Uma série de casos de 22 crianças revelou que a duração média de pitiríase liquenoide e varioliforme aguda é de 1.6 mês para resolução completa e que a duração média de pitiríase liquenoide crônica é de 7.5 meses.[32]Romani J, Puig L, Fernandez-Figueras MT, et al. Pityriasis lichenoides in children: clinicopathologic review of 22 patients. Pediatr Dermatol. 1998 Jan-Feb;15(1):1-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/9496794?tool=bestpractice.com
A tendência natural da doença é diminuir espontaneamente. Em alguns casos, porém, ela pode ser intermitente ao longo de anos. A duração da doença pode ser maior em adultos.
Recorrente e crônica
Ainda que a pitiríase liquenoide seja um distúrbio cutâneo inflamatório benigno, ela pode ser crônica, imprevisível e resistente quando se trata de responder a terapias. Para que os cuidados apropriados sejam assegurados, recomenda-se acompanhamento rigoroso e regular.[1]Khachemoune A, Blyumin ML. Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classification, and treatment review. Am J Clin Dermatol. 2007;8(1):29-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17298104?tool=bestpractice.com
Evolução para linfoma cutâneo
Há vários relatos de que todas as formas de pitiríase liquenoide podem se transformar em linfomas cutâneos (micose fungoide).[1]Khachemoune A, Blyumin ML. Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classification, and treatment review. Am J Clin Dermatol. 2007;8(1):29-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17298104?tool=bestpractice.com
[4]Bowers S, Warshaw EM. Pityriasis lichenoides and its subtypes. J Am Acad Dermatol. 2006 Oct;55(4):557-72; quiz 573-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17010734?tool=bestpractice.com
Por essa razão, mesmo que as erupções tenham remitido, recomendam-se reavaliações regulares de acompanhamento para monitorar quaisquer alterações ou novas erupções.[4]Bowers S, Warshaw EM. Pityriasis lichenoides and its subtypes. J Am Acad Dermatol. 2006 Oct;55(4):557-72; quiz 573-6.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17010734?tool=bestpractice.com
Se a erupção cutânea mudar ou reaparecer em uma manifestação diferente, biópsia de pele deve ser feita para avaliar a potencial malignidade.[1]Khachemoune A, Blyumin ML. Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classification, and treatment review. Am J Clin Dermatol. 2007;8(1):29-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17298104?tool=bestpractice.com
Além disso, como medida de precaução, a avaliação da revisão de sintomas como febre ou perda de peso pode ajudar a excluir o potencial paraneoplásico.
Variante doença ulceronecrótica febril de Mucha-Habermann
A forma ulceronecrótica da pitiríase liquenoide deve ser tratada urgentemente com uma abordagem multidisciplinar e, com a mesma urgência, rigorosamente monitorada com vistas à completa resolução e considerando-se uma possível recorrência.[1]Khachemoune A, Blyumin ML. Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classification, and treatment review. Am J Clin Dermatol. 2007;8(1):29-36.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17298104?tool=bestpractice.com
[19]Cozzio A, Hafner J, Kempf W, et al. Febrile ulceronecrotic Mucha-Habermann disease with clonality: A cutaneous T-cell lymphoma entity? J Am Acad Dermatol. 2004 Dec;51(6):1014-7.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15583604?tool=bestpractice.com
A mortalidade gira em torno de 20%; os fatores associados a um prognóstico desfavorável incluem aumento da idade, envolvimento sistêmico e rearranjo do receptor de célula T monoclonal.[1]Khachemoune A, Blyumin ML. Pityriasis lichenoides: pathophysiology, classification, and treatment review. Am J Clin Dermatol. 2007;8(1):29-36.
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[33]Tasouli-Drakou V, Nguyen M, Guinn H, et al. Mortality risk factors in febrile ulceronecrotic Mucha- Habermann disease: a systematic review of therapeutic outcomes and complications. Dermatol Reports. 2022 Nov 21;14(4):9492.
https://www.pagepress.org/journals/dr/article/view/9492/8834
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/36483219?tool=bestpractice.com