Epidemiologia

Embora os cistos do ducto de Bartholin sejam identificados em cerca de 2% das mulheres que se apresentam para atendimento ginecológico nos EUA, a incidência e prevalência exatas permanecem amplamente desconhecidas.[6] Aproximadamente 3% das mulheres que foram submetidas a RNM pélvica (que atuavam como controles em estudos de pesquisa) apresentaram identificação de cistos da glândula de Bartholin, sugerindo que eles são relativamente comuns.[7] Um estudo em mulheres sul-coreanas estimou a incidência de cistos do ducto de Bartholin em 0.55 por 1000 pessoas-ano e 0.95 por 1000 pessoas-ano para abscessos de Bartholin.[8] Um estudo observacional em hospitais universitários franceses revelou que os médicos geralmente tratavam de 2 a 6 abscessos e menos de 2 cistos por mês.[9]

O abscesso de Bartholin é diagnosticado cerca de 3 vezes com mais frequência que um cisto de Bartholin, mas os autores acreditam que essa estatística seja reflexo do comportamento na busca por cuidados (por exemplo, mulheres que buscam cuidados devido ao aumento da dor causada por um abscesso).

O tamanho do cisto depende do acúmulo das secreções na glândula de Bartholin e é exemplificado pelo rápido aumento durante a atividade sexual e encolhimento/estabilidade do tamanho do cisto em mulheres com atividade sexual diminuída.

Os cistos de Bartholin geralmente ocorrem em mulheres em idade reprodutiva. A maioria dos casos ocorre entre 20 e 50 anos, sendo que 72% ocorrem antes dos 30 anos e apenas 10% em mulheres >40 anos de idade.[8][10] Embora as mulheres menopausadas possam apresentar cistos de Bartholin benignos, a suspeita de neoplasia maligna é justificada devido à diminuição da resposta secretora nessa faixa etária, juntamente com o aumento do risco de crescimento neoplásico.

Abscessos e cistos de Bartholin são extremamente raros antes da puberdade e foram relatados apenas 2 casos envolvendo neonatos.[11]

O uso deste conteúdo está sujeito ao nosso aviso legal