Prevenção primária
A vacina contra caxumba é um vírus vivo atenuado. Na maioria dos países, é usada a cepa de Jeryl Lynn.
No Reino Unido, a vacina contra caxumba está disponível apenas em combinação com a vacina contra sarampo e rubéola (vacina tríplice viral). A primeira dose da vacina tríplice viral é administrada com 1 ano de idade, e a segunda dose normalmente é administrada antes da entrada na escola, por volta dos 3 anos e 4 meses de idade.[17]
Nos EUA, a vacina contra caxumba está disponível em combinação com a vacina contra sarampo e rubéola (vacina tríplice viral) e em combinação com a vacina contra sarampo, rubéola e varicela (SCRV). Normalmente, a primeira dose da vacina é administrada aos 12-15 meses de idade, e a segunda dose aos 4-6 anos de idade.[21] Desde 1978, a M-M-R II era a única vacina tríplice viral usada nos Estados Unidos; entretanto, em junho de 2022, a PRIORIX foi licenciada como uma opção adicional de vacina tríplice viral.[22]
Durante um surto de caxumba, o US Advisory Committee on Immunisation Practices recomenda que os indivíduos ≥12 meses de idade que têm risco aumentado e que tiverem recebido 2 doses da vacina contendo o vírus da parotidite devem receber uma dose adicional para melhorar a proteção.[23]
Em outros países as vacinas contra caxumba são administradas a idades especificadas pelas recomendações locais ou nacionais.
Se necessário, a vacina tríplice viral pode ser administrada a indivíduos de qualquer idade. Geralmente, a vacinação com vacina de vírus vivo atenuado contra caxumba é recomendada para qualquer pessoa que não tenha sido vacinada anteriormente, ou para as pessoas que só tiverem recebido 1 dose da vacina antes.[17][21][24]
Dois estudos pós-aprovação indicaram que, entre crianças com 12-23 meses, uma convulsão febril adicional a cada 2300-2600 crianças ocorreu 5-12 dias após a primeira dose da vacina SCRV, em comparação com a administração da vacina tríplice viral e da vacina contra varicela como injeções separadas, no mesmo dia. Com base em orientações dos EUA, onde a vacina contra varicela já está em uso, é previsto que o Reino Unido incorpore a vacina contra varicela no programa de imunização universal como SCRV aos 12 e 18 meses. Essa introdução pode ser programada para o segundo semestre do próximo ano, possibilitando um planejamento e implementação cautelosos. Consequentemente, as diretrizes dos EUA sugerem que a vacina SCRV seja usada com cautela nas crianças com história pessoal ou familiar (isto é, irmão ou parente) de convulsão e que, nas crianças com 12-47 meses, a primeira dose da vacina tríplice viral e da vacina contra varicela seja administrada como injeções separadas. Para a segunda dose das vacinas contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela em qualquer idade (15 meses-12 anos) e para a primeira dose em uma idade superior a 48 meses, o uso da vacina SCRV combinada geralmente é preferível.[16] Um estudo demonstrou que o risco de convulsão após a primeira dose da vacina tríplice viral e da vacina contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela (SCRV) foi praticamente duas vezes superior quando administrada aos 16-23 meses, comparado com a administração aos 12-15 meses.[25]
Em um estudo comparativo de pessoas com imunidade contra caxumba devida a vacinação versus imunidade contra caxumba adquirida naturalmente, os níveis de anticorpos imunoglobulina G (IgG) detectáveis foram menores no grupo vacinado. No entanto, respostas linfoproliferativas específicas do antígeno contra caxumba foram detectadas em 98% de todos os pacientes, o que sugere uma longa persistência da imunidade celular contra o vírus da parotidite.[26] Experiências de campo com vacinas contra caxumba mostram que elas são menos efetivos que o sugerido em estudos pré-aprovação. Essa discrepância pode ocorrer, em parte, devido à falha da vacina primária e à falta de concordância entre algumas medidas de soroconversão e proteção clínica. Há também evidências de diminuição da imunidade; portanto, uma falha da vacina secundária poderia ser importante.[19][20]
Uma revisão Cochrane constatou que a eficácia da vacina tríplice viral que contém a cepa de Jeryl Lynn na prevenção da caxumba foi de 72% após uma dose e 86% após duas doses.[14]
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A vacina tríplice viral não é recomendada na gestação, nos pacientes que recebem doses farmacológicas de glicocorticoides ou nos indivíduos imunocomprometidos. No entanto, a vacina tríplice viral pode ser considerada para os pacientes com vírus da imunodeficiência humana (HIV) que têm imunossupressão moderada (mas não grave), embora os protocolos locais devam ser seguidos.[17] A vacina SCRV é contraindicada nos EUA para as crianças com HIV.[27]
Reações adversas às vacinas são raras. As reações adversas mais comuns incluem reações locais, febre baixa e erupção cutânea. Também pode ocorrer parotidite. Em 1998, foi publicado um artigo que levou à falsa sugestão de uma correlação entre a vacina tríplice viral e o autismo. Desde essa época, foi enviada uma retratação do artigo inicial, e diversos estudos não encontraram evidências de uma ligação entre a tríplice viral e o autismo.[14][28][29]
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Prevenção secundária
Os pacientes com caxumba devem ser isolados para evitar a disseminação da infecção. American Academy of Pediatrics (AAP), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e o Healthcare Infection Control Practices Advisory Committee (HICPAC) recomendam um período de 5 dias depois do início de parotidite, tanto para isolamento das pessoas com caxumba na comunidade ou no ambiente hospitalar quanto para o uso de precauções padrão e precauções contra gotículas.[46] O afastamento por 5 dias é também recomendado no Reino Unido.[47] A imunização pós-exposição não demonstrou eficácia na prevenção da disseminação da doença. No entanto, o CDC recomenda que as pessoas previamente vacinadas com duas doses de uma vacina contendo o vírus da parotidite, e que sejam consideradas com aumento do risco devido a um surto, recebam uma terceira dose para melhorar a proteção contra a caxumba e as complicações relacionadas.[23] Consulte as diretrizes locais.
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