Algoritmo de tratamento

Observe que as formulações/vias e doses podem diferir entre nomes e marcas de medicamentos, formulários de medicamentos ou localidades. As recomendações de tratamento são específicas para os grupos de pacientes:ver aviso legal

AGUDA

morbidade ocular urgente

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suporte avançado de vida no trauma + consulta oftalmológica/maxilofacial

O suporte avançado de vida no trauma (ATLS, do inglês Advanced Trauma Life Support) é a abordagem inicial na avaliação e no manejo de qualquer paciente que possa ter fraturas orbitais e lesões sistêmicas concomitantes. Assim que o paciente estiver estabilizado, é necessário um encaminhamento urgente para avaliação oftalmológica do olho e das estruturas associadas (geralmente feita por um oftalmologista ou cirurgião maxilofacial).

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associado a – 

cirurgia

Tratamento recomendado para TODOS os pacientes no grupo de pacientes selecionado

As fraturas “blow-out” do assoalho orbital que causem aprisionamento de partes moles podem exacerbar a resposta oculovagal e necessitam de intervenção cirúrgica urgente. O reflexo oculovagal refere-se à presença de estimulação vagal por pressão nas estruturas intraorbitais, que resulta em bradicardia, hipotensão, náuseas e/ou vômitos. Nas crianças, é geralmente causado por fraturas “blow-out”.[8] Contudo, já foi descrito em outras situações de pressão do conteúdo orbital, como cirurgia oftálmica, fratura orbital em adultos, manejo de fratura zigomática e mesmo em liftings faciais estéticos.

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profilaxia antibiótica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O uso rotineiro de profilaxia antibiótica não é recomendado no tratamento das fraturas orbitais. No entanto, uma abordagem recomendada é a administração de antibióticos de amplo espectro nos seguintes casos:[21]

Para fraturas expostas

Quando há enfisema cirúrgico

Quando é realizada redução aberta e fixação interna

No enxerto orbital.

Ciclo de tratamento: 1 semana.

Os antibióticos não são indicados quando há evidência de fratura comunicante com os seios nasais.

Opções primárias

amoxicilina: 500 mg por via oral três vezes ao dia

ou

eritromicina base: 250 mg por via oral quatro vezes ao dia

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atropina intravenosa

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O reflexo oculovagal refere-se à presença de estimulação vagal por pressão nas estruturas intraorbitais, que resulta em bradicardia, hipotensão, náuseas e/ou vômitos. As crianças são mais sensíveis.[8] Em casos extremos, os pacientes podem precisar de tratamento por via intravenosa com antagonistas antimuscarínicos da acetilcolina, como a atropina.

Opções primárias

atropina: crianças: 0.01 mg/kg por via intravenosa em dose única, pode-se repetir a cada 4-6 horas se necessário, máximo de 0.4 mg/dose total; adultos: 0.5 mg por via intravenosa em dose única, pode-se repetir a cada 3-5 minutos se necessário, máximo de 2 mg/dose total

sem morbidade ocular urgente

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encaminhamento oftalmológico, tratamento conservador e acompanhamento

O tratamento conservador é considerado, inicialmente, em todos os casos em que não há indicação cirúrgica urgente.

Os pacientes devem ser reavaliados após 1 semana, depois da resolução do edema que pode ter mascarado uma lesão residual local. Os testes ortópticos podem revelar que, embora haja uma fratura, não existe comprometimento da função nem da cosmese e, portanto, não há indicação de cirurgia protelada.

Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem ser usados para tratar dor leve a moderadamente intensa. Em geral, o ibuprofeno é escolhido para o tratamento inicial. O paracetamol, isolado ou combinado com a codeína, pode ser usado nos pacientes que têm hipersensibilidade à aspirina ou aos AINEs, com doença do trato gastrointestinal superior ou que estejam tomando anticoagulantes orais.

A codeína é contraindicada em crianças com menos de 12 anos de idade e não é recomendada em adolescentes entre 12 e 18 anos de idade que são obesos ou apresentam afecções como apneia obstrutiva do sono ou doença pulmonar grave, pois ela pode aumentar o risco de problemas respiratórios.[22] Ela geralmente é recomendada somente para o tratamento de dor aguda moderada que não obtém resposta com outros analgésicos, em crianças com 12 anos de idade ou mais. Deve ser usada na mínima dose eficaz no menor período de tempo e o tratamento deve ser limitado a 3 dias.[23][24]

Opções primárias

ibuprofeno: crianças: 5-10 mg/kg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 40 mg/kg/dia; adultos: 300-400 mg por via oral a cada 6-8 horas quando necessário, máximo de 2400 mg/dia

Opções secundárias

paracetamol: crianças: 10-15 mg/kg oralmente a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 75 mg/kg/dia; adultos: 500-1000 mg a cada 4-6 horas quando necessário, máximo 4000 mg/dia

ou

paracetamol/codeína: crianças com ≥12 anos de idade: consulte um especialista para obter orientação quanto à dose; adultos: 15-60 mg por via oral a cada 4-6 horas quando necessário

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cirurgia protelada

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

A cirurgia é protelada na maioria dos casos em adultos, para permitir que o edema e a hemorragia remitam.

A intervenção cirúrgica protelada é realizada nos pacientes com agravamento funcional ou estético persistente ou agravado. Em trauma facial complexo, a cirurgia é geralmente protelada por pelo menos 1 semana para que o inchaço desapareça.

A decisão de realizar a cirurgia depende da posição do defeito, da idade do paciente e da existência de lesões concomitantes.

Para fraturas do assoalho orbital: a abordagem cirúrgica é transconjuntival ou pela pálpebra inferior, em vários níveis.

Fraturas do teto da órbita/craniomaxilofaciais complexas: a abordagem coronal pela pele do couro cabeludo com cabelo é o padrão, para evitar cicatrizes faciais e maximizar a exposição.

Outras incisões pela pele da face/pálpebra: o reparo pode envolver material aloplástico ou sintético.

Em geral, as fraturas dos ossos cranianos e faciais são fixadas com miniplacas de titânio ou aço.

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profilaxia antibiótica

Tratamento adicional recomendado para ALGUNS pacientes no grupo de pacientes selecionado

O uso rotineiro de profilaxia antibiótica não é recomendado no tratamento das fraturas orbitais. No entanto, uma abordagem recomendada é a administração de antibióticos de amplo espectro nos seguintes casos:[21]

Para fraturas expostas

Quando há enfisema cirúrgico

Quando é realizada redução aberta e fixação interna

No enxerto orbital.

Ciclo de tratamento: 1 semana.

Os antibióticos não são indicados quando há evidência de fratura comunicante com os seios nasais.

Opções primárias

amoxicilina: 500 mg por via oral três vezes ao dia

ou

eritromicina base: 250 mg por via oral quatro vezes ao dia

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