Complicações
As complicações relacionadas à cirurgia são as mesmas encontradas em outros procedimentos cirúrgicos (por exemplo, pneumonia e trombose venosa profunda).
Complicações específicas relacionadas à cirurgia do mixoma incluem: arritmias (mais comumente arritmias atriais); bloqueio atrioventricular; pericardite constritiva; síndrome pós-pericardiectomia; e complicações relacionadas a outros procedimentos realizados durante a cirurgia do mixoma, como substituição valvar e cirurgia de revascularização miocárdica.[4][8][20][21]
A arritmia ocorre em 16% dos pacientes,[8] a arritmia ou distúrbio da condução atrioventricular, em 26%,[4] arritmia atrial, em 35%, pneumonia, em 4.3%, tamponamento cardíaco, em 4.3%, taquicardia ventricular, em 2.2%, e infarto encefálico, em 2.2%.[20]
Em outro estudo, complicações encefálicas pós-operatórias foram observadas em 10% dos pacientes, arritmias cardíacas, em 22.5%, e derrame pericárdico, em 4%.[22]
Não existem diretrizes nem recomendações quanto ao tratamento de fenômenos embólicos em casos de mixoma. O único tratamento definitivo é a remoção cirúrgica do tumor cardíaco.
O tecido mixomatoso raramente causa embolia e pode crescer em um local distante. Trata-se possivelmente de uma variante mixoide de sarcoma cardíaco, pois o mixoma clássico não é um tumor maligno com produção de metástases.
O tratamento dos fenômenos embólicos depende do território vascular envolvido. Nos casos de envolvimento dos grandes vasos, a anticoagulação é iniciada com base no diagnóstico inicial de oclusão vascular, mas o tratamento definitivo é por remoção cirúrgica do tecido mixomatoso.[12]
A massa oclusiva, diferentemente da trombose coronária aguda, não é composta principalmente por um trombo rico em plaquetas. Assim, tanto a trombólise intracoronária quanto a revascularização mecânica podem ser malsucedidas nos pacientes que apresentarem infarto agudo do miocárdio causado por um mixoma cardíaco.[13][14]
Os êmbolos podem desencadear uma inflamação dos pequenos vasos e mimetizar vasculite de pequenos vasos. A recuperação dermatológica completa tem sido relatada com a remoção do mixoma.[19]
A anticoagulação, com ou sem terapia antiagregante plaquetária, é geralmente prescrita no contexto de um fenômeno embólico. A terapia de longo prazo com tais agentes após a cirurgia é individualizada.
Se houver qualquer evidência de insuficiência cardíaca residual, poderão ser necessárias terapias de longo prazo apropriadas (por exemplo, betabloqueadores, inibidores da ECA e furosemida) em casos individuais.
Se houver algum quadro clínico associado (por exemplo, arritmias), poderá ser necessário o uso de medicamentos em longo prazo para o controle. A incidência de arritmias aumenta no período pós-operatório.
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