Epidemiologia

Bronquiolite é uma das doenças agudas mais comuns na primeira infância e a principal causa de internação nessa faixa etária.[3][4][5]

Em 2015, uma quantidade estimada em 33.1 milhões de episódios de infecção respiratória inferior aguda (ALRI) por vírus sincicial respiratório (VSR) resultou em cerca de 3.2 milhões internações hospitalares e 59,600 mortes hospitalares globalmente em crianças com menos de 5 anos de idade.[6] Em crianças com menos de 6 meses, 1.4 milhão de internações hospitalares e 27,300 mortes hospitalares se deveram a VSR-ALRI.[6]

A incidência de bronquiolite exibe um padrão sazonal distinto, com a maioria dos casos nos EUA ocorrendo de novembro a abril.[7] O pico de incidência da doença ocorre geralmente em janeiro ou fevereiro. No sudeste, o início e o pico de infecções ocorrem um pouco mais cedo. Outras áreas temperadas geralmente apresentam um padrão similar de epidemias anuais no meio do inverno. Em contraste, as infecções por parainfluenza 1 (que causam crupe) exibem um padrão de incidência bienal.

Bronquiolite é uma doença quase exclusivamente infantil, e até os 3 anos de idade essencialmente todas as crianças têm evidência sorológica de terem sido infectadas pelo VSR. No entanto, a infecção primária por VSR em crianças não confere imunidade protetora, portanto, infecções repetidas são comuns. Entretanto, na maioria das crianças a doença é leve e autolimitada A doença grave pode ocorrer especialmente em crianças abaixo de 6 meses.[6] Crianças com fatores de risco subjacentes para infecção grave, como prematuridade, cardiopatia congênita ou doença pulmonar crônica, têm um risco maior de hospitalização, mas a maioria das internações é de crianças sem fatores de risco subjacentes.[3]

Além dos efeitos agudos de bronquiolite, estudos têm demonstrado que uma proporção significativa de lactentes com bronquiolite por VSR continua a desenvolver sibilância recorrente; o rinovírus tem sido cada vez mais estudado e demonstrado uma associação com sibilância recorrente e um diagnóstico de asma.[8][9][10][11][12] Fatores de risco como história familiar de asma aumentam o risco de um diagnóstico de asma futura.[9][13]

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