Monitoramento
Em um paciente que foi tratado com intenção curativa, o antígeno prostático específico (PSA) deve ser verificado a cada 6-12 meses durante 5 anos e anualmente a partir de então, e um exame de toque retal deve ser considerado se houver suspeita de recorrência.[3] Alguns médicos buscam um monitoramento mais rigoroso, com novo estadiamento completo do paciente, por exames de sangue e imagem em cada intervalo anual, durante os primeiros 5 anos após o tratamento definitivo.
A ressonância nuclear magnética (RNM) multiparamétrica pode ser usada para monitorar a recorrência local após a prostatectomia radical, mesmo em pacientes com níveis baixos pós-operatórios de PSA (por exemplo, <1.5 micrograma/L [1.5 nanograma/mL]).[416]
Vigilância ativa
Em um paciente sob vigilância ativa, o nível de PSA deve ser verificado, no máximo, a cada 6 meses, e o exame de toque retal deve ser realizado, no máximo, a cada 12 meses.[3] Além disso, repita a biópsia da próstata e a RNM multiparamétrica no máximo a cada 12 meses, salvo se clinicamente indicado de outra forma.[3] Se a vigilância ativa revelar progressão da doença, então os tratamentos definitivos deverão ser realizados.
Doença recorrente
Se o paciente desenvolver sinais de recorrência da doença, deverão ser adotados os tratamentos de resgate.
O tempo de duplicação do PSA (TDPSA) pode ser usado como fator prognóstico no contexto da terapia de resgate. Dentre os homens que apresentam aumento do PSA após a radioterapia por feixe externo (EBRT), há uma associação significativa entre um TDPSA pós-radiação menor que 6 meses e a duração da sobrevida (P = 0.04).[417]
Após a prostatectomia radical, o TDPSA pode ajudar a fundamentar as decisões relativas ao tratamento (se a radioterapia de resgate local ou a terapia hormonal é mais adequada) em caso de recorrência da doença. Por exemplo, quando foram registradas elevações no PSA no pós-operatório, os homens com um TDPSA maior que 10 meses tinham maior probabilidade de permanecerem livres da doença distante durante os 5 anos seguintes.[418]
Falha de PSA
O nadir do PSA, após a prostatectomia radical, ocorre em aproximadamente 3 semanas. Após a radioterapia por feixe externo, o nadir é cerca de 2-3 anos e, após a braquiterapia, ele é cerca de 3-4 anos.
O ASTRO and Radiation Therapy Oncology Group in Phoenix (RTOG-ASTRO Phoenix) define que a falha do PSA pós-EBRT é um aumento do PSA de ≥2 microgramas/L (≥2 nanogramas/mL) acima do nadir do PSA, com a data da falha não retroativa.[260] Uma avaliação de recorrência deve ser considerada quando o PSA estiver aumentando após a radiação, mesmo que o aumento acima do nadir ainda não seja de 2 microgramas/L (2 nanogramas/mL).
A falha de PSA após a prostatectomia radical não é muito bem definida; tendo sido usados valores entre 0.1 e 0.4 micrograma/L (0.1 e 0.4 nanograma/mL).
A American Urological Association define a recorrência bioquímica no cenário pós-prostatectomia como um aumento no PSA ≥0.2 micrograma/L (≥0.2 nanograma/mL) e um valor confirmatório de >0.2 micrograma/L (>0.2 nanograma/mL).[233][244]
A National Comprehensive Cancer Network define persistência/recorrência de PSA pós-prostatectomia como o nível de PSA que não alcança níveis indetectáveis (persistência de PSA) ou PSA indetectável pós-prostatectomia com um PSA detectável subsequente que aumenta em duas ou mais medições (recorrência de PSA) ou aumenta para PSA >0.1 micrograma/L (>0.1 nanograma/mL).[26]
Os pacientes que receberam EBRT de resgate pós-prostatectomia com níveis mais baixos de PSA (ou seja, resgate precoce) demonstraram melhores desfechos em comparação com aqueles que receberam EBRT de resgate com níveis mais elevados de PSA.[233][245]
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