Caso clínico
Caso clínico #1
Uma mulher nulípara de 22 anos apresenta dor e edema na vulva. Alguns dias antes, ela observou o início súbito do edema com desconforto crescente após relação sexual. Seu parceiro está assintomático. Ela nega qualquer história de infecção sexualmente transmissível (IST). Seu exame físico geral não apresenta nada digno de nota e ela está afebril. No exame da vulva, é observado um edema no aspecto medial dos lábios vaginais e no introito, com os pequenos lábios no sentido transversal à massa cística. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Cisto de BartholinDo acervo de Colleen Kennedy Stockdale [Citation ends].
Não há adenopatia palpável na virilha. Não há lesões nem escoriações presentes. O cisto está levemente sensível à palpação. O exame do espéculo vaginal revela mucosa de aparência normal sem secreção significativa.
Caso clínico #2
Uma mulher nulípara de 32 anos apresenta dor intensa e edema na vulva. Ela sentiu dor cada vez mais intensa ao longo do dia anterior, não aliviada por analgésicos orais (paracetamol). Ela nega qualquer história de ISTs, e seu parceiro está assintomático. No exame físico, a paciente sente desconforto intenso e tem dificuldade para sentar-se. Ela está levemente febril. No exame, a vulva esquerda está eritematosa, com edema do aspecto medial e do introito, com os pequenos lábios no sentido transversal a um edema cístico. [Figure caption and citation for the preceding image starts]: Abscesso na glândula de Bartholin: eritema, edema com abscesso e cisto posterior aos pequenos lábiosDo acervo de Colleen Kennedy Stockdale [Citation ends].
Não há envolvimento da vagina distal e não há adenopatia palpável na virilha. Não há lesões nem escoriações presentes. O cisto está muito sensível à palpação, e a paciente não consegue tolerar a inserção do espéculo para inspeção vaginal.
Outras apresentações
O cisto de Bartholin pode ser bilateral e pode haver distúrbios vulvares concomitantes (por exemplo, dermatite de contato, líquen simples e outras dermatoses), tumores não císticos (neoplasias malignas ou benignas) ou, raramente, fístula. Ocasionalmente, ocorre a dissecção anterolateral dos cistos nos grandes lábios.[2]
A incidência de neoplasia de Bartholin é baixa (<1 em 500,000 mulheres), mas ela deve ser considerada em mulheres menopausadas, na presença de lesões não císticas ou de cisto com aparência atípica.[3][Figure caption and citation for the preceding image starts]: Carcinoma de células escamosasDo acervo de Colleen Kennedy Stockdale [Citation ends].
Relatos de fístula retal de Bartholin são raros.[4][5] No entanto, a ocorrência de fístula deve ser considerada em mulheres que apresentam drenagem purulenta persistente e tecido de granulação envolvendo o ducto de Bartholin.
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