Investigações
Primeiras investigações a serem solicitadas
ecocardiograma
Exame
A modalidade de imagem preferencial.[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem da ecocardiografia apical de 4 câmaras de um defeito do ostium primum (setas). AE: átrio esquerdo; VE: ventrículo esquerdo; AD: átrio direitoImagem cedida por Patrick W. O'Leary, MD [Citation ends].[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem de ecocardiografia de eixo curto parasternal revelando dilatação do ventrículo direito em um paciente com comunicação interatrial. VE: ventrículo esquerdo, VD: ventrículo direitoImagem cedida por Patrick W. O'Leary, MD [Citation ends].
[Figure caption and citation for the preceding image starts]: Imagem de ecocardiografia apical de 4 câmaras revelando dilatação do ventrículo direito em um paciente com comunicação interatrial. L: lateral; VE: ventrículo esquerdo; AD: átrio direito; VD: ventrículo direito; S: superiorImagem cedida por Patrick W. O'Leary, MD [Citation ends].
A ecocardiografia transtorácica é geralmente útil na demonstração de um defeito em crianças. A ecocardiografia transesofágica é frequentemente necessária em pacientes mais velhos no caso de uma imagem transtorácica com má qualidade. A qualidade da imagem pode ser pior em adultos.
Útil para identificar todos os tipos de comunicações interatriais, para determinar o tamanho do defeito e a adequação da margem para colocação de dispositivo em defeitos do ostium secundum e para assegurar veias pulmonares conectadas de modo normal.
A ecocardiografia bidimensional demonstra dilatação ventricular e atrial direita, bem como o defeito em si, especialmente nos defeitos do tipo secundum.
As comunicações interatriais são mais bem observadas em visualizações subcostais, visto que o septo é ortogonal ao feixe da ultrassonografia. Os defeitos do tipo secundum resultam em ausência de eco da porção central do septo atrial, e os defeitos do tipo primum resultam em ausência de eco da porção inferior, em uma visualização das quatro câmaras a partir do ápice.
Os defeitos do tipo seio venoso superiores são definidos por uma comunicação interatrial na porção póstero-superior do átrio, com a veia cava superior às vezes se sobrepondo ao defeito. Os defeitos do tipo seio coronário têm uma comunicação no orifício do seio coronário.
O exame com Doppler é usado para caracterizar o volume do shunt e para determinar o padrão do fluxo através do defeito. O cálculo não invasivo da razão do fluxo sanguíneo pulmonar para sistêmico, Qp:Qs, pode ser feito por ecocardiografia com Doppler, mas não é mais utilizado rigorosamente para tomar decisões clínicas.
Os meios de contraste ou um "estudo de bolhas" podem ajudar a demonstrar um shunt direita-esquerda (por exemplo, se um defeito do tipo seio venoso não puder ser visualizado diretamente), especialmente com manobra de Valsalva.
Resultado
visualização do defeito; determinação do padrão de fluxo e do volume do shunt
eletrocardiograma (ECG)
Exame
Não é um teste diagnóstico, mas pode trazer pistas diagnósticas. Frequentemente normal caso o shunt seja pequeno.
Ondas p >2.5 mm, sugerindo aumento do átrio direito, ou voltagens de onda R na derivação V1 acima do limite superior do normal para a idade, sugerindo hipertrofia ventricular direita, podem estar presentes em defeitos maiores. Uma incisura próxima ao ápice da onda R nas derivações inferiores, conhecida como o padrão de crochetagem, também é encontrada em pacientes com comunicações interatriais.
Os defeitos do tipo ostium primum frequentemente produzem rotação do plano frontal no sentido anti-horário e desvio do eixo para a esquerda.
Os defeitos do tipo seio venoso são associados a um eixo da onda P <30°.[24]
Resultado
normal; ou ondas P altas, ondas R grandes em V1, padrão de crochetagem nas derivações inferiores
radiografia torácica
Exame
Não diagnóstica, mas pode trazer pistas diagnósticas.
Pode estar normal se o shunt esquerda-direita for pequeno. Com volumes maiores de shunt, a área cardíaca pode estar aumentada e as marcas vasculares pulmonares podem estar aumentadas.
Não diferencia os diferentes tipos de comunicação interatrial.
Resultado
normal ou aumento da área cardíaca com aumento das marcas pulmonares
Investigações a serem consideradas
oximetria de pulso
Exame
Pode ajudar a definir a quantidade de shunt direita-esquerda e a cianose resultante. Pode ocorrer dessaturação arterial sistêmica em pacientes idosos como consequência da resistência vascular pulmonar elevada, ou em pacientes com drenagem da veia cava superior esquerda diretamente para o átrio esquerdo nos defeitos do seio coronário sem teto.
Resultado
cianose, se houver um shunt direita-esquerda relevante
tomografia computadorizada (TC)/ressonância nuclear magnética (RNM) do tórax
Exame
Podem ser necessárias para ajudar a definir a anatomia venosa pulmonar caso a ecocardiografia seja insuficiente. A capacidade de visualizar estruturas simultaneamente nas 3 dimensões torna a TC/RNM valiosa para delinear cardiopatias congênitas complexas, particularmente em pacientes com janelas acústicas limitadas.[10] Tanto a angiografia por RM quanto por TC ajudam a delinear lesões extracardíacas que não são mostradas ou são mostradas de maneira inadequadas na ecocardiografia. Elas podem ser necessárias em pacientes com comunicações interatriais para ajudar a definir a anatomia venosa pulmonar se todas as veias pulmonares não puderem ser mostradas na ecocardiografia transtorácica ou transesofágica.[10]
Dados hemodinâmicos, a direção do shunt intracardíaco e o grau do shunt podem ser calculados com a RNM com contraste de fase. Além disso, sequelas fisiológicas, inclusive dilatação da artéria pulmonar e poda vascular pulmonar, podem ser identificadas.[10]
Resultado
esclarecimentos sobre a anatomia venosa pulmonar
cateterismo cardíaco
Exame
Não é necessário para o diagnóstico, mas é usado para detectar resistência vascular pulmonar no subgrupo de pacientes com risco de doença vascular pulmonar obstrutiva; é considerado o padrão ouro para medir a hemodinâmica em pacientes com cardiopatia congênita e doença vascular pulmonar avançada, especialmente para avaliar a operabilidade.[10]
Caso os pacientes desenvolvam um shunt direita-esquerda, a reversibilidade do shunt com vasodilatadores pulmonares deve ser avaliada para orientar a terapia. Caso o shunt direita-esquerda seja reversível com vasodilatadores pulmonares, a comunicação interatrial pode ser fechada por cirurgia. No entanto, caso o shunt direita-esquerda seja irreversível, a cirurgia não é uma opção.
Quando disponível, o óxido nítrico por via inalatória, isolado ou combinado com oxigênio, é considerado o agente preferível para o teste vasodilatador. É seguro e tem ação curta e oferecer melhor efeito vasodilatador pulmonar que os agentes sistêmicos. No entanto, o óxido nítrico nem sempre é economicamente acessível e, assim, não está prontamente disponível em todos os laboratórios de cateterismo cardíaco, particularmente em países de renda baixa a média. Agentes vasodilatadores alternativos incluem epoprostenol, adenosina, iloprosta, treprostinila, milrinona e nitroglicerina.[10]
Resultado
detecção da resistência vascular pulmonar; reversibilidade do shunt direita-esquerda
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