelectasia
reação em cadeia da polimerase via transcriptase reversa (RT-PCR)
Exame
RT-PCR é mais sensível que o ELISA.
Além disso, um teste positivo para ácido nucleico para outros organismos que não o VSR pode refletir eliminação de partículas virais prolongada de uma doença prévia não relacionada.
Resultado
detecção positiva do ácido nucleico viral
Novos exames
testes de função pulmonar em lactentes
Exame
A maioria das técnicas de teste de função pulmonar (TFP) em lactentes requer sedação e é muito trabalhosa, o que a torna inadequada para uso clínico.[60]
Pletismografia respiratória indutiva é um método não invasivo para avaliar a função respiratória sem sedação.[61]
Resultado
podem mostrar obstrução do fluxo aéreo que se correlaciona com a gravidade da doença clínica; alguns lactentes demonstram uma melhora no fluxo aéreo após inalação com broncodilatadores
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